domingo, 26 de dezembro de 2004

Along with the Jackelope

"Thunder only happens when it's raining..."

It was a hell of a thunder tomorning.

Dioguinho querendo aprender a jogar RPG. Tão divertido... RPG é legal. Não tanto quanto pode parecer, mas legal. Legal.

A noite está escura. Estou cansada. Cansada e tranqüila. Durma, meu amor. Sonhe comigo. O tempo não pára. O tempo. Sei lá. Anjos. A vida. O tempo. Sono.

Sono.

Os anjos lá fora cantam para um novo dia. Um novo dia irá nascer, meu amor, e estaremos lá para ver. Para ver, para contemplar o nascer absoluto do Sol sobre um mar escuro! "Quero ver o pôr do sol, lindo como ele só..." Essa música me lembra da Amazônia. Morcegos. Lágrimas. Amazônia me lembra pôr-do-sol, morcegos, lágrimas. Uma viagem maravilhosa. Quando eu esquecia de mim, claro. "É um milagre tudo o que deus criou pensando em você..." Then I'd forget to weep. "Do not stand by my grave and weep, I'm not there, I do not sleep." Eu sou o vento que penteia as ondas, cantando, cantando, troll onisciente ignorante sobre estes morros, defenda-nos dos seres inimagináveis. "I'm like a thousand winds that blow." O sol queimando nossas peles vermelhas sobre o caminho, Vamos! "Na praia, apitou o navio..." Martins de Sá com suas ondas furiosas. Um cachorrinho! Um macaco. Eu vos amo. Eu terei saudades de vocês. Mas não muito. Das danças, das brigas, dos desenhos, das músicas. De ti. De tudo. "Do not stand by my grave and cry. I'm not there, I did not die."

A vida é tão bela quando se pára para pensar... A vida é tão sua... Tão tranquila... E um dia vai acabar. Você não tem medo da morte, do fim, do infinito? Os deuses têm medo da morte. A morte não tem medo. Quem sou eu para falar assim? Não sei. "O mundo vai acabar e ela só quer dançar..." Eu só quero dizer... que estou aqui. Estarei aqui ainda por muito tempo. Estarei aqui e quererei estar aqui. É uma pena, por outro lado, que este 'aqui' não exista concretamente. Curioso, não? Lobz - uma vida virtual. Eu não tenho certeza absoluta de que é a minha vida. Lobz. Pouca gente me chama de Lobz. Gente que me vê pouco, gente que ainda assim eu amo de certa forma. "Se tornaram amigas com um olhar, e se se encontrassem de novo, correriam uma para a outra de braços abertos." Mas ele vai para o Canadá. Canadá! E não vai voltar. E ela vai para os Estados Unidos? Não me importa mais. Vai chegar gente nova... Não vamos ficar sozinhos...

"Adeus ano velho, feliz ano novo
que tudo se realize no ano que vai nascer...
"

Queria dar "Feliz ano novo" a todos, mas... Some how I wished we weren't apart for so long... And yet I would never loose this chance of leaving... Eight days. Bloody long days. I wish day were... Ohn, I wish they were! Perhaps they will be. Quem sabe? Sei lá, viu, porque... Abóbora vicia. O ministério da saúde adverte.

De qualquer forma... eu posso ficar aqui eternamente divagando, para divertir meus leitores entediados. Wasais gostam de morango, mas odeiam beterraba! Quando se planta uma bela metáfora, se planta assim. O tempo não pára. "Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma..." E ali nasceu uma bela mandioca, ali onde morreu Mani.

"Enquanto o Mundo Inteiro espera a cura do mal
a Loucura finje que Isso Tudo é normal
e Eu finjo ter paciência
O Mundo vai girando cada vez mais velos
A Gente espera do Mundo, o Mundo espera de Nós
um pouco mais de paciência...

Será que é Tempo que nos falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E Quem quer saber?
A V.I.D.A. é tão rara, tão rara...
Mesmo quando Tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o Corpo pede um pouco mais de Alma
Eu sei.
A vida não pára...
"

Acho que eu devia me chamar Mundo. Todo o Mundo também é o Mundo Inteiro. Faz sentido? Eu disse que abóbora vicia.

"tomorrow must be more
drink more dreams more bed more drugs
must lust more lies more head more love
more fear more fun more pain more flesh
more stars more smiles more fame more sex"


O tempo acaba.
"E agora, José?"
Fazer o que, temos de ir embora um dia.

Mas eu não quero. Não quero.

"i want the sky to fall in
i want lightning and thunder
i want blood instead of rain
i want the world to make me wonder
i want to walk on water
take a trip to the moon
"

Pra falar a verdade, o mundo não existe para mim. Ele é uma tremenda ilusão. O que acontece são corações e almas e corpos e mentes jogados no espaço. O resto são restos mortos de outros corpos e corações. As almas não se putrefazem. A mente se esquece da vida, e da V.I.D.A. E pensar que eu estava na sexta série...

Mas enfim. "Vou-me embora para Pasárgada."

Vou pro Paraíso.
Vou pra Cajaíba.
Vou pra longe de vocês.

Adeus!
Aos deuses.
O tempo roendo os vivos.
"Death ain't much."

Vou sentir saudades.
Amo vocês.
Feliz 2005!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Merry Christmas

Eu não sei escrever "chrismas". Natal. Feliz. Não importa.

Não quero falar sobre o Natal. Minha irmã vai fazer 20 anos depois de amanhã. Amanhã meus amigos passam por aqui, alguns pelo menos. Amanhà é Natal, tem festa.

eu quero falar sobre as duas coisas que esse título me lembra: Meriadoc e Ilhas.

Meriadoc porque o personagem Meriadoc (na verdade Kalimac) do Senhor dos Anéis tinha o apelido Merry (na verdade Kali). Meriadoc também é um nome do livro que estou lendo agora, O Rei do Inverno. Aliás um nome muito bonito. Isso me lembra também duas coisas. Bolo-fofo, Gwydion e Gwylaume.

Bolo-fofo era o nome do cãozinho da Lolita que eu mais amava, e que eu ninei para dormir, mas ele foi dado para um desconhecido qualquer. Gwydion é, nO Rei do Inverno, um Deus, e nAs Brumas de Avalon, o nome de Artur e Mordred quando crianças. Gwylaume é a minha aproximação de Guilherme -- William.

As histórias de Artur são sempre tristes. Talvez seja porque no final eles perderam coisa demais. Os cristãos devem chorar menos. Mas na verdade eu não sou cristã. Não de verdade. eu só só eu, só. Mais nada.

Ilhas. Vocês sabem que as Ilhas dos Ursos ficam bastante próximas da Ilha dos Ursos. E que existem duas Ilhas Chrismas? E que existe uma Ilha McDonald? E que existe uma Ilha da Reunião perto de Madagascar? Não dá vontade de fazer uma reunião lá? E uma das ilhas daqueles países-arquipélagos do Pacífico chama Fênix. Aliás, já repararam como o Pacífico é grande?

Vocês viram como o Dan ficou gato com o cabelo cortado? Sério, isso é unânime, não fui só eu que disse. Mantenho o meu voto contra cabelos compridos (fazendo exceções para o Artur e o Jackie, na verdade).

Estou com sono e preciso dormir. Vim aqui só porque está chegando o natal e eu provavelmente não vou escrever até o ano que vem, mas sinceramente isso não importa. Não quero partir! Não quero, quero ficar aqui pra sempre. Agora eu vou embora, até a próxima, meus leitores, sejam lá quem foram. Nos vemos por aí.

Nos vemos por aí.
Boa noite.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Lá fora...

amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu...

Não sei o que quer dizer. Lá fora um cão estava uivando quando abri esta janela. Aí ele latindo. Olha aí. O peito meio calado, assentindo com dureza a nihilidade da coisa. O mar é grande demais, a vida é grande demais, o latido é grande demais, a arte é grande demais. Não podemos explicar com certeza o que nos envolve, compreende?

O cachorro uivando de novo.

Pra falar a verdade, eu estou cansada.

Mas hoje foi... Quase perfeito.

sábado, 18 de dezembro de 2004

Deixa Eu Dançar...

Pro meu corpo ficar odara -- Minha cara, minha cuca ficar odara...

Hoje foi um dia BOM!
Por que bom? Não sei. Não sei o que me leva a escrever, a gostar, a respirar devagar e sentindo este cheiro de luz entrando por todos os poros este ar fresco inundando meu coração não tem fim mas entra mais deste ar puro e forte e Eu! Sou Deus!

Karnak. Hoje fui na Cultura, e enquanto passeávamos entre os CDs encontrei um do Karnak, chamado Estamos Adorando Tokyo, e Ri porque eu queria, peguei o CD na mão e li os nomes das músicas e Sosereiseuseforso eutesempreamovocê, meu querido, uma vez mais por me fazer encontrar essa música estranha e única e brasileira.

Mamãe detesta desenho japonês porque não traz cultura. Mas não é verdade; de qualquer forma quando ela disse isso eu não ouvira o "não" e achei que ela estivesse reclamando porque a gente não valoriza a própria cultura, mas eu aí percebi que estava escrevendo uma historinha capa-e-espada que é muito européia, e não dá, não dá.

"Felicidade é um estado de espírito"

Hoje de manhã, eu acordei, pensei em levantar mas dormi de novo. Reacordei às onze e meia mas a casa toda ainda dormia. Passeei um pouco até que meu irmão apareceu, aí eu resolvi tomar café. Meu pai chegou, começou a ler o jornal enquanto cortava o pão. Terminei o café, escovei os dentes, arrumei a ca,a, li os dois primeiros capítulos dO Rei do Inverno com muita calma e voracidade (o livro é bom, ôch...), aí fui tomar um bom banho lara começar o dia, por mais que fossem já umas duas horas da tarde, talvez até três. Alguns amigos da Talita haviam chegado para mais uma daquelas simpáticas sessões de Naruto, e, quando eu saí do banho, uma música gostosa, no melhor estilo Beatles, estava tocando. Fui me trocar de bom humor, o Cd dos Beatles correndo sussa.
E não é que, de repente, enquanto eu escolhia a roupa que iria vestir hoje, me vi surpreendentemente dançando sozinha, semi-nua, no quarto com a porta quase fechada (talvez não, por causa da meia de Natal), de olhos fechados, cantarolando porque eu não sabia a letra, alheia a tudo que não a dança e a música?! Dançando com força e energia, tanto que antes do fim da música eu já estava cansada, parei para respirar e continuar a me vestir. Foi muito bom! Dançar sozinha, só por dançar. Quem não sabe o que é isso?
Eu ria, bem humorada, liguei o computador e comecei a escrever, até que meu irmão falou para irmos embora, o Squick chegara e fomos para o shopping, arranjar os tais presentes de amigo-secreto.

A bem da verdade estou com medo, não sei se meu amigo vai gostar. Mas já foi.

No shopping encontramos o Yuri com sua mãe, Katia. Tinham que trocar um par de sandálias, e parece que aproveitaram para comprar presentes. Amanhã vou vê-lo de novo. Estou feliz! Estou de bom humor.
Acima de tudo, estou morrendo de sono.

Boa noite, wasa'his e ann'las.

Boa noite, liriidas g'alambra.

Boa noite, meu amigos.

Boa noite.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Toca da Loba

www.tocadaloba.blogger.com.br

Precisa dizer mais?
Existem outras lobas, isso eu já sabia... Mas outra Toca?
Outra loba que goste tanto quanto eu da doçura das palavras rascadas num papel imaginário.?
Leiam, vá. Leiam.

Curti ^^

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004


O Natal está quase chegando. Eu posso sentir: começa o tempo de acender luzinhas, de procurar pinhas bonitas, de desembrulhar enfeites. Começa o tempo de assistir filmes esperançosos, sobre amor e confiança nos outros, sobre alegria. Começa o tempo de arranjar presentes e empacotá-los com carinho. Começa um tempo de amor incondicional, em que as brigas são abandonadas. Não exatamente paz, mas pelo menos trégua.

Eu entro neste tempo andando confiante sobre a corda bamba. Alguns amigos me apóiam e me seguram, outros observam cantando por aí, ou apenas olham para mim com uns olhares precisos e preciosos. Lá embaixo existem lobos, tigres, ursos e chacais. Na verdade eu não quero cair. Eu quero seguir em frente, Jules, para não me afastar daquilo que eu amo. E eu amo todo o mundo. De que mais eu preciso?

Chego no quarto apressada, depois do filme... Tivesse eu chegado uma meia hora mais cedo..! Tivesse eu saído da sala para não rever o que já conhecia... Mas não, diacho, não tenho esse tipo de sorte. ¬¬" Queria ter, sabia? Olho para a tela do monitor. Naquele branco insuportável, vejo mais de quinze pessoas ali presentes, esperando talvez que alguém lhes dirija a palavra, provavelmente conversando entre si animadas... Mas a única pessoa com quem eu realmente queria falar saiu há apenas 32 minutos!

About Me

Eu sou muito bobinha. Mas às vezes não. Quando eu falo coisas certas eu fico com medo. Eu tenho medo de errar. Eu confio em mim mesma, mas não muito. As pessoas confiam um pouco em mim. Algumas. Algumas confiam muito pouco. Outras confiam quando eu estou feliz. Outras acreditam em mim, mas só uma, ou duas. A essas, eu agradeço. Um pouco de auto-estima às vezes faz bem. algumas específicas esperam demais de mim. Aí também não dá! Eu não sei ser a pessoa perfeita.
Essa é a grande diferença entre eu e o Yuri ou a Paulinha. Eles querem ser o filho perfeito, o irmão mais velho perfeito. Eu nem posso ser uma boa irmã mais velha, porque não tenho irmãos mais novos e minhas primas mais novas são... distantes da minha realidade. Não sei. Acho que nem elas me entendem nem eu as entendo. Não consigo me comunicar com elas direito. O que quer que eu seja, menina, o que quer que você seja. Mas eu não quero ser a filha perfeita, até porque se eu for melhor que meus irmãos, vou acabar me sentindo meio mal. O que acontece é que quando minha mãe nos dá broncas eu penso no que posso fazer para ser uma filha melhor. Às vezes eu faço algumas coisas só porque minha mãe acha que eu não vou fazer. Eu nunca prometo nada, porque gosto da idéia do produto ser melhor que a encomenda. Mas, sinceramente, às vezes não dá, sabe? Às vezes a gente precisa que alguém espere de você mais do que você mesmo espera de você. Foi assim que o Rodrigo me convenceu a fazer lição de casa. Foi assim que eu cheguei na prova final da OBF. Foi assim que eu...

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[este post foi interrompido pelo jantar e por um filme fofo]

Aniquilação

Ele olhou pra mim com aqueles olhos de pantera. Tinha uns olhos grandes, alucinados. Eu tentei ter medo, porque ele ia pegar este corpo e rasgá-lo em muitos pedaços, destruí-lo como uma criança pequena, eu imaginava tudo isso mas só conseguia achar muito interessante. Carpe noctem, um de nós sussurrou baixinho e nossas respirações se misturaram num cheiro imprevisível. Inspirei aquele ar confuso e não senti o cheiro. Olhava pra ele e não senti absolutamente nada por um tempo muito grande, até que ele chegou perto demais. Não senti dor.

Eu poderia contar-vos a história da minha vida. Eu poderia contar-vos desta vida. Poderia, ah, sim, poderia contar-vos de todas as nossas vidas. Poderia discorrer sobre a existência à qual nos submetemos. Poderia tentar explicar-vos minhas inúmeras vidas e mortes. Mas, não... Não sei se vale a pena. Minha pena, ilusão de um espírito que transcende a prórpria compreensão, rabisca traços de sua história, espada coberta de sangue reluzindo num duelo mortal - o último duelo de sua vida -, escudo derrotando o tempo e a água na consciência clepsada de sua existência. Poderia falar sobre o vazio e a plenitude que preenchem agora minha alma. EU SOU NADA.

Nada existe, percebem? Mu-ichibutsu! Se nada existe, como poderia eu, lôba-caçadora-carnívora-libertadoradesi, existir?! Não. A lôba que criou esta toca deixou-se morrer por ao menos um dia.

Lôba... Eu Kyiurise de asas abertas e coração branco para o mundo colorir sou, sim, white-squall entre tuas tempestade, menina negra no meu seio prateado.

Homens que povoam este mundo físico, tomem cuidado comigo. Eu Lôba, eu espírito transcendente acima das Soules, eu Kyiurise prateada envolta em luz. Tomem cuidado comigo e cuidem de mim, para que eu não transcenda o campo de batalha e me torne apenas uma pensadora. Não, o que estou falando, isso nunca vai acontecer! Ora essa, se só palavras recriam meus pêlos macios de Lôba adormecida...!

Deixe-me amar! Meu coração prateado é tão grande que cabe nele amor ao mundo inteiro! Deixe amar-te, gato-preto-dourado de sol e lua olhos que brilham iluminando um mundo onde não há sol... Deixa-me te amar, gato-peludo pégaso azul brilhante menino rindo feliz curioso e patso como ele só. Leixa! Meu amor é tão puro que não conhece barreiras.

"Com as asas leves do amor eu superei estes muros,
pois mesmo barreiras pétreas não são impecilho à entrada do amor.
E aquilo que o amor pode fazer é exatamente o que o amor ousa tentar."

Eu morri. Amanda Nebi morreu. Marin, a Loubah Zaty, desapareceu desta existência. Se ela renascer, será gloriosamente. Boa noite, meus caros amigos. Um beijo de adeus para cada um de vocês, seguido de um abraço tranquilo de bom dia ou boa noite.

Amo vocês.

Até amanhã. Ou até hoje. Mas até.

sábado, 11 de dezembro de 2004

One last time....

We lay down today... One last time... Until we fade away...

I living a dream, I'm not myself.

Não eu. Não eu. Olho nos olhos das pessoas que passam, um tempo que acabou sem começar.
Um tempo. Um compasso. Um tempo. Um contratempo. Silêncio.

Não sei quem sou. Eu? Não sou ninguém. Ninguém. Eu. Sei lá.
Ninguém é culpado. Também ninguém é inocente. O mundo não se escreve com tinta negra sobre papel branco, mas com cores mutantes sobre uma pintura. O tempo o tempo a mesma história de sempre. Quem sou eu?

Olho ao redor nada vejo. ele ali, aquela faca em suas mãos rindo e cantando mas dos seus olhos vertem rios de lágrimas. Nem sabe com que arma selvagem me assassinou. Ambos anjos e demônios. Ainda amor. Ainda ódio. Ele olha para mim e me assassina cada vez mais. Não ri, não se distrai. Pensa em mim e seu coração dói mais que o meu coração esfaquedo. "Mas você não é mais lôba."

"Você não é Golias."

Agora, quem virá das sombras recolher meu corpo carbonizado ao qual minha alma se agarra com tanta força? Vem, meu anjo, me diz quem eu sou! Não tenho nome, não tenho face. Queria ser lôba. Lôba da noite. Se não, temerei escrever nestas linhas a vida de outra pessoa! Tenho medo de tudo. Não tenho mais noçào clara de mim, e isso me assusta. Kyiuri. Duas almas.

Macally foi mais forte que eu, enterrando seus anjos e seus demônios. Viveu para caçar mais uma vez. Também eu viverei além deste dia! Me recuso a morrer apenas para ser feliz. Feliz! Uma vez me disseram que a felicidade é menos importante que a liberdade. São todos uns tolos. Dizem que lobos são monogâmicos, ao menos enquanto podem. Mas ainda assim, são tão tolos! Vai embora, cavaleiro negro, em seu názgûl cor da noite! Meu reino é tão grande quanto o seu! Talvez maior! Nele existe luta, existe guerra! Teus guerreiros são tão forte quanto os meus...? Nele existe esperança. Existe paz. Existe construir e destruir. Eu tenho medo. Não vou dar para trás, tem jeito. Mas estou com medo. Me recuso a morrer sozinha, gato preto. Me recuso!

Olhem para mim! Olhem para mim, pessoas que me lêem, e sintam o calor gelado que exala deste corpo animal. Estou com fome. Estou com sede. Sinto medo e desgosto e amor e culpa e desejo e alegria. Assim. Agora. A vida!

Não entendo nada.


P r e c i s o d e m i m.



P r e c i s o d e u m g r a n d e v a z i o .





P r e c i o e s t a r s ó , c o m o m u n d o . . .

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

Atento!


Para as pessoas que vieram me perguntar, super preocupadas, sobre aquele post que eu escrevi num dia em que minha vida parecia não ter razão de ser e eu não entendia porque, pois quando eu pensava na minha vida tudo parecia absolutamente bem, mas de alguma forma eu estava me sentindo realmente mal:

Eu sei que às vezes o mundo parece que vai acabar, mas vocês não me conhecem? Não sabem que eu aguento, que com um pouco de boa vontade é muito fácil me fazer sorrir? Y-chan conseguiu me salvar naquele dia (tá, eu sei, ontem...) com algumas frases e uma música. Eu estou bem, sério. Mesmo quando eu não estou bem, não significa que alguma coisa aconteceu. Às vezes eu escrevo meus sentimentos que não fazem sentido e não têm motivo e as pessoas acham que eu vou me matar, mas eu preciso só extravasar um pouco, escrever, transbordar, chorar, chamar atenção como uma criança pequena...

Eu sou assim mesmo, frágil, louca, intensa demais, e na verdade quando escrevo tudo parece ainda mais intenso, talvez porque eu diga a mesma coisa muitas e muitas vezes, de formas diferentes. Não se preocupem demais: não acreditem em tudo o que eu digo, e por favor não acreditem em tudo o que eu escrevo, pois muitas vezes meu pensamento se perde e tudo vira apenas poesia, poesia e música... Não se deixe levar pelas ondas inconstantes do oceano de sentimentos que eu despejarei eventualmente sobre suas cabeças. É sério! Não é só porque digo que estou morta que estou, realmente, morta. A maior parte desses sentimentos não dura mais que algumas horas.

Estou falando sério. Não se preocupem demais com essas crises passageiras.
Guardem sua preocupação para coisas mais importantes... ... ...

La vie, c'est belle...

domingo, 5 de dezembro de 2004

Ohn


A grande desvantagem de acudir uma mãe ràpidamente é que eventualmente as pessoas que conversavam com você vão embora........

Só para parar e pensar....


Sabe?
O mundo não faz sentido.
Veja só a minha vida.
Odeio férias.
Quero viajar...
Mas quero viajar com meus amigos.
Isso é difícil.
Quero ir até o infinito.
Quero chorar.
Quero explodir em zilhões de pedacinhos insignificantes e me dispersar em todas as direções.
Quero sair de casa e ir andando até a chuva cair.
Quero um abraço.
Quero outro abraço.
Quero um ombro.
Quero um sonho.
Quero algo novo, reluzente, que eu nunca tenha visto antes.
Quero uma surpresa.
Quero ser surpreendida.
Quero um gosto na boca que não seja de maracujá.
Quero sentir fome.
Quero me exaurir.
Quero jogar bola.
Quero algo só para mim.
Quero alguém mais para mim que para os outros... e que esse alguém seja você, meu amor.
Quero uma música nova.
Quero uma sensação nova.

Não, não!

Eu te amo
um amor assim
quase sem querer
Mas eu te quero
um querer sem fim
quase desesperado
Mas eu te espero
e essa esperança
é de que dê certo
o que a gente fez
e de que o suicida
esteja errado.

Acho que eu só tô carente. eu disse, eu quero um abraço que ninguém é capaz de me dar (não abóbora). Eu quero qualquer coisa que eu não sei se existe. Eu quero um sonho. Eu não quero um namorado, eu quero um Yuli, percebe? Eu não quero um beijo, eu quero...

*flashback*
Mãe: Marina, o que é namorar pra você? É dar uns beijos?
Eu: Mãe... Acho que namorar é ter alguém que é um pouquinho mais seu que das outras pessoas, e que tem um pouco mais que as outras pessoas...
*end of flashback*

Eu quero uma loucura.

"Meu amor, meu bem, sacie e mate,
minha sede de vampiro
senão eu piro
Viro hare-krishna (hare-hare-hare)
Não me desampare
ou eu desespero
Meu amor, meu bem me espere
até que o motor pare
Até que Marte nos separe
"

Eu quero luz.

A Rotten Living Body says:

Meu, Bohemian Rapsody é a música. Sinceramente...

"So you think you can love me and leave me to dye?"

Well, not that I think I can, but I kinda did, didn't I? And I could do it again... I almost want to do it again, just so anything diferent happens in my bloody borring life....
Eu adeio isso. Estou fraca, estou carente e estou entediada, o que é bastante ruim porque o tédio desperta toda a minha maldade. Mas eu não quero brigar... Eu quero amar!

Eu sinto falta daquele amor insano e desesperado, proibido, tão doloroso por ser tão profundo... Eu sinto falta da falta que você me fazia, e da alegria que me causava um segundo na sua presença... Eu sinto falta de pensar o dia inteiro em como conquistar você, o que eu tenho que fazer para te conquistar? Não sei, mas não dá para voltar atrás, e eu nessa fraqueza, nessa carência, quero algo que parece que ninguém no mundo pode me dar...

. . . Eu quero um abraço infinito e apertado, solitário para o mundo dos homens, único no meu mundo à parte, um abraço só pra mim, não subordinado às formalidades sociais e aos medos sem sentido. Eu quero um abraço que dure pra sempre e um milhão de beijos.
Sabe, esta noite eu tive um sonho. Eu sei que eu disse que todos os meus sonhos são ruins, mas esté foi bom. Eu sonhei com o colégio, ele fora reformado e agora o prédio do colegial tinha só o segundo andar, onde haviam inúmeros quartículos com as paredes cobertas de livros antigos e camas para os alunos. Haviam alguns pais de alunos lá também, e alguns professores. Nos quartos dos professores haviam mesas. A mãe da Camilla estava lá, no quarto da Clara. Era bem tarde quando chegamos, voltando de alguma viagem. Saímos por algum motivo, num grupo que incluía a Gabi, o Yuri, o Artur e uma menina de 12 anos que eu vi ontem num seriado, entre outras pessoas. Quando voltamos, passamos pela rua principal do colégio e os grupos de futebol já estavam formados, nós não tínhamos time. Estava escuro, de noite. O Yuri, a Gabi e a Menininha montaram um time com algumas outras pessoas. Eu estava já desesperada, eu queria jogar, eu tinha que jogar, simplesmente eu precisava do desafio do jogo ou ia morrer de abstinência, de fome, inanição. Comecei a gritar e berrar que ia atrapalhar os jogos deles, já que ninguém me convidara para participar de um time. Saí chutando bolas enquanto os times se dispersavam (menos aquele recém-formado). Fui ficando cada vez mais insandecida e desesperada, gritando, urrando, saí correndo saltando cercas e caindo rolando do outro lado, me levantando já correndo e gritando quando me aproximava deles, que eu não tinha time, que eu não tinha objetivo, Eu não tenho vidaa!, e saí correndo de olhos fechados, caí no chão, continuei correndo sem abrir os olhos até que a cerca ficou perto demais e eu tentei saltá-la, e o Artur estava jogando uma bola com dois molequinhos no campão, e eu tentei conduzir a bola para fora do campo para jogá-la em algum campo onde eu pudesse confundir o jogo, mas aí (eu já estava quase acordada) o céu clareou e o Yuri se aproximou devagar, e eu fechei os olhos com mais força para a luz do sol não entrar mas não adiantou, eu abri os olhos mas queria continuar sonhando...Tentei voltar para aquela noite, mas eu fechava os olhos e via o Yuri e o Artur, que haviam passado o sonho inteiro com expressões sérias, sorrindo num gramado verde luminoso, com uma cerca de ibiscos no fundo, e um irrigador fazendo aquele barulhinho engraçado em algum lugar...

Eu quero VIVER! Não quero dormir pra comer e comer pra dormir, eu quero amar... Eu quero rolar na grama, brincar de pega-pega... eu quero me envolver no seu abraço e chorar, sinceramente chorar...

Me salva, por favor, me salva. Eu quero ajuda, eu quero vida, eu quero me apaixonar...

Me pega no colo e me diz que me ama... Diga isso com fé, olhando nos meus olhos...

Sim, eu sou uma garota qualquer, que só quer um alguém que olhe nos meus olhos e diga com franqueza: "eu te amo"

Mas enfim, boa noite.