sexta-feira, 30 de junho de 2006

Mrrrmm

Nyau, eu quero postar alguma coisa mas não consigo pensar em nada interessante...
Que coisa chata.

Eu estava pensando em como eu me aprazo em escrever do jeito meio confuso e enigmático que eu escrevo. Sabe, eu realmente digo tudo o que quero, mas sem deixar sujeitos e objetos muito claros. Na verdade a minha maneira de escrever é uma simplificação do que seria ainda mais natural para mim... Quando vou escrever, faço raciocínios muito complexos, mas ponho apenas palavras ou frases chave, sejam elas o fim, o começo ou o meio do raciocínio. As relações entre as coisas ficam indicadas, então eu não fico entediada nem cansada explicando o que quero dizer. Claro que às vezes me sinto um pouco culpada e dou mais informações sobre tópicos mais confusos... Mas é gostoso de qualquer forma. Acho que é por isso que eu consigo fazer textos tão longos...

Is there something here to believe
Or is it just another part of the game?

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Mrrr...

Nyau nyau passando passando sob o sol
O sol de junho me dá aquela sensação gostosa de liberdade
Me deixa também um pouco desatenta às condições da sociedade...
Quando você não está perto de mim, meus movimentos são todos impulsivos...

Estou um pouco confusa.
O que vou fazer agora? O quê?! O quê?!?!
Quando meus amigos não estão aqui, minha vida fica meio sem sentido... Não sei o que vou fazer quando isso tudo acabar. Não posso pensar em você, porque não me vem nenhuma idéia. Não tenho saco de ler nem de escrever. Pensar em qualquer outra coisa é o que se chamaria de "masturbação mental". Sinceramente, eu não dou a mínima pra isso tudo.
Quando tenho vocês por perto é fácil. Mesmo as coisas mais idiotas têm um gostinho diferente. Não tenho mêdo de vocês, não tenho vergonha. E mesmo que tivesse, "quem sai na chuva é pra se molhar."

Vou fazer dessa frase o meu lema. Até porque, você sabe, se você chegar perto de mim, pode se machucar. Eu não vou tomar nenhum tipo de cuidado.

Estou olhando a noite passar. Não está tarde realmente, mas acho que vou dormir.
Mais cedo, olhei as estrelas com meus cães e me senti estranhamente em paz. E agora? Não, não, deixa pra lá. Foi bom sentir que naquele momento todas as perguntas cessaram. Não estou com raiva, não estou preocupada nem irritada. Posso sentir à vontade, cantar à vontade coisas insípidas como "my life is beautyfull, my love is pure". Talvez eu tenha sido um pouco irresponsável... Mas, você sabe, liberdade é algo um pouco nauseante.

Vou sentir um pouco de falta, entende? De estar longe de alguns de vocês por mais um tempo. Logo todos começam a viajar... Que faremos nós em conjunto? Não quero passar o mês sem nenhuma viagem de amigos ^^

De resto, a vida vai ao vento... É um lindo dia de sol... uma noite estrelada...

quarta-feira, 28 de junho de 2006

A Silent Whisper

A noite como um véu me cobre a mente
O manto, um vulto, um vento, um braço encosta
As mãos vazias choram, olhos tocam
É frio - troco de pele qual serpente
O tempo passa e não chega resposta
Os pensamentos vagos se retocam
Mergulho nesse sussurro silente
Até que a pergunta seja reposta
Espera-se talvez que não ouçamos. Ouvimos tudo. Na noite alta, os olhos são ávidos por ver, a boca seca por querer provar. Ou vimos tudo. Os olhos são claros, mesmo se escuros. As mãos falam com a voz inconfundível do cristal e da madeira. As palavras não são desta língua, e nem os significados correspondem, mas a compreensão é a mesma, se não maior. Quanto maior a compreensão, maior a força contrária a ela. Resiste-se à compreensão. Mesmo assim, ela nos invade, sutil e incorrupta, e mistura-se aos podres de nossa imaginação. Os olhares, tão doces, tornam-se amargos, e a dor transforma-se em desejo. Mas sabemos que inicialmente compreendêramos a verdade das coisas, e isso nos deixa confusos. Fechamos os olhos as bocas e as mãos.
A nossa pele tem cheiro de sangue.
O nosso corpo tem gosto de carne.
A nossa boca tem peso de osso e por isso discerne ouriço de carpa.
O nosso sangue parece com vinho.
A nossa carne é o gatilho do carma.
O nosso osso tem cor de farinha e carrega no bujo o espinho e a farpa.

Eu poderia ser honesta com você, mas não vejo o sentido disso. Vamos, vamos até o fim! Quer vir comigo? Eu ouço quando a voz soa como desafio. Quer vir comigo? É o teu sangue, é a tua carne, que eu ofereço neste sacrifício. Você ri e chora e grita e cora eu nada digo. Você agora é como eu um bicho. Vamos jogar esse jogo então. Dois aqui podem fazer jogo. Vou abrir a porta e esperar que você entre pra brigar comigo. Pra brincar comigo; pra brincar de amigo. Vamos, vamos até que um de nós desista! Quer vir comigo? Você tem todo o risco. A minha aposta é dor e a sua dor. E a minha própria dor e amor e o seu amor. Ouça que a minha voz é puro desafio. Vamos até o fim. Quer vir comigo?

segunda-feira, 26 de junho de 2006

and I heard as I'd never heard before...

Essa força

Eu gosto disso.
Essa sensação estranha que nasce no peito e se espalha para a ponta dos dedos, fazendo o corpo se arrepiar, a garganta se abrir e querer cantar, até que domina meu corpo inteiro. Esse pulsar estranho dos dedos dos pés, essa temperatura única do ar nos meus pulmões, essa sede e essa vontade de chorar. Esse nervosismo desnecessário, essa impotência, essa vontade de viver, essa serenidade e essa urgência. Essa paciente impaciência. Principalmente a impossibilidade total de imaginar qualquer coisa, e a delícia de sentir apenas, essa melodia estranha que me põe totalmente à sua mercê.
É quase como estar apaixonado.
De certa forma, acho que ler e ver tantas histórias de amor me torna mais propensa a esse tipo de sentimento. Mas é a música a grande causadora desse meu tormento deleitoso, essa espécie de dor agradável que só se compara à tensão ansiosa dos amantes. É a música.

But his voice
filled my spirit
with a strange, sweet sound . . .
In that night
there was music
in my mind . . .
And through music
my soul began
to soar!


"Aiái, Guanabara", diz o Mário de Andrade dos meus vagos pensamentos. E eu sussurro para mim mesma coisas tenebrosas.

... ... ...

É claro que não posso transmitir por texto a emoção que passa aquela voz tão...
doce.,
aguda.,
desejosa.,
baixa.,
sussurrada.,
trêmula.,
sutil...

Só então...

Ou ao menos é como ela canta em minha imaginação, como um último pedido desesperado, fraco, rendido, como o remorso apaixonado do Chevalier Mal Fet ajoelhado aos pés de sua dama, como um beijo quase um sussurro, um sopro de beijo de Lancelot nos cabelos de Guenevere... Como pode Christine depois desse sopro ainda poder dizer que quer se afastar da noite para sempre, que quer apenas o dia
e tu sempre ao meu lado
meu futuro e meu passado...


Ah, Christine, como pode você querer tanto o dia?! Como pode escapar do delírio fantásmico da noite, da Música da Noite e do toque apaixonado de um fantasma que destrói o mundo pra te recriar... Ou não? Será? Será? Será...?

...
Eu diria que são tipos bastante distintos de amor.
...


Sei lá, viu?
















Pronto.
Branco.
Assim é melhor, esse vazio, esse azul.
Meu peito está mais sossegado, não canta agora.
Eu continuo sem entender completamente como é possível, o amor é tão orgulhoso...
"A generosidade é o oitavo pecado capital." De fato. Pessoas generosas acabam cedendo aos seus amores, aos seus impulsos, não porque são vis, mas simplesmente porque amam demais o mundo para vê-lo esvaziar-se do sentido compulsivo que lhe dão. Essa intensidade vemos como uma riqueza, e tememos sim a morte, e não a queremos nem para os outros. Os generosos sempre lutarão, mesmo que seja contra Deus. Por isso Lancelot, Arthur e Guenever eram muito generosos para verem o Graal. No fim, o amor deles, amor impuro como todo amor no fundo é, foi mais forte que a fé.
E essa força, essa ânsia luta justamente contra a pureza, que quer um mundo despido, um mundo perfeito. Acho que assim respondo à sua pergunta, mãe. Não quero ser budista, porque o budismo só tem sentido se for completo, e eu, embora preze a completude, não busco a perfeição. Não é que eu não acredite na perfeição. Acredito; assim como acredito que existam os Princípios Absolutos, que só serão alcançados depois de abandonados os Princípios Efêmeros. Mas eu prefiro, talvez até mesmo porque sou tão jovem, eu prefiro saborear a minha sede de vida, eu prefiro a Paixão, a Humanidade. Somos todos imperfeitos, e nunca seremos perfeitos, mas somos, por isso mesmo, completos. Pesados. Eu gosto de ser um animal.

Vê?; eu não sou tão contraditória assim.
Quando foi que falei que os maus precisam ser amados? O assunto agora é o mesmo.
Mas acho que agora que vi a peça eu entendo porque a moça não fica com o fantasma no final. É um pouco patético, entende? O homem não tinha futuro, diferente do jovem conde com quem ela se casa. A noite talvez seja um sonho para quem é capaz de negá-la. Outros, porém, conseguiriam viver nela. Mas a vida seria de qualquer forma curta... Acho que tanto amor fora suficiente para ela - agora ela deveria querer uma vida com alguém mais autoconfiante e menos desesperado. Ela amou o Fantasma, afinal. Mas, na peça, ao menos, ele não estava preparado para ser amado, assim, depois de não haver mais volta. Toda a situação era impossível...

Sabe, uma das coisas boas de ser jovem assim é se sentir tão pequeno que não dá pra ter medo de tudo. Nem dó. O mundo é uma descoberta, uma aventura.

sábado, 24 de junho de 2006

Daniel Nievvish

Quando eu era criança eu achava que Daniel era adulto. Não que ele fosse especialmente maduro - muito pelo contrário. Nem achava que ele poderia ser de longe tão velho quanto Animal, seu mestre e pai de criação. Mas talvez o velho fosse um pouco baixo, e do alto dos meus quatro ou cinco anos eu não conseguia ver claramente a diferença entre um e outro. É claro que o rapaz era alto, mas para uma criança pequena até um menino de dez ou onze anos tem o porte de um homem feito. E evidentemente eu jamais me tornaria mais alta do que ele, de forma que levaram pelo menos dez anos para que eu finalmente percebesse que o rapaz era, no máximo, pré-adolescente, e na maioria dos aspectos tão infantil quanto Rafa, Rin, ou mesmo eu. O fato de nós brigarmos de igual para igual, ou de eu eventualmente subjugá-lo, na história, seria no mínimo surreal se ele fosse, como seria mais tarde, um homem firme, poderoso e consciente. Por isso é que há alguns meses (ou anos, não sei dizer) eu tento substituir a imagem clássica do jovem adulto pronto para novas aventuras pela do rapazote insolente, prepotente e ansioso por novas conquistas que ele era, e seria por muito tempo ainda, mesmo que isso tudo mudasse antes que ele ressurgisse, agora de fato adulto, mais calmo, mais suave, e definitivamente mais evasivo, em todos os sentidos.

A primeira surpresa, nesse reencontro, foi descobrir que ele fuma. Foi assim uma descoberta espontânea: num instante de distração, vi-o tirar um cigarro do bolso da camisa (necessariamente uma camisa de manga - ele se recusaria usar camiseta) e acendê-lo com um isqueiro barato tirado do bolso da calça. Talvez tenha sido isso o que deixou mais claro que é tudo uma farsa - afinal, o fumo ia contra seu ideal de vigor e saúde, de força e resistência, que aparentemente orientara sua vida desde sempre. Até se podia imaginar que ele bebesse... afinal, seu mestre já aprendera a fazer cachaça. Mas dizem que quem fuma não pratica alpinismo. E Daniel estava muito propenso a escalar montanhas. Mas afinal de que é que está se escondendo?

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Na verdade é estranho tentar compreender os prórprios personagens. Daniel não foi o meu personagem mais duradouro. Depois de um ou dois anos de intensas aventuras nas quais ele era umas vezes vilão, outras companheiro, o rapaz solitário, que não conhecia carinho nem humanidade, foi tão esquecido quanto o resto do mundo fantástico de Ziget. Difícil então falar sobre ele. Orfão de pai, mãe e civilização, o menino foi encontrado por acaso por um dos pouquíssimos seres humanos vivendo na superfície. O soldado não tinha mais tropa, não tinha mais ordens, não tinha mais família, não tinha mais nome, nem sonhos. Àquela altura todos haviam desistido de ser alguma coisa, e ninguém mais acreditava nos Guardiães. Não se sabia a razão de nada, e apenas presumia-se que os Negros estivessem acorrentando o fluxo vital da terra. Pode-se dizer que o menino, um menino com nome, com futuro e com sonhos, reacendeu nele a esperança de uma humanidade perdida. O menino era pequeno, mas já tinha algumas idéias e sabia um pouco de leitura e escrita, o que era mais do que o velho ferreiro poderia lhe oferecer. Quando o menino Daniel lhe perguntou, no imperativo, sem pronomes de tratamento, quem ele era, o velho se atrapalhou e respondeu, num grunhido embolado, quase um rosnado, de quem desaprendeu a falar: Animal Smith.

Talvez Daniel fosse até mesmo um dos Negros. Como eles foram de certa forma apagados na mesma época, é difícil saber com certeza. Seria até interessante imaginar porque o menino foi mandado para a superfície, onde para todos os efeitos as forças antigas tinham menos influência. Afinal, desde a extinção dos dragões os povos humanos de Zigat haviam feito poucas excursões à superfície, e deviam ter pouca consciência do que se passava lá fora, em termos amplos. Ainda assim, haviam lançado algumas poucas tropas à Luz para garantir que os Povos Azuis não se tornassem demasiado pretensiosos. Dessa forma o velho Animal era sobrevivente da época dos Homens das Cavernas (os garimpeiros de diamantes)... Seus rostos queimados de sol diziam pouco a respeito de suas origens, mas fossem quem fossem os dois, como todos os outros humanos do planeta, eram resultado dos conflitos do passado misturados rudemente com a força vital do povo das profecias. Talvez, apesar deles, ainda seja certo dizer que Zigat é um mundo sem homens...


(PS: eu comecei este post hoje às quatro horas da manhã. Fui ler outros blogs e fotologs, postei um poeminha fajuto e outras bobagens, até que li o comentário da Clara, que foi quem me inspirara a escrever em primeiro lugar. Então terminei, na hora que está marcada ali embaixo. É, eu sei. E tenho que estar na Milla às 3h30 hoje! Oh Deus, Oh Vida, Oh Azar!)

PPS:Escrevo sobre amanhã amanhã ou depois. Não sinto um pingo de arrependimento, e estou feliz. Viva! ^___^

PPS2:Por amanhã eu quero dizer hoje.

Poema que seria postado no meu fotolog muito tempo atrás, mas que ainda tem significado hoje...

E pra que temos amigos
senão para fazer-nos rir
quando tudo o que queríamos era chorar?
senão para nos abraçar
quando não queremos sair
desta situação onde só há perigos?

e para quê temos amigos
senão para podermos descansar
quando voltamos a nossas tocas de madeira e pedra
morrendo de medo e frio
depois de tudo
depois de viver no mundo todos os medos e dores
todas as lidas e amores
longe de nossos amigos?

eu continuo olhando a foto sobre a mesa, pensando
que eu poderia viver para sempre assim
(vocês não perceberam, mas foi barra)

continuo procurando-os
quando estou perdida
para que me abracem e digam que está tudo bem...
[26/3/2006 - qquer cousa]

sexta-feira, 23 de junho de 2006

De certa forma, uma resposta:

Sabe Mali, apesar do que muitos dizem, eu acho que algumas vezes você é muito impaciente, não acha? Tente curtir o momento, erre o que tiver que errar, caminhe não corra, pois a gente vai estar ao seu lado, e você sabe que a maioria de nós é sedentária, né? Não pense no que foi, mas no que está sendo, só assim você realmente vai conseguir mudar algo, não só em você!!!
Luda | 06.22.06 - 8:12 pm | #

acho que a luda está certa, até certo ponto. Mali cuidado, a pressa é inimiga da perfeição - mas como essa tal coisa não existe, digamos que a pressa é inimiga da felicidade - Acho que voce deveria refletir mais sobre seus atos(não que eu saiba quais são) ou caso você ache que você tem refletido o bastante, reflita menos... Agora, férias, terá muito mais tempo para sair com seus amigos e se distrair. Não apresse os outros, cada um tem seu tempo de evolução. Sinto que você chegou num ponto parecido com o meu - ou talvez mais avançado - no sentido de que percebeu a realidade.
As pessoas demoram ou são rápidas demais, nunca é igual a você.

Eu sei que você está entediada com a vida, então, siga meu conselho: estude mais, faça algo que te de prazer. aproveite. Limpe a piscina, nade. chame alguém pra nadar com você. vá passear com os cachorros no villalobos
arranje um namorado, gaste seu tempo, aproveite a vida. Ajude sua mãe, seu pai, seu irmão. vá ver alguma luta que gostaria de fazer. converse mais com seu primo. ligue para seus amigos antigos... há muito mais coisa a fazer que ver Tv ou jogar jogos bobos no computador
ops, eu sempre falo demais
desculpa... eu talvez tenha fugido um pouco...

tou com sono, olha a hra q eu postei!
um grande beijo!
Utak | 06.23.06 - 3:12 am | #


Sei lá, viu? Eu sou mesmo impaciente. Me irrita a forma como você nunca corre. E digo você de uma forma bastante genérica. Me irrita a sua falta de pressa, me irrita a sua racionalidade, a sua calma perene, a sua verdadeira incapacidade de tomar uma atitude impulsiva. Me irrita esse seu jeito de nunca se irritar com as coisas, e se irritar de repente com algo que deveria ser aceito imediatamente. Me irrita essa sua preguiça, esse seu deixar tudo nas minhas mãos, essa sua descrença nas possibilidades do mundo, e a sua constante espera por uma atitude minha. Me irrita a sua falta de vontade de fazer alguma coisa, seu sedentarismo, a sua insistência em fazer sempre os mesmos programas repetitivos e sem sentido, e tom moroso e sonolento que adquirem todos os seus fins de festa. Me irrita principalmente você nunca perdoar as minhas paixões pela vida. Detesto cada vez que você me faz parecer uma... do que foi que você me chamou? "Puta"? Detesto a forma como você me faz querer dizer "você é muito pior que eu". Detesto esse rebaixamento. Me faz querer nunca mais olhar na sua cara. Mas, de alguma forma, toda vez que eu vou me vestir, tentando encontrar a melhor forma de provar para o mundo que eu tenho um resto de esperança de ser tão humana quanto o resto de vós, eu abro a porta do armário, e você está lá, me encarando, com aquele seu olhar pedante. É nessas horas que eu rosno baixinho — e você se envergonha do meu rosnado — eu te odeio.

Tá muito frio pra nadar. Não só isso como eu estou doente. Em pleno dia de jogo, eu me encolhi num canto da cama amaldiçoando internamente toda essa loucura que a Copa incita nos brasileiros. Eu disse pra você, não disse? O meu dia estava fadado a ser muito ruim. Não dá pra estar doente e desanimada num dia de jogo. Impossível. Na minha mente passaram imagens de inúmeras pessoas tomando canjinha na frente da TV. Na frente da minha TV havia um monte de gente que eu gosto, mas gente com quem não converso. Eu queria meus amigos, mas eles todos estavam ocupados fazendo alguma outra coisa, vendo jogo ou algo assim. Li um gibi inteiro, mais da metade de um livro e uns cinco capítulos de outro. Nessa hora minha irmã veio perguntar se eu não ia assistir o jogo nem comer pastel. Grunhi alguma coisa em resposta, e li mais uns dois capítulos antes de ir comer um pastel e assistir um dois lances. Depois me encolhi na cama da sala e fiquei ali até muito depois do fim do jogo... No fim, o dia não foi tão ruim quanto eu esperava.

É estranho isso. A forma como eu não quero nada além dos meus amigos. É pedir demais? Eu não quero um namorado, por mais deliciosamente bom que namorar seja. Eu não quero um namorado porque antes de um namorado eu quero encontrar um cara que me faça desejar ardentemente um namorado. Eu quero realmente *desejar* alguém. Alguém assim que eu possa devorar com os olhos, assim como eu fazia com você antes de decidir que era doloroso demais sua existência em mim. Eu quero sentir de novo algo tão avassalador quanto aquilo, o que eu senti por aqueles meus simbólicos gatos, anjos, demônios. Mas sinceramente agora não me importa muito o que vai acontecer. No máximo, acho que a gente pode sair algum dia, se for o caso.
Mas, como isto é uma resposta, eu devo dizer que também não quero cães, nem lutas. Tudo isso me irrita profundamente. E me faz me sentir profundamente hipócrita.
Eu queria amar meus cães da mesma forma que antes, queria que eu definisse amor a partir do que eu sinto por eles, mas de verdade eu não sinto mais nada disso. Acho que falta na minha vida grandes emoções. De uma forma ou de outra, quando eu saio pra passear com eles, é mais por benevolência ou responsabilidade do que por qualquer outra coisa. E isso incomoda. Eu queria achar profundamente divertido sair com eles por aí... mas agora só acho difícil e perigoso. Eu queria ainda poder andar com eles soltos, era agradável, embora aflitivo.
Eu não quero lutar: eu não acredito mais nas artes marciais nem nas batalhas, da mesma forma que não acredito mais na psicologia. E digo isso com uma raiva crescente, talvez alguma frustração. Um dos motivos para eu nunca ligar para a tal da psicóloga que minha mãe encontrou é que eu não vejo sentido nenhum nisso.
— Por que você veio aqui?
— Pra você me dizer o que há de errado comigo..?

Não, não, eu não me submeteria a esse tipo de humilhação. Sabe, eu olho pras pessoas e vejo seres humanos, realmente seres humanos e não profissionais. Eu pensaria "mas quem diabos é essa criatura pra me dizer o que é certo e o que é errado?" E afinal eu não consigo ver nada mais rebaixante que precisar da ajuda de outrem para elevar a própria auto-estima. Afinal, não vivemos numa meritocracia? Não são sempre os melhores e os mais dedicados que se dão bem na vida? E evidentemente os mais dedicados devem ter certeza do que estão fazendo, ou jamais conseguiriam se empenhar em tal dedicação. Não consigo imaginar que esses melhores e mais dedicados tenham alguém que os ajude a entender que eles são bons, que eles merecem ser amados e que eles não são aliens. Como eu disse, não há nada mais humilhante do que receber de presente de aniversário um livro de auto-ajuda. A reação automática é a seguinte: você vira para a pessoa que te deu o presente e diz: "Então você acha que eu preciso de ajuda? Você acha que eu não sei me virar sozinha?"; e antes que a pessoa comece a explicar que todas as pessoas precisam de ajuda, e que aceitar ajuda é uma grande virtude ou algo assim, ou que a história é bonitinha, você sai correndo para fora do campo de visão da pessoa, e vai conversar com pessoas normais que te aceitam, se é que elas existem. Afinal, não é mais uma meritocracia. Espera-se que todos aceitem ajuda, e que todos sejam capazes de levantar-se e bradar, depois de algum tempo de tratamento lento e não-agressivo. Mas porque eu quereria me levantar e bradar?
— Por que você veio aqui?
— Me diz você.

Tá eu sei que os psicólogos teoricamente só ajudam os pacientes a se compreender etc etc etc para ajudá-los a tomar decisões com mais clareza etc etc etc para que eles possam acertar mais etc etc etc mesmo que às vezes acertar signifique errar etc etc etc e também para que possam se aceitar mais etc. Mas sinceramente eu não quero me compreender mais. Não é que eu não queira, é que eu não me importo, na verdade. Talvez seja só medo de que alguém me convença de que tudo isso é culpa do meu passado... porque eu realmente nunca achei que fosse, eu nunca pensei nisso e sempre vivi muito bem assim. Eu talvez tenha me retraído um pouco, e acho que essa retração teve conseqüência gravíssimas, que vão muito além do que a causa da retração poderia causar. Talvez eu seja um pouco androfóbica, mas acho que ... bom, na verdade acho que estou chegando a um nível de indiferença que me impede de sentir tudo isso na verdade. Etc. E como disse a Clara inventando o significado das cartas de tarô, eu sou capaz de passar por cima das pessoas e de machucá-las. Acho que acho muito mais fácil aprender "da maneira difícil"...
— Porque você veio aqui?
— Não tenho a menor idéia.

(e espero que depois disso a moça não tentasse me fazer descobrir, porque, no fundo, eu odiaria descobrir que foi porque minha mãe disse que era legal, ou simplesmente por curiosidade — da mesma forma que eu detestaria descobrir que todos estes problemas decorrem... do meu pessado; afinal, o passado não faz uma pessoa!)

...

Como eu disse pra Gabi outro dia, eu tô pouco me lixando pro que o mundo pensa. Não porque eu acho que não importa, ou porque eu acho que estou acima disso, mas simplesmente porque é doloroso demais. Os padrões do mundo são desagradáveis, incômodos, e muitas vezes insalubres. Se eu me preocupar com o que o mundo vai pensar de mim, quando é que eu vou poder ser do jeito que eu quero? E não se iludam - eu ainda quero dar ao mundo o que ele precisar. Mas isso tudo são caprichos, e não necessidades. A forma como eu amarro o casaco nos ombros não determina a criação de um assassino. E eu corto meu cabelos desses jeitos meio masculinos porque sinceramente eles são mais confortáveis do que os outros, e eu me sinto mais bonita também. Eu sei que é esquisto eu precisar parecer um menino pra me sentir bonita, mas um menino é quase sempre mais bonito que uma moleca, já repararam? E sei lá, talvez assim eu me sinta menos obrigada a competir em beleza, feminilidade e vaidade com as outras moçoilas que eu encontro por aí. Eu não tenho saco pra ficar comprando roupa nova. Aliás eu detesto ir comprar roupa, é tão tedioso e demorado... Acho que eu não vou comprar roupa há mais de um ano...

Além do mais, considerando que todas essas pessoas maravilhosas gostam de mim, e que mais de um rapaz simpático, divertido e inteligente (e, na minha opinião, bonito) se apaixonou por mim, deve haver alguma coisa certa no meu jeito de ser. Eu não tenho muita certeza do que é, mas tem que ter.

Ai, ai, eu queria saber do que que eu tenho tanta raiva... ... ...

terça-feira, 20 de junho de 2006

Sonhos

Eu tive um sonho estranho... Tudo era tão feliz... Eu podia ir viajar... Você sorria sem parar... Todos se falavam... O sol brilhava... As árvores pareciam cantar... A comida da cantina era boa...

Eu sonhei com você. Eu preferia nunca mais sonhar com você, mas é claro que é você que está lá sempre, por trás dos meus pensamentos, envolto numa bruma de raiva e amor e frustração constante... Não que não tenha sido um sonho bom, sempre são, e sempre dá aquela sensação gostosa de dever cumprido, de problemas resolvidos, de objetivos alcançados, mas aí, quando eu acordo, olho ao redor e penso de novo: "saco. só mais um sonho." E lá fora os problemas todos continuam atazanando, insolúveis... Eu não queria sonhar com você, com vocês todos, não queria sentir tudo o que sinto por vocês, não queria precisar de vocês dessa forma. Queria, sabe? que fôssemos amigos e que estivéssemos lá uns para os outros... Mas mas mas... *suspiro*

Sei lá viu... Esse sonho hoje me fez perceber o quanto é preciso abandonar para entregar-se. Eu não abdiquei o suficiente, na verdade. Mas ainda acho que poderíamos ter tido mais, sabe? De alguma forma... Mas de alguma forma os abraços quentes são e serão sempre sufocantes. Eu preciso às vezes de um abraço frio assim, de quem não quer mais nada, pra que eu sinta que ainda posso um pouco sobre mim. Eu não quero seu carinho, seu colo, seu beijo. Você é secundário. Mas eu te amo mesmo assim. E eu vou fingir que o seu amor basta pra mim... (porque eu preciso disso) ...Mas só por um instante.

Sei lá, eu... eu acho que eu preciso muito entender... eu acho que não é suficiente pensar... acho que... acho que eu só quero brincar com você... ou ouvir você rir... eu acho que estou um pouco só... ou um pouco desatenta... acho que não sei o que fazer... estou cansada... cansada disso tudo... de ter que fazer meu papel... e fingir uma porção de coisas... e da fome e dos caminhos longos e da luz do sol que irrita meus olhos quase tanto quanto a luz do computador... e da frustração diária de lembrar disso tudo e de ter que ser uma porção de coisas e de acordar todos os dias sem nenhuma perspectiva e jogar todos aqueles jogos horríveis e ver todos aqueles seriados fragmentados e comerciais fragmentados e até o jantar é fragmentado e meus ossos estalam e eu penso que diabos... cansada de entrar nos mesmos blogs nunca atualizados e pensar "aposto que não tem nenhum post porque ele está fazendo algo mais interessante"... e passar um tempo inominável lendo, cochilando, olhando as árvores no banco da praça, inventando formas novas de comer a mesma comida, de entreter os mesmos amigos que parecem querer estar sempre presos nos mesmos velhos assuntos... de perceber a mudança muito lenta de todas as coisas e só suspirar e me sentir impotente perante as forças superiores dos horários e das sensações... sei lá... talvez eu devesse ir visitar meus amigos mais vezes... se é que isso é possível... e às vezes, como uma cereja no topo do sorvete, eu me sinto tão parecida com você... e depois me sinto tào diferente... e eu não quero ser igual nem diferente... eu não quero provar nada, porque nem tem o que provar... não, eu só quero alguma coisa pra fazer... eu só quero descansar meus olhos por um instante, debaixo das àrvores verdes contra o azul do céu... quem sabe descansar também as pernas no banco macio da praça...

domingo, 18 de junho de 2006

"O que você quer?!"

I guess I'm just overwhelmed, and the feelings that come from inside me don't let me hear the purity of the Phantom's song.

Say you'll share with me one love, one lifetime...

And I knew I could see his beauty, and I knew it was because I had seen it before. It's not a monster that needs to be loved. But understand - there's no man inside the monster. The monster itself is a man, and as every man shall be loved. People are complicated, Jackie. In the end, there are no winners in the game of life...

...help me sing the music of the night...

I guess I'm just upset, and I'm not sure why. I'm sorry, but sorrow isn't the origin of this feeling. I'm just angry... It doesn't matter, you know? everything you've asked of me, everything poeple expect. I can't attend to all of your expectation. All in all, I guess I hoped I'd get drunk. And I didn't even drink that much. I wanted to know what to wear, and how to speak. When I thought of you, my heart ached. I was so angry...

Close your eyes
and surrender to your
darkest dreams!
Purge your thoughts
of the life
you knew before!
Close your eyes,
let your spirit
start to soar!
And you'll live
as you've never
lived before . . .


When people look at me as if I was as childish as I seem, I feel strange desires, and my imagination knows no boundaries. Sometimes I wish I could eat you alive, and I can almost feel you warm inside me - and my hands want to hurt you not just to hold you, when you are too close to realize that I'm not as sweet as you think. Perhaps it is from there that comes my atraction to the Phantom, whose beauty only his Angel of Music can entirely see...

RAOUL
Don't throw your life
away for my sake . . .
CHRISTINE
When will you see
reason . . .?


But perhaps what I feel now is deeper than the past... All we have tried... Well we could have tried harder... I refuse to forget my dreams and try to live without dreaming... This time, I won't give up so easly...

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Sabe, gato, eu preciso muito de você.

E talvez isso me incomode um pouco. Eu não sei dizer. O que incomoda mais, definitivamente, é esse olhar sensível, é esse olhar ferido, de quem... de quem o quê? Ninguém quer sofrer. O que incomoda é o jeito como outro gato me olhou, um gato muito mais escuro apesar da luz no seu olhar, quando ele partiu e eu tão sozinha me aninhei no seu abraço, como eu sempre faço, e me senti muito menos só. Não é que eu queira ser cruel, mas não encontro mais espaço para falar abertamente a ele, gato. Não consigo. Quando falo sem arreios ele me olha e parece que facas cegas se lançam do seu olhar. Acho que não quero nunca mais falar com ele assim, sabe? mas eu não saberia dizer. Amar é uma coisa confusa. E acho que eu não preciso dele. De nenhum deles. E acho que isso pode ser bom, pode ser ruim, mas eu queria que ele não me olhasse como se eu fosse cruel assim. Eu não quero caçar mais. Eu não quero que ninguém me ouça. No fundo, eu quero descobrir como chegar ao mundo pelo outro lado. Porque o Guigo disse para eu ir para o mundo, não para eu seguir os filhotes novos. Existe muito para ir além.

Mas para onde fica o além, gato? Você me diz, mesmo que você não saiba me dizer. Uns vão seguindo seus caminhos, outros esperam, chamam, têm raiva quando não aparecemos. Mas não é nossa culpa, na verdade. Nós amamos muito além do que os seus olhos escuros podem ver. É preciso tirar os antolhos, menina. Ou o animal pode cair da ponte; você não poderia querer isso. Nós sofremos muito no começo. Sentimos muita falta e muita saudade, mas depois passou. Ficou só aquela saudadezinha escondida atrás de uma quina do peito, escondida com o corpo de fora como uma rena de nariz azul. E hoje quando você chega e conta as novidades e as histórias engraçadas nós todos queremos rir, nós todos queremos brincar, queremos viver você para que você exista conosco inteiro, queremos te conhecer inteiro, aqui e lá. Mas os outros, por quê? ficam calados, ficam silentes, uma dor brumosa com cheiro de orvalho, eu não consigo entender de onde vem esse cheiro de orvalho, esse olhar perdido, essa vontade de chorar. Então eu não choro, mas pra quê? Eles continuam com a gente, mas os corações, gato, quê fazer? Eu quero conhecer um novo mundo. Se eu levá-los para esse novo mundo, quem sabe os olhos vão sorrir como antigamente...? Amar, talvez, devia ser mais fácil. Mas assim no futuro do pretérito tudo vale. Subjuntivo para suposições, Má, ela disse. Mas eu quero indicar o caminho, Thá. E os seus quereres e os seus amores são como peixes nadando contra a correnteza. Aliás não simples peixes: salmões.

Talvez realmente o jeito que o nome daquele Gato se pareceu tanto com o dele e o jeito como eu escrevi isso tenha sido impensado, talvez tenha sido errado, mas não foi o que eu quis dizer, não foi o que eu quis causar. Mas ontem em algum momento eu lembrei, quando dançamos a quadrilha, quando trocamos risadas, quando vi aquele bichinho fofinho transformado em Chopper, quando você me abraçou, quando ele riu, quando outro disse que estava muito feliz, quando eu me irritei, quando contamos o dinheiro, quando eu comi espetos de morango, e em outros momentos também, eu me lembrei:

O mundo pode ser muito gatos.
Talvez mais até, do que você, do que ele, gato. Acho que por isso que eu te amo. Eu adoro te ver crescer, perto e longe de mim. Eu adoro vê-los crescer, na verdade. E talvez o amor, sei lá, faça parte, de algum jeito, da amizade. Quem sabe eu entendo isso quando crescer, heh...

E sei lá, O Charles disse que agora é o rei da Inglaterra, não sei não. Já acabou a monarquia faz tempo... Quando eu era criança achava que os reis só existiam no passado ou nos contos de fada. A Gabi ainda não me disse, e ela não posta mais, e ela não brinca mais, mas também, estão todos na faculdade agora. O João Pedro todo carente reclama que eu sequer o vi. It takes all sorts, quê fazer? O Squick reclama que não entende nada, quê fazer? A Milla me liga sempre dizendo "vem pra cá agora". Eu apenas suspiro, dormitando num banco da praça. O mundo é mesmo gatos, quando se fecha os olhos e um colega de classe grita, no meu sonho, que ele estava muito afim de mim. Eu apenas suspiro, e lá em cima o verde das copas suavisa a imensidão do azul. Preciso acordar pra entender que foi apenas um sonho. Na vida real, eu ficaria ainda mais sem jeito, e talvez finalmente viesse a vontade de dar-lhe um beijo. Você tem ouvido muita Rita Lee, eu tinha vontade de dizer no seu ouvido. Mas éramos tão crianças, quê fazer agora que estamos tão distantes? Eu apenas suspiro; até a lembrança está se tornando distante agora. Eu quero conhecer um novo mundo, além do que já conheci. São legais mesmo, estes livros com vários mundos e vários gatos. Eu apenas suspiro -- e posso quase sentir o calor da sua respiração no meu pescoço... Às vezes eu acho que você vai realmente me dar um beijo. E aí viro a cara, mas acho que no fundo eu é que comecei. Eu apenas suspiro, viro de lado e tento dormir, e não sonhar com ele, foi apenas um sonho...

Sabe, gato, você realmente tem algo de urso.
Um urso forte, grande, meio solitário, meio familiar, meio brincalhão, meio letal.
Uma patada sua para matar um peixe. Mas eu aposto que consigo me esquivar, pular na sua cara, rindo, e quem sabe te derrotar como no sonho. Quem sabe. Mas eu prefiro que continuemos assim, lado a lado. Te espero no próximo feriado, gato. Urso, te espero no último feriado.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Desculpa. Desculpa mesmo.
Mas tudo isso eu devia dizer individualmente.
Desculpe-me.