domingo, 13 de agosto de 2006

Um dia...

Nota de rodapé num emaranhado confuso de pensamentos irracionais:

Ouvi dizer que os hipopótamos azuis fazem "mu".
E que o céu azul acalma as tempestades.
Acho que sim — o céu azul sempre me faz sorrir. Hoje você me perguntou se eu estava cantarolante o foi só isso que eu respondi: "O sol está brilhante, o céu está azul"... Acho que às vezes a gente não precisa de motivos concretos pra ser feliz. Pode-se rir das próprias antenas, das meias dos outros, do papa intergalático, até mesmo de números de telefones...
Hoje vocês realmente conseguiram me fazer rir, me fazer esquecer qualquer coisa desagradável que eu pudesse imaginar. Uma vez vocês me fizeram rir tanto que eu comecei a chorar, e forcei a rir antes que alguém notasse que as lágrimas eram de verdade. Mas hoje eu estava feliz de verdade. Eu não tenho o que dizer — eu amo vocês. Um dia você vai entender...

Chegou a época de cantar aquela música sem palavras... Lembra? Disseste: "da próxima vez que nos encontrarmos, canta pra mim?", mas eu nunca cantei. Eu sinto falta daquilo, de toda aquela mágica que permeava cada uma das nossas conversas... Acho que ainda te amo. Perceba que digo ainda. Perceba que esta resposta é tão diferente da tua pergunta... Penso não nas versões-gosminhas ou no porrete mágico, mas na história das tartaruguinhas, na tua forma de me desconcentrar, no evil maharaja, e até num velho pacto... Sabe, acho que nós éramos mais honestos antes, quando finjíamos nem saber o quão errado tudo parecia. Fizemos um pacto, lembra? Um pacto que quebramos na primeira oportunidade. De certa forma, ainda que dormente, o amor que eu sinto por ti ainda é aquele de antes daquele pacto. Acho que nós morremos antes de viver. Meu amor de agora, eu acho, é pela vida, pela paz, pelo passado. É amor não por ti, mas por teus sonhos. Mas um dia, um dia, pode vir a ser por ti.

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