domingo, 22 de janeiro de 2006

Sobre tudo aquilo que eu pensei, fiz, senti ou disse em toda a minha vida

Antes que me perguntem o que quero dizer com este post, pergunto-vos o que pergunta o Quintana: que quis dizer Deus com este mundo? Mesmo assim, peço a todos os que lêem meu blog para lê-lo, e lê-lo de verdade e por inteiro, já que, afinal, eu simplesmente não serei capaz de dividi-lo em muitos posts diferentes...

Este não é um post para ser terminado. Por princípio, não pode estar completo nunca. Por experiência, sei que à medida que o for escrevendo descobrirei não apenas mais coisas para dizer, mas também que ainda não terei dito a maior parte do que terei pretendido. That's life.

Como eu gosto de começar pelo mais prosaico, vou lembrar daquilo que me forçou a abrir a janela deste post definitivamente. Estava eu procurando algo para ler, e, como sempre, abri o piano. Dentro do piano, entre as cordas grossas envolvidas por lãs coloridas, estava a partitura de uma malodia doce e distante, como o choro das sereias, e os pensamentos daqueles que a amam... E no fim dos comentários, enquanto pensava sobre o que eu teria a dizer àquela menina que tanto me desperta o interesse... esbarrei sem querer no comentário de Digo.
Não sei explicar de fato o que senti, pois não me vieram palavras naquele momento. É só que, de algum modo, aquela declaração tão aberta de amor e ternura me pôs no chinelo. Mesmo. Hoje andei até o Rosano de chinelo. Não tive coragem de escrever nada para pôr depois daquele textículo tão... doce. De tempos em tempos algumas pessoas tem que nos lembrar de como são doces. O Digo e a Lori são casos típicos... Me lembra de quando eles eram as únicas pessoas no meu mundo que me faziam crer realmente naquilo de o amor trazer felicidade... Afinal, eu não era nem um pouco feliz, e a maior parte dos meus amigos sofria horrores com suas paixões... Mas eles...
Eles corriam pelo pátio em brincadeiras juvenis como pequenos gatos felpudos e negros e fortes e doces como os tigres, as bruxas e os deuses...
E acho que em algum momento eu dei ao meu amor uma segunda... ou terceira, ou quarta... bom, mais uma chance, e foi provavelmente a melhor coisa que já fiz. O ano novo com o Yuri foi o mais próximo que eu jamais tive de um ano novo de verdade... Nauqle instante em que ele me olhou com aqueles olhos de azul-profundo e dis: "feliz ano novo."
O ano começou ali.

Meu pai:
— huhuhu

Não tenho o que dizer sobre tudo isso. Saudades, solidão, e eu aqui desesperadamente apaixonada...

Então lembro daquela chuva de cigarras e de como os agrônomos orgãnicos tem certeza de que a causa das pragas é a monocultura, e que deveríamos plantar ecologicamente, colocando no solo tantas calorias quantas tiramos dele... e que eucalipto é uma planta tão vilã quanto os vilões das histórias em qaudrinhos. E é estranho, porque de repente, acho que eu realmente SEI do que estou falando quando digo que não devemos ser tão cruéis com a natureza. E todo aquele papo sobre o detector de mentiras usado nas plantas e etc. e o fato de todos os seres, incluindo as árvores e os anjos, serem imperfeitos, porque, não sei, acho que somos todos feitos de sraf! E somos fruto de uma sucessão de erros e acertos, e nunca chegaremos à perfeição justamente por causa disso... Então, devemos nos acalmar e aceitar-nos como indivíduos, em toda a nossa completude animal, espiritual e humana. Entretanto, o que fazemos será sempre imperfeito e incompleto, pois somos apenas parte do processo. Todos temos dificuldades que não conseguimos superar e não suportamos ter de contornar. Nós sabemos que não sabemos como lidar com todas as situações, e nos preocupamos em aprender e procurar o certo, o perfeito, mas sabemos também que nunca acharemos a reação definitiva, pois a situação será sempre diferente e nós nunca estaremos 100% adaptados ao meio ambiente. Com isso, temos um desafio maior do que o que realmente encaramos: o de ousar saber como agir, e o de agir sabendo que a ação não será a melhor possível, não será tudo o que pudemos fazer. ... We are never gonna get there. We are never gonna be all we were meant to be. 'Cause, no matter how dragon you are inside, you are still human in your conscience, and human beings aren't mythological creatures; human beings are real.

Talvez nisso se resuma toda a minha frustração. Sabe, algo que eu percebi nesses últimos poucos meses é que eu simplesmente não consigo parar de me comparar com meus irmãos. Eu sou incapaz de parar de admirar quão responsáveis, independentes e capazes eles são, em oposição a mim, que nunca consigo impressionar a mim mesma. É incrível como eu me sinto inútil e imprestável perto deles, e como, por mais que eu me esforce para ajudar, para fazer tudo o que me pedem e para ser a primeira ..... This is just bullshit. You'll all say I'm lying, and you'll be right. I know I didn't mean it, but I just did it. I really want to help, I want to, I want and I try... Y' know... Eu quero sempre pegar o cabo da genoa e puxá-lo nem que seja só para dizer: olha pai, eu sei o que fazer, você não precisa confiar só nos seus outros filhos... mas quando ele diz p'r'eu ir e pegar o leme e manter o rumo eu nem sei fazer isso eu viro a roda e giro e quando chega no rumo eu paro de girar como se fosse um videogame e soltar a roda fosse fazer ela voltar pro lugar e meu pai reclama mas eu nem sei o que estou fazendo de errado, e obviamente ninguém me diz porque obviamente todo mundo acha que eu sei porque isso é óbvio e eu devia saber, mas eu não sei e eu não sei como eu deveria saber do mesmo jeito que eu não sei como as pessoas sabem das fofocas e das notícias e das CPIs e porra... e de novo eu me vejo pequena gritando em pensamento com minha mãe porque ela gosta dos meus escritos mas não gosta quando eu perambulo por aí ou em volta da mesa ela não sabe que uma coisa depende da outra ninguém sabe porque ninguém é mosquinha ou ninguém presta atenção porque todos já têm aquela velha opinião de mim aquela visão cousa-pequena-viajante-que-fala-em-eneroide-e-é-inteligente de mim e talvez por isso eu queira ser uma metamorfose ambulante para que ninguém tenha uma opinião velha e podre e formada de mim mas eu faço tudo outra vez o xixi de gato o copo no quarto e durmo outra vez e deito da cama com fama outra vez e acho que é por isso que ninguém confia em mim quando eu digo ninguém para quando eu não gosto porque eles sabem você sabem vocês querem que eu reaja mas porque eu reagiria se vocês já sabem e eu não posso nem negar porque piora, vocês não querem perder a discussão mas eu não vou mentir eu não vou deixar pra lá eu quero que prestem atençào em mim mas eu não quero que vocês me ouçãm pedindo então por que eu estou escrevendo aqui que é um lugar onde todos vão ler e por que eu vou postar eu sei que vou e por que eu corrijo quando erro mas não posso interromper nem com pontos e vírgulas e travessões e aspas e parênteses e eu estou sim in love eu só não sei porque ninguém lembra que eu já deixei aquilo tudo para trás mas eu ainda quero que vocês me digam o que fazer para eu provar que sou tão capaz e eficiente quanto o marco por mais que isso seja difícil e por mais que ele seja o máximo e adulto e masculino e lindo e tenha passado na faculdade e ande até o metrô sem ficar muito cansado mas saiba também os ônibus para lá e seja organizado e artista e o melhor irmão do mundo e lembre das pessoas e não desista de comprar presente só porque é difícil e eu nem sei mas por que eu estou escrevendo aqui? Eu devia ter saído e passado aquele roxo permanganato de potássio no Argus afinal... afinal, provavelmente ele só ficou tão ruim como está porque eu não passei pomada nele logo no começo, essa era a minha função e eu não cumpri e eu não quero me pôr em primaeiro lugar nme aaahhhhh nem o quê? Eu não quero que meus cães fiquem mal porque eu não dei atençào para eles, nem que a mamãe fique estressada e passe o dia trabalhando porque eu não ajudei com o que ela quis que eu já deveria saber e acho que eu provavelmente sei eu não fiz o presente da ada nem do yuri nem da kiki nem do tutu nem de ninguém nessa ordem e eu queria me desculpar mas desculpas é o que se pede quando se vai se suicidar mas eu não vou me suicidar porque só idiotas pensam seriamente nisso nós somos imperfeitos demais para ter um ápice verdadeiro você sabe que está se enganando fingindo que ó amor verdadeiro eu sei que é lindo e perfeito e que eu não deveria estar dizendo isso mas eu fiquei tão brava quando pensei isso mesmo eu fiquei com muito medo daquele respirar quente tão perto da minha boca e eu tive tanta raiva porque eu posso te entender racionalmente mas algo no seu aparelho de sentir deve estar quebrado pra você não achar isso muito errado gostar dele não é errado o problema é você não querer mais ser nem você por causa disso agora vamos fingir que eu não falei nada porque eu não queria falar disso mesmo foi só algo que veio como uma torrente eu li hoje e-mails antigos e só pra você e pro cham quando eu não conseguia mais ser amiga dele eu sofri tanto num e-mail talvez porque o yuri não goste muito de e-mails por mais lindo e gotoso que ele seja ele não entrou suavemente no meu mundo pois não era como eu nunca vai ser como eu mas ontem nós ficamos juntos e fizemos macarrão com ovo e nos beijamos e mordemos e abraçamos e fomos ao cinema e recebemos ligações das nossas mães com certo incômodo e um certo excesso de comprreensão e foi ótimo e delicioso só nós dois mas quando não somos só nós dois quando há eu e ele junto nós somos meio estranhos porque nós falamos em línguas diferentes e eu sinto tanta vergonha quando falo numa outra língua mesmo que ele entenda searching for the answer to my riddle às vezes me dá uma vergonha tão grande porque eu queria ser mais brasileira e nacionalista e informada e saber no mínimo se o Gabeira é assim tão legal quanto parece, mas ao mesmo tempo não sei se quero mesmo saber ou se só espero uma confirmação de qualquer coisa...

E de novo... eu nunca quis ser a ovelha negra da família... Mas cada vez que parece que eu nem existo pra falar e me defender eu quero não existir mesmo, eu quero sumir... eu quero... que você se orgulhe, pelo menos um pouco, ou nào, pelo menos tanto quanto você se orgulha dela, pai, pelo menos o suficiente para eu conversar com você como ela conversa pai, assim de igual pra igual... assim sem medo de te desapontar pai, de dizer qualquer coisa que não devia ter dito, de não ter o namorado perfeito que me traz e me busca e está aqui todo dia e compra um veleiro (um veleiro!) e conversa e se sente à vontade, mas sabe...
Eu sei que eles não fazem isso por mal... eu sei que eles não querem me machucar, e também não quero que eles meçam cada uma de suas palavras antes de falar com a marininha-de-louça.. Eu sei que eles só fazem isso por mim sabe, para me educar e proteger, e isso só me deixa mais desarmada... Porque meus irmãos sabe, eles são cobrados também, mas eles ficam irritados e reclamam, brigam, lutam, começam a voltar pra casa só à meia-noite, dizem "mande a Marina fazer isso", tentam conversar racionalmente e se desgrudar dos pais, mas eu... porra, eu só quero conseguir conversar com meus pais, porque eu não consigo realmente reclamar com eles porque realmente eu faço muito menos do que os meus irmãos...

Yuri: Boa Noite, Mali!
Lembre-se de desligar o computador.
Marina: ij. .,m
y u eser i
Yuri: você estava aí!!!!!!
Marina: yrui
ruyi
uriu
yuri
Yuri: ufa
Marina?
Marina: eu odeio a minha família, sabe?
Yuri: Duvido.
Mas por que você diz isso?
Marina: não sie
mas eu constantemente me sinto insuficiente perto deles
e sinto que você também é insuficinte para eles
cada vez que meu pai reclama que eu não pego o ônibus
que você devia vir me buscar
Yuri: Ele diz que eu devia ir te buscar?
Marina: toda vez
Yuri: Toda vez que você vem para cá?
Marina: mesmo que você esteja do outro lado da cidade
toda vez que ele tem que me levar até o metrô ou alfgo assim
para algum lugar que não seja sua cas
Yuri: Realmente não gosto dessa idéia, mas acho que vou começar a fazer isso.
Sent at 00:30 on sexta-feira
Yuri: quer que eu te ensine a ir até o metrô de ônibus?
Marina?
Sent at 00:35 on sexta-feira
Marina: quero
eu não quero pedir nada pros meus pais, yu
nunca mais
eu não quero sentir que estou sempre devendo pra eles
Yuri: tudo bem.
Marina: abusando deles
Yuri: Tudo bem, Marina.
Farei o que eu puder, tá bom?
Marina: ta
onde... onde eu arranjo um mapa?
eu sempre quis um mapa de são paulo
pra eu poder aprender a andar sozinha
Yuri: um mapa completo?
Marina: como assim?
Yuri: todas as ruas?
Marina: sim
ou não
Yuri: Em qualquer banca tem os Guias.
Marina: ou pode ser só da região
mas ele são tão... livros...
Yuri: Aqui na Pamplona tem uns caras que vendem mapas de parede...
mas não deve ter muitas ruas.
Marina: vou lembrar disso
nbão dá pra ter tudo
Yuri: No Listão OESP tem mapas da cidade toda.
Você deve ter coisas assim na sua casa.
Marina: devo
Yuri: www.apontador.com.br
Marina: mas não são minhas
eu teria que pegar emprestado, xerocar, sei lá
Yuri: procura o seu endereço e imprime um mapa dos arredores da sua casa.
Eu não tenho nada disso também.
Assim que eu te encontrar, vou dar um mapa da rede de transporte metropolitano.
Marina: ^^
Yuri: Mas não começa a andar por aí, pegar metrô, trem, ônibus sozinha.
Marina: como assim?
Yuri: Depois pode, mas não vai direto.
Não é porque você tem os mapas que você sabe andar.
Você precisa saber prestar atenção.
Marina: no sentido de que eu vou me perder ou... algo pior?
Yuri: Não. Os mapas te fazem não se perder. No sentido de que você pode ser assaltada, roubada, surrupiada, sequestrada...
Marina: sabe o que é? eu passei minha vida inteira esperando que as pessoas simplesmente... me ensinassem, sabe? a fazer as coisas
Yuri: Sei.
Marina: mas ninguém teve essa iluminada idéia
e eu nunca tive coragem de pedir
já que aparentemente eu já devia saber
Yuri: não devia não...
Marina: ou eu não devia nem pensar nisso
Yuri: quer dizer, devia, mas é esperado que não soubesse.
Marina: ou eu devia pedir ajuda para "alguém"
ou "em outra hora"
mas nunca havia outra pessoa ou outra hora que eu percebesse
talvez fosse só eu que não percebesse
porque todos pareciam muito ocupados com suas próprias vidas
e por um momento eu me sinto até agradecida por meus pais terem me dado à luz
como se eles tivessem me presenteado com a vida, me feito um grande favor
uma caridade, como uma carona
Yuri: E é bom que você tenha em mente que isso tudo é uma bobagem.
(Não o que você sente)
Marina: Mas eu não posso mais esperar que alguém me ensine yuri
e é sim o que eu sinto
Yuri: o que você quer, então?
Marina: eu não sei
essas coisas que todo mundo diz que eu não sei... como andar na rua, como prestar atenção e etc... às vezes eu acho que eu já sei
ou que, mesmo que eu não saiba, nada nesse mundo vai conseguir me fazer saber mais do que eu já sei, além da experiência
Yuri: Mas é exatamente experiência!! Só experiência vai te fazer saber mais.
Marina: só que quando eu estou acompanhada por alguém que sabe mais do que eu e anda mais rápido que eu e não fala nada eu simplemente não , não presto atenção mesmo!
eu presto atenção em andar e seguir e confiar e esqueço de ser independente
Yuri: É. você está falando de mim.
Marina: e do meu irmão
e de todos os outros que andam comigo
eu não consigo pensar em ninguém que ande comigo e que não tenha essas características
Yuri: O que você quer que eu faça?
Eu vejo um cara andando atrás de nós, a rua está vazia, ele consegue escutar o que a gente fala. Ele entrou numa casa, mas e se não entrasse? e se ele estivesse mesmo seguindo a gente?
E se ele tivesse uma arma?
E se...
Marina: ...
eu odeio esse mundo
eu não consigo yuri
ficar sempre em segurança
Yuri: Eu falo: 'Marina, anda rápido', você não anda. Eu falo de novo, você percebe que eu estou afobado.
Marina: ou talvez eu devesse fazer como o luque e a luda e praticar andar rápido
Yuri: Então eu nunca vou ficar tranquilo com você andando sozinha por aí.
Você não precisa andar rápido!
Marina: NÃO????
Yuri: Quando eu posso, eu danço no meio da rua!
Marina: Você lê o que escreve?!?!?!
Yuri: Eu danço no meio da Avenida paulista!
Not connected - [Quando você fala "anda rápido" eu ando rápido e você continua achando que eu estou andando devagar porque eu já estou cansada e você mal começou a andar...]
Sent at 01:05 on sexta-feira


Chega. Eu não quero mais desabafar... desabafar dói e meus ouvidos não suportam mais minhas naridas inutilizadas...

Sabe, hoje eu fiz uma promessa para mim mesma, no momento em que vesti esta minha camiseta amarela com dragão. Eu prometi que ia registrar os meus sonhos das últimas noites no diário de sonhos que comecei em dezembro. Claro que eu não cumpri a promessa, mas não é isso que me faz sentir mal... é que, sei lá... my dreams will eventually fade away... I had such a good dream today... Estávamos num lugar com árvores, e tínhamos chegado lá numa viagem com o carro abarrotado...era uma península gramada agradabilíssima e todos os meus amigos do meu ano do santa estavam lá. Estavam todos comendo o almoço que os adultos da viagem haviam feito, mas o Bruno apareceu com uma comida diferente e apetitosa e eu fui com ele até a praia pegar daquela comida... e encontrei o pessoal que já saiu do santa, gente das turmas de 2005, 2004 e 2003, fazendo um pique-nique à beira-mar, e enquanto eu abraçava a Mari Rocha a Paulinha levantou chorando e dizendo que não esperava ou não queria que nós estivéssemos lá já que era um almoço de ex-alunos, mas ela sentia muitas saudades...

*sigh* Tenho tido sonhos muito estranhos... Há poucos dias, logo depois deste sonho do churrasco, tive outro em que nós salvamos três cavalinhos size of a dog da morte por falta de cuidados do dono, e os levamos para a Cajaíba, onde os colocamos junto com as famílias de classe média-alta que viviam nas casas do meio (uma delas com três andares!)... Os cavalinhos se chamavam Benwy, Benji (machos) e Brenda (fêmea), e eram todos castanhos, mas no final do sonho veio de Paraty um quarto cavalinho também doente ou ferido, mas este era colorido, este fugiu de seu dono, e ele se chamava Lucas. Alguém me explica?
E depois (dia 31) tive aquele sonho sobre o Cavalo Branco, no qual inclusive eu tentava acariciar o cavalo e sem querer pegava a mão do Lucas... mas não sei se o cavalinho do sonho chamava lucas por causa deste Lucas. Também, acho que o Cavalo Branco merece um post só seu...
Enfim. Anteontem o Bruno Salles veio aqui e ficamos uma porção de horas conversando sobre filosofia, ninjutsu, o Corpo, psicologia, sonhos e análise de sonhos, sociedade, sonhos e mais uma porção de coisas... No mínimo eu diria que isso abriu ainda mais minha cabeça... o mundo é um lugar confuso e estranho, e preservar nossa espécie passa SIM por preservar tudo ao nosso redor. Plantation é muito nocivo demais para nós todos, vegetarianismo leviano é doença, lutar contra o mêdo não é ignorá-lo, a prática nem sempre faz a perfeição. Nem tudo precisa ser questionado, nem tudo precisa ser aceito, nem todos os valores são bons, nem tudo o que é ilícito é mau. Nem todas as pessoas estão certas. Às vezes nós estamos preocupados demais em aceitar para observar o que aceitamos. Isso não é admiração, isso não é inclusão: isso é ignorar o próximo em prol de um valor vazio. Algum personagem de quadrinhos já disse que um valor ensinado como a honestidade ou a coragem ou a generosidade ou a justiça ou a liberdade não é um motivo bom o suficiente para se matar alguém, por mais errada que essa pessoa seja. Da mesma forma, um princípio inquestionado tido como auto-evidente dificilmente justifica qualquer fim. E não, os fins não necessariamente justificam os meios, e o oposto também não é 100% verdade.
"Um ditado espirituoso nada prova" - dizia... quem era mesmo? Voltaire?

No mundo em que vivemos, os royalties não têm sentido: não conhecemos absolutamente nada sobre quem criou os objetos que tanto usamos. Então, por que haveríamos de querer pagar-lhes qualquer coisa, quando podemos adquirir o mesmo objeto por um terço do preço feito com um pouco menos de capricho por alguém que não vende uma etiqueta? E no resto das questões, será que não há nada durável e barato que não inclua destruição em massa de seres vivos inocentes e ignorantes (árvores por exemplo)?