sábado, 23 de dezembro de 2006

Ponto.

Foi um ano bom, não foi? ^^ Não quero falar nada. Vou fazer uma pequena homenagem ^^

Lôbo de Ouro 2006

Melhor Ilustração e Melhor Acervo de Narrativas - Aqui em Hinée
Melhor Acervo de Variedades - A Côrte
Melhor Blog-Livro - Pirate's Tale
Melhor Blog de Autor Desconhecido - Febre Alta
Melhor Diagramação - .piano.
Melhor Leitura para Tarde da Noite - O Pato Está na Ratoeira (embora o Conte de Feés também fosse indicado)
Melhor Leitura Vespertina - Ten Years Ahead

Pretendo afastar-me da internet por algumas semanas, para reorganizar um pouco minha vida et cetera. Vou prá Cajaíba depois do natal e depois volto para a segunda fase da FUVEST... Enquanto isso, estou perdida. Espero que nos vejamos ao vivo mais algumas vezes. Boas férias, camaradas. Entrem em 2007 com a cabeça erguida =^.^=

Sinceramente;
A Lôba

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Uma Vírgula.

Eu diria que o ser é apenas parte do não-ser, mas eu não acredito nisso. Ser em si é a razão de tudo o mais. A textura dos troncos das árvores, o cheiro da terra roxa e das folhas jovens que nascem nela, o sorriso do desconhecido diante de um gesto de simpatia, tudo isso justifica nosso desejo incontrolável de viver. Por viver.
Sinto-me como uma criança, que descobre um inseto novo, que faz planos complexos e os esquece em poucos segundos. Semana passada eu vi o meu primeiro louva-a-deus, e ele não era tão assustador quanto parecera. Durante essa semana que agora acaba, peguei o hábito de andar de ônibus, fiz um amigo, desenhei, fiz compras na Teodoro.
Mas tudo está ainda muito pela metade.
Sou uma criança que tem mêdo de errar, que só arrisca quando está sozinha, muito longe do olhar da mãe — porque a mãe, veja só, a mãe percebe todo erro muito logo, mas os desconhecidos acham que você sempre sabe o que está fazendo. Não conto mentiras, mas também não conto verdades. Respondo o mínimo, que quanto menos se diz menor é a chance de falar algo que ofenda ou fira. Mas será que o silêncio pode também causar uma má imagem?
Não acredito nas pessoas, porque sei que todas são más, por dentro ou por fora. Mas também são todas boas. Sou uma criança que precisa de carinho, compreensão, contestação, respeito, espaço, explicações. Para mim nada é óbvio, nada é simples, tudo tem um sentido profundo por trás. É preciso haver respeito, esforço, beleza, delicadeza, empatia, sutileza, aparência. É preciso valorizar o silêncio, a nudez e o ímpeto. E, principalmente, não se pode desprezar o café-da-manhã. Por mais que a noite seja a soberana dos sentidos e sentimentos, o café-da-manhã é a medida das coisas da alma.
Acho que a maior beleza da infância é a maneira como tudo se aprende. É preciso estar disposto a aprender, e cada coisa nova (e há tantas coisas novas!) é uma pequena aventura. É delícia a pequenez das coisas, tudo miúdo, conciso, sutil. A pequenez não admite desleixo, devassidão. A pequenez tem que ser imensa, rígida, estudada. Quando não se puder fazer nada, observa-se. Eu observo, olho, admiro. A visão é uma dádiva. Sempre que possível, faze um desenho de observação. Verás que as árvores são mais estranhas do que aquele serzinho plástico que desenhas. Admire. Não há perigo em olhar.

Não sei se há mais o que dizer. Quero fugir daqui onde tudo me assusta.

Vou sentir saudades, vou morrer de falta de ti, Gato. Me cativaste sem perceber e eu não sei mais viver sem ti. Não seja egoísta, não desapareça. Por favor.

Por favor, meu amor, não me abandone, que sou criança e não suporto solidão...

sábado, 16 de dezembro de 2006

Chorando e cantando

porque eu li o fdp e foi isso que ficou na minha cabeça...



(Geraldo Azevedo)

Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua no ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
Ai ai ai a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois amor ô ô ôô

Ninguém ninguém verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Na luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucuras
Faz mais, depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois depois do amor
Amor ô ô

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Lôbo de Ouro

Apesar de esse ser um post de premiações, ele não é realmente um plágio do que tem Lá em Hinée

Os blogs são como os impérios, os movimentos culturais e os relacionamentos: têm um início quase introdutório, qual uma epígrafe, ascensão, apogeu e declínio. Felizmente, depois do declínio costuma vir uma saudável bonança (ou calmaria) que precede nova ascensão. Digo isso porque já passei várias vezes por esse ciclo, e hoje em dia o enfrento sem nenhum mêdo de que seja preciso abandonar a Toca, ou de que ninguém mais a leia. Os leitores, e até eu como leitora, também têm seus ciclos, e sua fidelidade ao conteúdo deste destrancado casebre virtual deve oscilar como a pressão atmosférica. Ou algo assim. Mas ainda não consegui aprender a passar pelos tempos de declínio com tranqüilidade. Eles ainda trazem o velho frio na barriga das grandes decidas na montanha russa, o estranho desespero que nos inflinge a folha acusadoramente branca (ou, pior, amarela). Por isso, eu resolvi desenvolver uma estratégia cujo principal objetivo é direcionar os leitores para blogs amigos, os quais eles possam visitar enquanto este aqui anda morimbundo (e pretendo que fique morimbundo por mais algum tempo).

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Metamorfose

Olhou-se no espelho, eram três horas da manhã, e a imagem no espelho respondeu com um sorriso cínico. Fingiu indiferença, quem era o espelho para dizer qualquer coisa sobre sua vida? No espelho os lábios eram vermelhos apesar de não haver batom, e os olhos eram profundos como se tivessem por trás um mundo inteiro de desejos e segredos pecaminosos. Sustentou o próprio olhar invertido, com raiva silenciosa. E o espelho devolvia sua raiva com caretas e carrancas completamente desconhecidas. Até as rajadas na íris tinham se modificado ao longo dos anos, e sua lembrança daqueles olhos estava como que estagnada em algum ponto do seu passado. Também os lábios haviam mudado, se projetado, à custa de mordidas nervosas de seus e de outros dentes. E a carne nos lados do rosto, aquelas carninhas entre a bochecha e a mandíbula que odiava, haviam desaparecido. Ela se encarava, tensa, desconfortável como se diante de uma grande figura, como se diante de uma multidão, fazendo caras e bocas para si mesma, tentando, de alguma forma, resgatar qualquer semelhança entre sua própria face, a da sua memória, e a que via diante de si. Mas o espelho, inflexível, negava qualquer consolo, mostrando sempre uma pessoa completamente diferente, em gestos, em cores, em olhares, da que ela procurava tão desesperadamente. E agora ela mantinha um silêncio receoso, porque não queria descobrir no que se transformara sua voz. Sabia que tinha uma voz aguda, às vezes um pouco desafinada, às vezes grossa, às vezes infantil, e sequer gostava da idéia que fazia de sua própria voz; não poderia suportar, porém, que tivesse acordado com uma voz estável, ainda fina, mas como flauta doce, e sutil ou misteriosa. Nunca poderia respeitar-se se sua voz fosse fascinante, se fosse sedutora, se fosse belíssima. E se olhava assustada no espelho imaginando que se prendesse o cabelo, usasse um boné e (mesmo assim) tomasse sol no rosto, se vestisse umas jeans largas e camisetas estampadas, com algum tênis furado, ou se desse um jeito de se sujar de grama, casca de árvores e barro, quem sabe poderia voltar a se parecer com o que costumava associar a si mesma. Talvez até voltasse a se sentir forte daquele jeito, talvez voltasse a pensar que tinha dentro de si a força de todo o mundo. Talvez até voltasse a escrever. Afinal, ela não escolhera realmente sofrer a transformação. E não poderia de maneira alguma aceitar se transformar numa daquelas meninas lindas que sempre admirara. Pior que isso: ela nunca se perdoaria por se transformar numa mulher como as que ele mirava...

sábado, 9 de dezembro de 2006

resposta aos comentários

Sim, ame como for, que qualquer maneira de amor vale a pena. Me ame, ouviu? (é uma ordem). Mas amor basta? É preciso, olha, é preciso um monte de coisas pra, digamos, sustentar o amor, pro amor não ficar difícil demais; quer dizer, difícil até é bom, mas não demais. Eu escrevi uma música sobre essa dificuldade uma vez. Era assim:

I'm crossing my fingers
hoping you will be here
Somehow my hopes are somewhat low
And everything lingers
indefinedly
Somehow our hands are somewhat cold
And I thought I could have you but
when I kiss you I feel
you are never gonna know
for sure that this is for real

And I'm looking for stars
Tonight they are fading
Right now there isn't much to see
And I'm trying so hard
but you are just waiting
Right now our dreams are fast asleep
'Cause I thought you were mine but
when I see you I see
you are never gonna know
where to look for me when I leave

So please just go
I'm not ready to live without you
But I know
I'm not ready to feel like this

I reach out for silence
I'm feeling so lonely
Sometimes I wish we'd never met
But if you gave me a shy glance
well I'd just keep longing
Sometimes I can't see where we're at
And I know that you love me but
when I can't hear your voice
I realize that you don't know
That all I'm feeling was my choice

So please just go
I'm not ready to live without you
but I know
I'm not ready to feel like this
Abandoned like this...


Claro que tecnicamente eu devo ter exagerado um pouco nesse "please" just go, porque eu escrevi isso em 2005 e... bom, vocês sabem a história. E na verdade hoje em dia eu não sinto mais tanto isso... Mas às vezes a gente precisa de mais... E às vezes é justamente quando a gente precisa que a gente não pode ter...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Você sabe quanto tempo leva pra dizer "eu te amo"? Mais ou menos um segundo, se você for rápido. Mas os efeitos perduram por um tempo indefinidamente longo. Parece que os atos mais curtos e rápidos são justamente aqueles que mais importam...

Quanto tempo você demorou para pôr o pé na rua e ir embora? Quantas vezes você pensou no que fazia? Será que em alguns desses instantes você percebeu que um ato simples e desisteressado como esse tem como conseqüência um sentimento inexplicável e complexo, capaz de derrubar fortalezas, vencer guerras? Eu quero parar de escrever, dizer que está tudo certo, pedir desculpas, mas "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", e você não tem consciência da importância que isso tem.

De onde vem esse sentimento? Por que de repente essa dor inexpurgável, essa necessidade inexplicável de você?

"Ensaio sobre a solidão"

(Como todos os meus posts ultimamente, este vai ser sobre aquelas coisas que uma menina direita nunca deveria deixar que os outros soubessem)

Quando o sol se põe, fica mais fácil ser qualquer coisa. Em dias cheios de amigos, é mais fácil ser guerreira, ser amante (desvelável?), ser amiga, ser senhora, ser Marina. Em dias de mar revolto é mais fácil ser senhora, contar histórias, imaginar... Em dias assim solitários, é mais fácil querer chorar...

Eu não tive coragem de falar na sua cara, mas eu senti: na verdade, existe algo de profundamente egoísta em sentir-se só. E eu sei que você sabe disso, sei pelo tom da sua voz quando você disse que não era verdade (ou algo do gÊnero...).

...
sabe o quÊ? eu não quero escrever. Acho que não vou querer escrever nunca mais...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

I absolutely hate to feel lonely like this...

somebody save me...

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Lembrete

Mais pra mim do que pra vocês...


Oh, well, eu acabei de lembrar que ainda tenho que vender os convites da festa de formatura. Então, alguém aí quer um? Olha, vai ser uma festa legal, e... hm... é, eu não sei bem o que fazer. Não mesmo.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Finalmente, férias... VIU??? FÉRIAS!!!

Um post absolutamente despreocupado com a Vida, o Universo e Tudo o Mais, de uma pessoa que quer mais aproveitar pra cair na gandaia ^^


Sabe o quê?
No final, (embora não seja o final realmente,) eu estou muito satisfeita por não ter me preocupado muito com o vestibular. Só espero que as notas de corte não aumentem muito... õ.õ... (ok, ":þþþþþ"... nem te conto...) Oh, well, estou feliz, de qualquer forma. Está sendo um bom dia ^^

A gente às vezes sente, sofre, dança
sem querer dançar...
Na nossa festa vale tudo
Vale ser alguém como eu, como você...


E ontem foi um dia bom também. Até porque quando eu acordei, às nove e pouco da manhã, eu só tive um pensamento muito vago de "hm, hoje tem fuvest...". Depois desse pensamento vago, fui tomar café, fiquei lendo jornal um bom tempo (havia uma grande discussão a respeito da reforma da previdência, do exagero dos gastos do setor público -- que absurdo, não? um governo querer ficar gastando com "saúde" e "educação" quando deveria estar mais preocupado com investir na idústria! -- e de como o Lula acha que não se deve jogar a dívida nas costas dos pobres -- algo que aliás apareceu em todas as manchetes, mas em nenhum dos textos em si oO''); depois arrumei meu quarto e fui nadar ^^ Quando estava nadando, papai me pediu pra limpar a piscina, e eu limpei de bom grado (mas agora é claro que já está toda suja de novo, com essas chuvas...), e mamãe me chamou para plantar a mui frolida azaléia que ela me dera de aniversário. ... Vocês sabem que meu time de festa dos esportes da primeira série chamava Azaléia? Acho que por isso o tal arbusto de flores róseas tem uma importância especial pra mim.... (eu gostava de ter f.e.'s temáticas...)

Depois de fazer isso tudo, tomei um banho, vesti a blusa que a Chris me deu de aniversário, peguei água e comida (melhor dizendo, mamãe e Marco me encheram de bolachinhas de lanche...) e entrei no carro. Chegando na FEA, encontramos a Maya, o Yuri, o Nic, e cadeiras almofadadas! (que luxo!) E os vigiadores da minha sala eram simpáticos, e as regras pareceram-me menos rígidas que as das provas do Santa, e all in all eu não tive muitos motivos pra ficar nervosa. Acho que o que mais me incomodou foi o frio. E a mesinha ultra-lisa da qual meu material ficava escorregando.

Abra suas asas
Solte suas feras
Caia na gandaia
Entre nessa festa


Saindo de lá, às 18h10, encontrei o Nic, o Yuri, o Marco, a Maya e o Giovanni(!). Fomos pra casa, depois fomos comer no Spoleto, depois fomos conhecer o gato do Gio, que é um pequerrucho muito fofinho. Foi um dia bastante bom ^^

Me leve com você-ê-ê-êê
No seu sonho mais lou-ou-ou-ou-ouco...


Meu, que mêdo desse tempo. Tá chovendo medonhamente, são três horas da tarde e todas as luzes da rua estão acesas porque 't's escuro! Ai, como eu adoro o verão! =^______^=

...Quero ver seu corpo
lindo lindo leve solto!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Não.

Eu simplesmente não estou afim. Não estou afim de não conseguir falar com você, de te esperar, de você não ligar. Nào estou afim de acompanhar o grupo de teatro, de ficar dando parabéns, a torto e a direito. Não estou afim de estudar prà Fuvest, de correr atrás do informação, de perder as festas, de ficar nervosa. Nem estou afim de ignorar totalmente a fuvest, de não estudar nunca e decidir não passar. Não estou afim de discussão. Pronto.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Mudança de Modelo

Sobre os recém-configurados subtílulos


... O subtítulo é, essencialmente, uma entrelinha.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Boa Noite

poema de Castro Alves

Boa noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde. .
Não me apertes assim contra teu seio.

Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo digas descobrindo o peito,
— Mar de amor onde vagam meus desejos!

Julieta do céu! Ouve... a calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti? ... pois foi mentira...
Quem cantou foi teu hálito, divina!

Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto..."

É noite ainda! Brilha na cambraia
— Desmanchado o roupão, a espádua nua
O globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua. . .

É noite, pois! Durmamos, Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores.
Fechemos sobre nós estas cortinas...
— São as asas do arcanjo dos amores.

A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.

Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!

Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora. . .
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...

Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
— Boa noite! — formosa Consuelo.

psst: se eu ficar muito tempo sem falar deste poema novamente, alguém por favor me cutuque.

SCENE V. Capulet's orchard.

Enter ROMEO and JULIET above, at the window

JULIET

Wilt thou be gone? it is not yet near day:
It was the nightingale, and not the lark,
That pierced the fearful hollow of thine ear;
Nightly she sings on yon pomegranate-tree:
Believe me, love, it was the nightingale.

ROMEO

It was the lark, the herald of the morn,
No nightingale: look, love, what envious streaks
Do lace the severing clouds in yonder east:
Night's candles are burnt out, and jocund day
Stands tiptoe on the misty mountain tops.
I must be gone and live, or stay and die.

JULIET

Yon light is not day-light, I know it, I:
It is some meteor that the sun exhales,
To be to thee this night a torch-bearer,
And light thee on thy way to Mantua:
Therefore stay yet; thou need'st not to be gone.

ROMEO

Let me be ta'en, let me be put to death;
I am content, so thou wilt have it so.
I'll say yon grey is not the morning's eye,
'Tis but the pale reflex of Cynthia's brow;
Nor that is not the lark, whose notes do beat
The vaulty heaven so high above our heads:
I have more care to stay than will to go:
Come, death, and welcome! Juliet wills it so.
How is't, my soul? let's talk; it is not day.


... às vezes ser mulher é estranho... como mulher, às vezes eu me sinto na responsabilidade de tornar ser mulher menos esquisito... ¬¬ mas estamos na era da música, não da poesia... *suspiro*...

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Dezoito anos, êh?

Então eu não postei nada no meu aniversário. Também, que importância tem isso? Acho que um weblog ou fotolog não é o lugar mais apropriado para se comemorar a passagem do tempo. Logo num espaço em que as coisas são registradas, ad eternum, sem elas mesmas sofrerem a passagem dos anos..! Inclusive, meu registro não seria fiel, pois com o tempo as formas das letras e as cores do fundo seriam inexoravelmente alteradas. Que importância tem isso? Penso que... há muito mais entre o céu e a terra que o que podemos registrar.

As coisas que passam pela minha mente agora envolvem organizar uma festa, tirar carta, passar no vestibular, encontrar o cara que faz aniversário hoje, fazer um presente pra ele, bonequinhos de One Piece (embora eu não ache que eu ainda tenho saco pra esse tipo de coisa), bonecos de fimo, Evil Maharaja (você lembra, Gato?), um sol estonteante lá fora, usar saia rodada, piscina, marshmellow*, RK, o desespero de não ter os telefones das pessoas com quem eu preciso falar, entre outras cositas mas.

Num dia bonito como este, eu não consigo não ficar feliz. Feliz dia de sol! Não vou dizer que amo vocês. Até mais!

(*)que pensamento mais invernal! o que ele está fazendo aí?

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Resposta ao comentário da Lorena

Tudo bem, Lori. É que a vida não me preparou para as coisas terem conseqüências, entende? Eu peguei a minha primeira recuperação de verdade este ano, e até gostei (!) de fazer a prova, o trabalho, etc. Por isso, não consigo sequer imaginar como é falhar em uma prova importante. É um conceito que parece não existir pra mim, e meu grande mêdo é que o meu mêdo de falhar nessa prova seja tràgicamente menor do que o que eu deveria estar sentindo. Às vezes eu acho que eu estaria mais feliz fazendo cursinho. Será? Ou será que eu só ficaria de saco cheio, e aprenderia um pouco mais, mas com um custo emocional desproporcional? O que vale a pena? ...

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

De Aflições e Passados Obscuros

Te ver e não te querer
É improvável, impossível...


Hoje foi um dia esquisito, aleatório. Começou com eu acordando às quatro da tarde. Eu havia fechado a janela, por isso dormi tanto tempo (umas onze horas). Acordei me sentindo esquisita, leve, muito fim-de-tarde. Queria vestir saia comprida, um vestido leve, traqüilo, mas claro que eu não tinha nada disso. Revirei armários. Tomei banho no banheiro da mamãe (onde tem espaço pra ficar sem se molhar!!!), me sequei com uma toalhinha de viagem =o.o='' Vesti uma roupa de baixo que eu nunca usara antes pra poder usar uma blusa cor-de-rosa que eu nunca usara antes, e pus uma calça bem aberta embaixo e uma bota amarela. Isso tudo foi pra vocês entenderem o quão esquisita eu estava me sentido; na verdade, eu cheguei a pensar em me vestir de uma forma muito semelhante à que a Maya se vestiu quando fomos na festa do Equador (*sem comentários...*).

Então eu enchi um pão integral com carne moída tirada d pasteizinhos e comi o pão e os pasteizinhos vazios. Fui lá fora papear com as pessoas que estavam na piscina e descobrir o que era aquela página de história em quadrinhos que aparecera no meu quarto. Depois, fui chamada de Pirralha muitas vezes. Finalmente, fui pro clégio, procurar o grupo de teatro.

Na verdade eu não encontrei o grupo de teatro. Quando cheguei no santa, encontrei foi o Guigo, distraído, voltando da mesma procura, sem sucesso. Trocamos alguma impressões de revolta (afinal, o ensaio não ia até as sete? não tinham o dia inteiro?) e saímos passeando. Entramos no prédio dele, deitamos na grama do jardim, papeando, céu imenso, parquinho, janelas. Passou a Giulia indo embora, ela disse que o pessoal tava no campo. Fomos encontrá-los. Encontrar-vos.
Vocês estavam jogando mafioso quando aparecemos por cima do muro, assoviando e rindo. Pareceram assustados, surpresos. Fomos cumprimentá-los, nada demais. Depois, subimos para pegar uma bola. Comi sorvete de chocotone com brigadeiro, mas isso não vem ao caso. Quando descemos, estavam jogando um jogo da verdade curioso, e nos convidaram para participar. Adoro jogo da verdade, mas prefiro futebol, e recusei. Eu e o Guigo jogamos bola, até que chegaram Leli e Tutti. Aí, eu já desistira do futebol, e queria entrar no jogo de vocês, mas elas não quiseram. Fomos lá para cima e, quando voltamos, chovia. Fomos até a casa do Nonô antes de descobrirmos que vocês estavam no quiosque. Quando os encontramos, vocês nos deram uma escolha: ou entrávamos no jogo ou íamos embora. Eu queria entrar, e talvez o Guigo também quisesse, mas as meninas tinham uma opinião muito ruim sobre jogos nos quais se faz perguntas embaraçosas sobre aspectos íntimos da sexualidade de cada um... Ok, eu também tenho, mas não é essa a questão. Eu achei que o jogo podia ir para assuntos interessantes, eu acho. Elas não. Por isso fomos embora, fazer nosso próprio jogo. Conversamos por muito tempo, até que a Tutti foi embora. Ficamos, eu, a Leli e Guigo, a andar pelo condomínio, conversando, falando de aflições e passados obscuros. Até que a Leli também teve que ir embora. Fomos, eu e Guigo, até a grade que nos separava de vocês, pensando em pular. Mas ficamos receosos, ele mais que eu. Seríamos bem-vindos? Vimos vocês andando em nossa direção, resolvemos esperar. Vocês pularam a grade, mas queriam fazer alguma coisa, e nós conversávamos, animadamente, estávamos alegres, eu acho. Fomos todos para o parquinho, onde vocês decidiram ir embora. Eu resolvi ir também. Não entendi nada. No fim, eu fui embora antes de alguns de vocês...

Amanhã é meu aniversário, e eu estava só pensando em como tudo isso faz pouco sentido. Ao meu redor, tenho amigos que não querem se permitir nenhuma distração do vestibular, tenho amigos que brigam comigo quando eu não estudo; tenho amigos que estão ocupados olhando pro céu, discutindo bobagens, contando histórias sobre outros amigos; tenho amigos que querem falar sobre sexo, sobre sonhos, sobre drogas, sobre leis, sobre política, sobre amizade, sobre dinheiro, sobre a Verdade; tenho amigos que querem se divertir, aprender, construir amizades, crescer; tenho amigos que não querem, ponto. Eu não sinto nada disso. Nada mesmo. Eu quero me construir, devagar, com calma, sem mêdo, sem pressa, sem precisão (vocês percebem a polissemia?). Eu me importo com vestibular. Mesmo. Eu quero passar. Mesmo. Mas também quero arrancar minha tripas e fazer delas uma forca toda vez que a Camilla faz cara de indignada em resposta a eu achar que não é preciso estudar no feriado. E também quero fazer protestos violentos toda vez que eu ligo pra algum amigo com o qual quase não saio e ele não pode sair comigo porque tem que estudar todos os dias da semana. Não entendo como alguém pode pretender ser feliz nesse regime. E as amizades? e o tempo pra fazer besteiras? pra correr na chuva, cadê? Pra dançar, conversar, aprender o outro? e namorar? e fazer amigos? Enfim, isso tudo me incomoda, profundamente...

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Smile

I'm actually quite glad about my self =^__^=
I hadn't felt like that in a loooong time, so it's amazingly good :)
And in fact I don't think I deserve that feeling, but perhaps I should do something to make that right =)

Madness

I'm afraid that you are gonna disappear.
One day I'm gonna look around and you won't be anywhere near.
I'm afraid that when you go, I'm not even gonna miss you
'cause that's when I won't know you anymore
So tell me what is it about you that's the same you were before...

I look around and something's out of place
These are lost memories escaping time's letal embrace
I know once we were togheter and we both laughed and cried
'cause I think we thought "this's forever" and it wasn't long at all
Though life is unpredictable and rising stars often fall...

But then one day I was walking down the street and my way crossed your way
(though you didn't see me)
And the other day I met you and we talked but you looked sad and I meant to cheer you
but you turned your face

I whispered that that was madness
you always look away
I'm dancing like a maniac
and if you give the crowd a hopeless gaze
I wanna unmake your sadness

I remember once you took me to my room and we tried to exchange some news
but we never really talked
And the other day we took a walk and I held your arm and for once I couldn't help it asking what
(I think you know how it feels)

I whispered that that was madness
once again you looked away
I'm dancing like a maniac with my boy
and if you give the crowd a hopefull gaze
I envy that kind of sadness
(do you envy my kind of joy?)

domingo, 12 de novembro de 2006

Verbete

Eu preciso dizer algo que muito me impressiona. Algo que descobri agora mesmo, quando procurava a definição de dicionário para "Ironia" e "Sarcasmo".

Ao que parece, o Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa Folha/Aurélio37 definições diferentes para a palavra IR, além de definições específicas para "Ir muito longe", "Ir navegando", "Ir-se desta para melhor" e "Ir ter com", duas definições para "Ir ter à" e quatro para "Ir longe". Amazing, eh?

Depois deste post, estou indo procurar a definição de "verbete", também.

Esqueço-me...

Na verdade, me sinto bastante estúpida. Esse sentimento impregnou em mim, desde o momento em que o Luque falou: "você não foi no colégio, né?". Na verdade, esse sentimento atrapalhou todas as outras coisas que eu tinha de conseguir. Esse sentimento de culpa, de impotência perante um erro cometido inconscientemente, esse sentimento de não-dá-mais. Não dá mais pra ratificar meu deslize, que parece pequeno mas é grande: esqueci mesmo, completamente, do que eu deveria fazer hoje. E era tão simples! Ir ao colégio, encontrar alguns amigos, participar do encontrinho... Detesto esse esquecimento, que me pega desprevenida quando... quando já é tarde demais... ¬¬

Sabe o quê? A reticência às vezes é uma exclamação contida...

sábado, 11 de novembro de 2006

Olha pra mim...

Eu quero escrever. Não sei porque, nem como, nem qual é exatamente o assunto. Não sei de que matéria são feitas as palavras, não sei que influência elas terão sobre suas vidas. Eu não posso me ver, e não quero dizer que as palavras se submetem a seus escritores. Não: as palavras nos desprezam, as palavras são em si. Nós somos apenas seus carrascos, seus escravos, instrumentos de sua indecifrável (e talvez por isso, perversa aos nossos olhos) autodeterminação. As palavras escorrem por nós como um rio sobre seu leito; um rio que cava seu leito desnudando pedras, pepitas, mistérios, que cava uma trilha na mata ou um cânion no deserto. Entretanto, eu já dissera antes: o solo esculpe o rio. Ou seremos nós esse rio caudaloso, desvairado, que arranca de seu leito pedras, pepitas, mistérios, palavras que ele mesmo não compreende? Talvez, seguindo um princípio psicobiológico deduzido empiricamente, eu queira escrever somente porque permitir o fluxo das palavras sobre mim, ao mesmo tempo que arranco-as de sua condição sólida (estado de dicionário), é minha melhor possibilidade neste instante. Será? E se escrevo, estarei saciando uma fome de realizar para todos o sacolejo inconstante desse córrego que meandreia dentro do meu peito? Estarei me libertando do sufoco de uma enchente ou de um assoreamento?

Quero escrever sobre aquelas pequenas tolices que descubro, fascinada, durante o dia: as copas das árvores não disputam espaço; o céu, cantado sempre azul, é muitas vezes vermelho, roxo, violeta. Descobri também, com grande surpresa, que gosto (e me assombro outra vez ao admiti-lo) do cheiro do cigarro. É algo difícil de assimilar, contraditório (mas eu sou mesmo contraditória), que pra mim é estranho compreender. Talvez o estranho seja que minha mãe, que fuma (...), não gosta do cheiro, e eu, que não fumo (e acho que não fumarei nunca) decubro que gosto. Talvez seja alguma associação psicológica, alguma lembrança da infância — cigarro, sítio ou praia, altas árvores, garrafa térmica de água gelada ou de café quente (gosto também do cheiro do café), conversas de família. Talvez o cheiro do cigarro me lembre de conversas muito longas com a Ada, nos sofás da sala em que brincávamos. Talvez... Fico pensando também numa descrição antiga, muito anterior a essa descoberta, que fala de "cheiros de poeira, de sujeira, de pano e cigarro", mas sem nenhuma conotação negativa:
"Tinha um cheiro... estranho. De corpo humano, de pêlos, de pele humana. Cheiro de gente presente, inconcebível em qualquer outro momento. Cheiro de pano e cigarro; impregnado naqueles cabelos que quase se poderiam chamar 'longos'.
Em qualquer outro momento eu repudiaria aquele cheiro. Era um cheiro capaz de me lembrar de doença, de secura, de tosse e desgosto. Porém naquele momento o que eu mais queria era aquele cheiro. Naquela hora o cheiro, tão simples e original, podia remeter à própria origem do cheiro."

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"Cheiro de corpo humano, de sangue, de cerne humano. Cheiro de mãos, de braços, de olhos irrefutavelmente humanos. Cheiro de pêlos, de pele; a expressão mais física do calor humano."


A verdade é que não sei mais do que estou falando. Pensando bem, eu nunca sou exatamente categórica nas coisas, e não me esforço para ser. Não devo mais escrever, devo ir comer. Boa noite, liriidas.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Sobre Lobz, Kyiuri, o Bibliotecário e... bem, eu.

Estou postando por falta do que postar. Pensamentos incongruentes me perturbam:
E se Lobz não for uma pessoa, mas uma sombra? E se o Bibliotecário estiver falando a verdade? E se for uma sombra com alma de gente? E se as lembranças se tornarem reais? E se Lobz fosse a sombra de Kiyuri? E se a Lôba nunca a encontrar? Qual terá sido o sentido disso tudo?

A grande questão, ao se escrever uma história, é que às vezes não parece fazer nenhum sentido contá-la. Como resolver essa questão?

domingo, 29 de outubro de 2006

Coisas que a gente não deve dizer

Eu não sei se ainda acredito em amor. Tudo isso, os beijos, os cheiros, os sorrisos, os abraços, tudo isso já me causou tanta repulsa que é difícil agora aceitar alegria, que é difícil tudo. (Por que é que eu falo tanto de mim, hem?) Eu quase posso sentir meu corpo tremendo, nenhum sentimento, nenhum desejo, e você você eu não posso falar de você, mas posso falar do beijo e da ânsia de vômito, e do mêdo e da ardência meses mais tarde eu quase posso sentir meu corpo tremendo, o mesmo frio, mas com sentimento e desejo, e o mesmo mêdo, e você, bom, você, o que foi que você me disse, eu não consegui entender, quem é você será que eu te conheço mesmo? E paramos no meio, diferente, outra vez, eu quase posso sentir esse cheiro venenoso que emanava de você (outra feita) esse cheiro amarelo, virei a cara, aquele cheiro doente, você estava tão feliz e eu te amava tanto, o que foi que aconteceu? Por Deuz, eu te amava tanto e estava tão feliz mesmo dizendo que não te amava, mesmo te vendo todos os dias, mesmo sorrindo o tempo todo, esperando por ti esperando sempre porque eu não precisava de nada mais que você?

... e agora, José? Para onde? Por que eu não sinto mais isso, por que eu não rio, sorrio, me alegro, te amo, te beijo, te ligo, te espero? Por que não pode dar certo> Por que eu não posso deixar que dê certo? Parece tão fácil, e entretanto... Quem é você? O mesmo que disse aquelas palavras incompreensíveis? O mesmo de todas aquelas brincadeiras infantis? E de todos aqueles arrepios e calafrios? Você sequer existe? Ou é só minha imaginação, um homem tão louco, tão somhador, tão impossível, que eu não poderia jamais conhecê-lo por inteiro, ou partilhá-lo com outros... Aliás nem posso dizer que seja realmente um homem, porque na minha imaginação é apenas um garoto, que pouco conhece da vida, e que jamais me conhecerá, também.

Minha visão das coisas simplesmente não se baseia em fatos reais. Isso não está certo. Às vezes eu percebo que morro de mêdo de criar uma situação porque acho que ela vai ser desagradável, quando todas as situações semelhantes a ela foram muito agradáveis. Nada faz sentido. Não tenho mais coragem de fazer nada. Me desconheço, me destesto, não me entendo. Não me perdoo, me ridicularizo. De fato segurar vela não é ruim, quando as pessoas com quem se está são legais, divertidas... Mas ainda assim me faz me sentir miserável. E essa relaçào de causa e conseqüência é patética, não é?
Ao menos eu posso ficar feliz pelos meus irmãos...



















Enfim vou parar de divagar. Isto não é literatura.

Parece linda

Parece linda a vida, sempre parece. Contigo, a vida, parece linda, não? Assim como seus olhos, sua irmã, não sei, parece beleza, é isso. Sorrio ao vê-la, penso que, Deus, parece-me linda, mas quem será ela? Eu penso, e penso que eu deveria conhecê-la, mas ela não existe para mim. O que separa o existente do inexistente?
As histórias que conta parecem lindas.
Até a dor. E as amizades também parecem lindas, o sorriso, a alegria, porque debaixo de tudo isso existe um véu como um mar tranqüilo, sob essa aparência existe um sentimento indecifrável, e ele é lindo.

Mas é apenas aparência de beleza? Por dentro, existe um estranho vazio. Agora, em todos os momentos. Suspiro, penso, tomado de amor, que não existe nada. Um sofrer calado. Te ligo: caixa postal. Outro número... não atende. Mais um, mesmo resultado. Por último... ela atende, conversamos, não, quer ficar em casa. Sorrio, faço que me alegro, queria um amigo, uma amiga, estou de saco cheio desta vida; desligo sem revelar nada, continuo a ler o best-seller... Não tenho vontade de ligar para mais ninguém. Espero, espero, espero... Me incomoda esta minha postura, de estar sempre à espera, mas você nunca liga... Chegam meus familiares, meu irmão com a namorada, rindo, hoje em dia ele ri o tempo todo, ela também, e eu me perturbo, invejo, o que acontece comigo, eu deivia estar feliz, mas não sorrio, nem nada. Foi um dia maravilhoso, mas nem esboço um sorriso... Com o telefone ainda na mão, tento lembrar se ainda existe alguém para quem eu possa ligar. Desisto, vou tomar banho, segurar vela não pode ser tão ruim....

Sábado foi um ótimo dia: prova de História, mosaico, e música na casa do Quico das 2h às 5h... Vim andando com a Gabi e o Tofik até em casa num clima maravilhoso, conversamos rimos. Depois saí com Marco, Maya, e encontramos o Gio e a Ellen (uma garota adorável) no cine Santa Cruz (aliás, a BakedPotato de lá é muito melhor que a do Villa). Depois do filme, conversamos no estacionamento, rimos, fomos para casa ver outro filme, ficamos clicados com "não" por muuuito tempo, eu fui dormir. Foi um dia muito bom, alegre, gostoso. Mas, não sei, não sei, não sei....

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

INFP

So I took this very strange test full of hard-to-answer questions and I had a hard time answering them (there was at least one I couldn't answer at all). Then I started reading the results and I was thinking "how stupid; I should have anwsered this or that differently, so that the result would reflect reality... After all, I'm not such an idealist..." But then I got to the third paragraph, and was rather astonished. So skip the first two paragraphs, skip straight to the alst one. And when I finished it I had tears in my eyes. And now I'm wondering how can I be so affected... I might read another discription of the result, but I'm amazed. Check it out at TypeLogic.

Healer Idealists are abstract in thought and speech, cooperative in striving for their ends, and informative and introverted in their interpersonal relations. Healer present a seemingly tranquil, and noticiably pleasant face to the world, and though to all appearances they might seem reserved, and even shy, on the inside they are anything but reserved, having a capacity for caring not always found in other types. They care deeply-indeed, passionately-about a few special persons or a favorite cause, and their fervent aim is to bring peace and integrity to their loved ones and the world.

Healers have a profound sense of idealism derived from a strong personal morality, and they conceive of the world as an ethical, honorable place. Indeed, to understand Healers, we must understand their idealism as almost boundless and selfless, inspiring them to make extraordinary sacrifices for someone or something they believe in. The Healer is the Prince or Princess of fairytale, the King's Champion or Defender of the Faith, like Sir Galahad or Joan of Arc. Healers are found in only 1 percent of the general population, although, at times, their idealism leaves them feeling even more isolated from the rest of humanity.

Healers seek unity in their lives, unity of body and mind, emotions and intellect, perhaps because they are likely to have a sense of inner division threaded through their lives, which comes from their often unhappy childhood. Healers live a fantasy-filled childhood, which, unfortunately, is discouraged or even punished by many parents. In a practical-minded family, required by their parents to be sociable and industrious in concrete ways, and also given down-to-earth siblings who conform to these parental expectations, Healers come to see themselves as ugly ducklings. Other types usually shrug off parental expectations that do not fit them, but not the Healers. Wishing to please their parents and siblings, but not knowing quite how to do it, they try to hide their differences, believing they are bad to be so fanciful, so unlike their more solid brothers and sisters. They wonder, some of them for the rest of their lives, whether they are OK. They are quite OK, just different from the rest of their family-swans reared in a family of ducks. Even so, to realize and really believe this is not easy for them. Deeply committed to the positive and the good, yet taught to believe there is evil in them, Healers can come to develop a certain fascination with the problem of good and evil, sacred and profane. Healers are drawn toward purity, but can become engrossed with the profane, continuously on the lookout for the wickedness that lurks within them. Then, when Healers believe thay have yielded to an impure temptation, they may be given to acts of self-sacrifice in atonement. Others seldom detect this inner turmoil, however, for the struggle between good and evil is within the Healer, who does not feel compelled to make the issue public.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Cascos e Couraças

Quando atacavam o Cascudo, ele respondia com coices e cabeçadas. Os cascos eram frágeis e a cabeça era leve, mas a cada hematoma o corpo se preparava para mais dez, reforçando os cascões, a gordura, o óleo da pele. Chegou um dia em que o Cascudo ficara tão encouraçado que não sentia mais os ataques, e não se dava ao trabalho de revidar. E nem precisaria: quando os animais investiam contra ele, batiam contra a couraça e caíam mais machucados. O Cascudo andava silencioso como sempre e cada vez mais insensível ao mundo, tentando observá-lo e compreendê-lo sem conseguir. E quanto mais solitário ficava mais desejava compreender o mundo. Logo os animais desistiram de atacar o Cascudo, incomodados com sua invencibilidade. O mundo se tornou silencioso, e o Cascudo se sentia cada vez mais sozinho. Passaram-se anos...

Não sei realmente o que dizer. Foi um fim de semana bom e cansativo. Amanhã com alguma sorte estarei bem novamente. Hoje foi confuso, mas não me incompreendo. Não tenho mais energia para seguir em frente com tudo, mas tenho esperança... Além do mais, Estou muito cansada. Talvez eu desista disto tudo amanhã. O que acontece: descobri que não importa muito.

No fundo despedidas são sempre meio tristes. Estou desanimada, não quero mais aulas, não quero pensar. Quero poder dormir quando tiver sono. Amanhã, queria poder sair com vocês... Cabular estudo -- ir no cinema...

...Um dia, um pequeno Coelho estava andando pela floresta, quando encontrou um animal grande, cinzento, rígido como uma pedra e imponente como uma montanha, mas ligeiramente incomodado. Era o Cascudo. o Coelho ficou intimidado com toda a força bruta que o animal exalava cada vez que bufava de enfado, e ficou agressivo, atacando o Cascudo com toda a força de seus dentes e pedindo ajuda para seus familiares. Mas haviam se passado anos em demasia, e a couraça do Cascudo se tornara fina e flexível; e seus cascos e seus chifres estavam leves e arredondados. Vai daí que ele urrou, se contorcendo de dor, o Cascudo amolecido.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

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eu preciso escrever direito aquele último post. mas eu não quero. é muita exposição. na verdade, eu acho que contar tudo isto a vocês é muito tolo, quando nos vemos tào pouco. estou indo embora. te amo, e não é só por agora. mas não quero te ter. não quero que me tenhas... chega. não quero falar com vocês...

Something in your eyes

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Parece que nos queremos em mundos diferentes... Será que algum dia o amor poderá ser livre das pressões externas? Ou será que isso o faria explodir?

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

There must be something wrong with me, for even when I am alone I feel lonely...

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Distração

Eu não sei em que estava pensando, mas acho que tinha algo a ver com:
ah, deixa pra lá, quem se importa com redações, estudos, arrumar o quarto, pedir telefone à mãe, pedir dinheiro (hm, isso é importante...), ir na bicicletaria (hm, isso tb), descobrir lojas de roupas, arranjar fantasia, dormir cedo, acordar tarde, e todas as outras coisas às quais nos acostumamos...?
Bom, eu quero dormir cedo, acordar cedo, chegar às seis e quinze na escola, ficar conversando com a Cris a Ina o Yu e a Ana, abraçar a Leli, rir com o João, dançar com a Luda, sorrir para o Squick, passear pelo primário com chapéu de Chopper e conversar com as menininhas que ficam falando alto como que para ninguém "que chapéu legal!!" (eu fazia isso qdo era pequena... crinaças são tão divertidas!), e resolver alguns problemas de vez em quando. E ficar olhando pra meninas-mulheres lindas e pensando que elas são lindas assim justamente porque são lindas por dentro :) ; e assistir novelas tolinhas com minha prima, pintando um desenho com canetinhas que comprei por dez reais na lojinha, e que deveriam ter custado uns dois ou três. Pode parecer estranho, porque anteontem e ontem e mesmo johe de manhã eu me sentia tão vazia e desanimada -- mas estou me sentindo completa, como se viver fosse... certo. What d'ya know...

Parece que dizes, te amo, Maria...

Sabe o que é mais perturbador?
Eu nem vi estes três dias passarem -- mas já vai acabar a minha penúltima semana de aula no Colégio Santa Cruz... (mas estou tranqüila mesmo assim -- e vou procurar umas fotos amanhã...)

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Olá de novo.

Voltei de viagem com algumas coisas na cabeça. Primeiro, que conhecer e saber são coisas diferente, e acho que saber é impossível e menos importante -- mas mesmo assim não consigo deixar de desejar saber você até o tutano dos ossos, o que não é sequer saudável... Segundo, que eu não quero que as pessoas dependam de mim, até porque eu não quero nem consigo depender delas. Ao mesmo tempo, quando espero encontrar alguém e não encontro sofro bem mais do que precisaria sofrer. Esquisito. Terceiro, que a grande dificuldade da convivência é tomar decisões em conjunto. Quarto, que eu não sinto falta nem saudade do que já se passou... Na verdade, às vezes não consigo nem lembrar do que se passou; mesmo quando acho que algo era melhor antes, não consigo descobrir por que, não consigo lembrar. Mas, sabe o quê? Acho que algo era mesmo melhor antes. Assim, em Campos. Nós éramos melhores. Mas mudamos. Muitas outras coisas são melhores agora. Mas nós, especificamente, não sei, acho que não nos divertimos tanto, mais...



Estou tentando descobrir o que acontece. Mas tenho uma redação a fazer, e odeio redação. Não quero nada, porra. Não quero mais sair daqui. Diacho. Mas às vezes me sinto feliz, quando me reconheço. Não sei, é tão raro... Enfim. Eu não sou muito responsável. Beijo grande, amigos. Tchau.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Como dedos leves lentamente despertando as vibrações das cordas do piano

Assim me tocas -- desperto; sonho.
E meus pés nubígenos carregam-me irrefreáveis por uma escalada de decisões determinantes.
Alegro-me, e nada digo, com os pés firmes na estrada. Só um pensamento vago -- tempo, pressa, é fim de dia -- me distrai em minha empreitada. Alcanço meu objetivo, mas tudo parece estranho. E passa o dia. E chegas então. Tudo muito silencioso.

Durante dias hesitei entre o que parecia óbvio e o que eu sabia com certeza. E creio que escolhi o caminho mais incerto, pelo que pago com mêdo e saudade. E quero-te! Tanto, que evito tocar-te, que. Estou olhando: a cidade lá fora, o vento frio, as nuvens que anunciam chuva. E breve irás embora. Sumo-me, respiro, e volto para dentro, onde hei de vos fazer sorrir, aos dois, e vós a mim. Um agradabilíssimo fim de tarde, um como há muito não havia. Mais dias assim, eu peço. Queria estar eternamente ao teu lado, mas...

Acontece que em meu coração resta o desejo de dizer tudo, tudo de que apressado me privaste. Longos discursos assim, mas que não ouvirás, nem mais existem. Todas as razões de tudo. Como poderei então dizer o que é que me faz partir agora? Agora que era minha chance de te ter aqui, perto? Agora... Agora, de que é feito o teu mêdo? Me assustas tanto por quê? E foges... e me persegues, e me confundes, e.
"Nunca imaginara tanta roupa preta."
Por que me escapas, toda vez, entre os dedos? E murmuro, sussurro, sonho, sigo: espero um sinal, qualquer coisa, uma chave para que eu decifre finalmente teus gestos despercebidos...

Quero outras sextas-feiras como esta! Quero esta vida, mais e mais. Mergulha meu coração em mêdo de amanhã, amanhã que partirei, quando devia ficar, mas...! Mas pertirei. E cubro-me de um luto por mim mesma -- é algo irrecuperável, por outro algo que seria igualmente irrecuperável. Afinal descanso e sigo.
Sigo com minha decisão.




Me mostras a chave do teu mundo, amor? e nos reensinaremos a viver...

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Escalada - detalhe

...então você se solta, segura apenas pelas duas mãos pequenas - as fracas mãos de artista, de escrevinhadora - e por um momento o corpo, pesado, balança, oscila entre o chão lá embaixo e o galho ali em cima; e logo as pernas fortes - as suas belas pernas de potranca, ele diria - as suas pernas agarram o galho maior e jogam o corpo sobre a forquinha, e o peso desliza, equilibra, se acomoda sobre o tronco rijo, pronto, o perigo já passou. Você olha pro chão lá embaixo, longe, e pra próxima forquilha, e tenta se acomodar, mas só relaxa um pouco, os braços persistindo em abraçar o galho maior -- e o coração batendo num outro ritmo...

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Nem tão terrível...

Não sei bem, mas acho que sonho com uma vida simples, de bicicletas até a padaria próxima, e de volta com o saco de pãezinhos ou com o picolé geladinho. E com um gato que às vezes me acompanha, às vezes me joga no chão de grama, às vezes rouba um gole do meu copo d'água e me convida pra tomar um sundae ou pra fazer brigadeiro, se fizer frio. E de certa forma o sutil ideal que procuro se esboça para mim nos detalhes, nos pedaços da realidade que esvoaçam na minha frente, nos gestos dos meus amigos, nos sorrisos de simpáticos desconhecidos. E às vezes, quando me deparo com a minha própria realidade, me decepciono um pouco. Outras vezes, não. Mas mesmo quando não é nada disto que eu quero, tento sorrir -- porque não vou me conformar com minhas desilusões... Acho que, sim, eu mereço um pouco mais que isto...

"Somos sempre um pouco menos do que pensamos
Raramente, um pouco mais"
- Cecília Meireles

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

...E o Pato disse: QÜÉ!

"Mas era primavera."
[Clarice Linspector, em O Búfalo]


"Até que eu vim aqui e percebi que era aqui que eu queria estudar."
[Clarinha, quando visitamos o Senac]


"O que você tem para fazer que é mais importante que dançar forró?"
[Régis, meu professor de dança]


"Quando eu tiver um namorado, ele vai ter que saber dançar."
[Camilla, dançando na casa do Luque]


"Larga ele e vamos sair à caça!"
[Luque, em conversa na sala de aula]


"Foi como dizer eu-te-amo"
[eu, em Diário #2]


"Você acredita em Deus?"
[Bruno, em um passado distante...]


"O universo se expressará a si mesmo na medida em que alguém puder dizer: "Leio, logo escreve"."
[Silas Flannery, personagem de Ítalo Calvino, no "Capítulo 8" de Se um viajante numa noite de inverno]


"E a gente não presta por se apaixonar por eles!"
[eu, em conversa com a Luda]


"'Tá feliz agora?"
[Cham, depois de me observar gravando uma mansagem de voz apaixonada]


"Não!"
[eu, realmente muito pequena, em cima do poço da casa de Ubatuba]


"Now we’ve got all we wanted
Still we’re not satisfied at all"
[Eagle Eye Cherry, em If It Can't Be Found]


"Eu estava pensando que você ia abrir os olhos e ia me ver olhando pra você e eu não ia saber como explicar isso."
[Cham, no caminho para a Fazenda Gávea]


"É isso que eu queria poder fazer agora. Só te olhar, e esquecer de tudo..."
[meu irmão, em redroses's fotolog]


"E aquele projeto ainda estará no ar?"
[Caetano Veloso, em Eclipse Oculto]


"Talvez minha verdadeira vocação fosse ser autor de apócrifos, nos vários sentidos do termo: porque escrever é sempre ocultar alguma coisa de modo que depois seja descoberta; porque a verdade que pode sair de minha caneta é como a lasca que um choque violento faz saltar de um grande rochedo e projetar-se longe; porque não há certeza fora da falsificação."
[Silas Flannery, personagem de Ítalo Calvino, no "Capítulo 8" de Se um viajante numa noite de inverno]


"Era uma noite escura e tempestuosa..."
[Snoopy, no "Capítulo 8" de Se um viajante numa noite de inverno]

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Wasai! Para mim, chega.

Já deu desta palhaçada: vou passar uns dias fora da net. De verdade.
Talvez eu até entre amanhã à noite, porque é fim de semana, pra entrar no RK e no TW. Mas de resto, não tenho mais saco -- e a minha vida no mundo real está desmoronando. Por isso, vou me manter longe desta coisa demoníaca. Amanhã, nada de computador. Nada de perder meu tempo com irrealidades fúteis e pouco interessantes. E também não vou me empanturrar de comida e passar o dia dormindo. Pra mim chega. não agüento mais esta rotininha sórdida, esse quero-não-quero-vou-não-vou, essa bobagenzinha de estar sempre em algum lugar em lugar algum, de encarar estranhos e passar reto por conhecidos, de ler durante a aula e respirar nos intervalos -- essa coisa toda. Quero viver as coisas por inteiro, e é uma decisão a ser tomada. Nada de meias coisas.
E espero que quando eu voltar a net esteja mais interessante. E a vida também. Mas por ora estou de saco cheio. Queria que não houvessem joguinhos pra eu querer jogar, essa coisa toda. Não quero mais nem pensar em blogs etc. Quero descobrir o que há na vida. Quero descobrir como é que se vive. E onde estão meus amigos quando não os estou vendo. E como eu faço pra estar com eles. Et cætera. Quero tudo. Quero-te.

Um beijo grande e um forte abraço, caros leitores. Quem sabe o próximo seja real. =)

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

domingo, 24 de setembro de 2006

Então, voltando aos personagens de Furuba....

Quando eu fui procurar o nome da Kisa, porque eu nunca consigo lembrar, eu caí num quiz esquisito de "Qual personagem de Furuba você é?", e eu fiz o teste só por diversão. O engraçado é que deram dois resultados pra mim (só dois, sendo que eu estava muito em dúvida em duas das questões!!): Kyo e Kisa.

Aparentemente na primeira questão eu fiquei em dúvida entre "eu sou tímida e quieta" (opção que me fazia parecida com a Kysa), e "meu temperamento muda quando me irrito" (que me faria parecida com o Kyo) (sim, essas eram as opções mais próximas de mim que eu pude achar). A última questão era meio óbvia: tinham todos os animais dos doze/treze signos, mais o oniguiri (da Tohru), o elefante(???), o ornitorrinco(?), a enguia(...) e um vazio (esses devem ser pras amigas da Tohru e praquele amigo do Yuki, além do Akito...). E eu fiquei em dúvida justamente entre o gato e o tigre(e o dragão...)! Foi estranho... Se eu escolhesse gato, dava Kyo, se eu escolhesse tigre, dava Kisa, mas se eu escolhesse dragão (lou qualquer outro) dava um dos dois dependendo de que opção eu colocasse na primeira questão (que eu também estava em dúvida...).

Mas é legal. O Kyo é meu personagem favorito, e ele é um gato (em todos os sentidos), e a Kisa é absolutamente linda (em todos os sentidos) e sua forma de tigreza é um amor... Hehe, então, o quiz e a Chibi estão conspirando contra mim...

Sem nenhuma verossimilhança

Eu gosto de festa - e confirmo que esta da qual acabei de voltar foi uma bastante agradável, que valeu a pena. Entretanto, mesmo sendo uma festa boa, sempre há aquele momento isolado, em que os olhos vagueiam pelos cabelos dos outros convivas, e os pensamentos se perdem em milhares de coisas não-relacionadas. Nessa hora, eu comecei a pensar distraidamente em você, em mim, em tudo aquilo, e meus pensamentos pareciam cada vez mais lembranças de um sonho estranho.
Era noite. Terminei o jantar sem nenhuma gula, forçando a boca a mastigar e a engolir a comida. Estava deliciosa. Me levantei, levei o prato à pia, saí da sala sem nenhum aviso; e queria escorrer como água sobre musgo, em sigilo. Entrei no quarto, a mente como uma colméia, pensando milhares de pensamentos quase iguais, lembrando várias vezes as mesmas coisas. Não tinha vontade de nada. Deitei na cama, cansada, milhares de pensamentos confusos. Não tinha sono, na verdade. Tinha a impressão de que fora desperta de uma forma muito eficiente, que me tirava todo o sono e a vontade de dormir. E não podia usar o computador, e estava cançada demais para escrever. Despi-me, me enfiei entre as cobertas e esperei. Não tinha sono, mas estava exausta, e estava ainda pensando em ti. Ficaria sem ver-te por apenas três dias, mas então me parecia que seriam semanas... Virei de lado, fechei os olhos, sem pensar em nada. Tudo pareceria tão estranho...

Quando ando pelo colégio, hoje, não é mais apenas a sensação de que todos me desconhecem que me atormenta, mas também o oposto: aquela noção esquisita de que aquelas pessoas me viram crescer, mesmo que não prestassem atenção em mim, mesmo que sequer soubessem quem eu era, elas estavam lá, o tempo todo, quando quebrei meus braço, quando recitei meu poema diante de todos os pais, quando joguei meu fichário com força na cara do Bruno, quando foi inventado o Marinabol, quando Julieta arrumou sua coroa (assumindo seu papel de esposa), quando expus meu retrato da Lorena, quando me embaralhei com uma leitura para a classe, quando me afastei... Eles todos estavam lá, vendo, presenciando, todos aqueles pormenores da minha vivência, todas aquelas intimidades que eles não poderiam compreender, porque não me conhecem realmente. Esse convívio absurdo é o que me assusta mais em todos esses dez anos. É esse convívio distante que me faz querer me aninhar do colo da Ina cada vez que ela me dá um conselho.
É noite, e o teu cheiro me perturba, porque me olhas, sério, me encaras, sem mêdo nennhum. E no meu sonho teu olhar pergunta, violento e cheio de mistério: o que estás tentando me dizer? É só aí que me vês por inteira, inteira nos meus mêdos nos meus gestos - e sei que sabes, por mais que perguntes, por mais que eu não saiba, sabes exatamente o que quero te dizer. Eu te vejo a olhar nos meus olhos, os teus olhos no fundo dos meus, e confundo realidade e sonho (que a realidade parece mais sonho que o sonho), e respondo, com calma e com mêdo, não sei. Mas se rosno, se mordo, se arranho, tomas meus ataques por carícias? O teu olhar, profundo e sem fornteiras, engole simplesmente a minha luta; não restam dúvidas nem mistérios diante da força da noite... Mas agora, que acordo - é madrugada! - parece que compreendo ainda menos que antes; como se as respostas que procuro fossem demasiado óbvias para que eu as pudesse perceber. E a vida, que é apenas mistério, de repente se torna um mistério ainda mais escuro...

Outra coisa que me assusta (e muito) é a forma como as pessoas que me conhecem menos, ou seja, as meninas do primeiro ano, me vêm. É algo que não consigo entender! Não me reconheço nos adjetivos que elas usam pra me descrever... A Chibi, por exemplo, vive dizendo que eu sou a menina mais *fofa* que ela conhece (quando esta deveria ser ela ;þ). Mas ela não fala como a Camilla fala ou como o Ugo fala ou como o Cham fala. Ela fala como se eu fosse a Sakura ou a Hinata ou a Kisa (não que eu não me identifique com elas, mas é que... é estranho quando é a Chibi que diz...). E ontem (e isso realmente me assusta), todas as quatro estavam bebendo, e a Leli ofereceu a todos sua taça de champagne e eu aceitei um gole. Vendo isso, a Tuti fez uma cara de assombro, e disse, impressionadíssima: "A Mali bebe?!..." e eu, achando a cara dela engraçada, disse que sim, normal, champagne é mó gostoso. E ela só fez arregalar mais os olhos: "Você não é mais pura!"...

... Honestamente, porque eu deveria ser pura? Eu estou tão acostumada a ser maliciosa (de forma que nem todos entendem a malícia), a antecipar os pensamentos maliciosos da Luda e do Luque, a dizer que inocência é crime, a descrever corpos vivos sendo deliciosamente dilacerados (sem maldade - a proposta é outra), que acho um pouco estranho quando alguém parece esperar de mim algum tipo de "pureza" de comportamento, nos termos da Moral e dos Bons Costumes. Especialmente quando esse alguém tem quinze anos, já bebeu algumas taças de champagne, é uma das meninas mais fofas que eu conheço, e está implicando com o fato de eu ter dado um gole numa bebida alcóolica. Fala sério.
Tem qualquer coisa nessa turma do 1o ano que eu simplesmente não percebo. Eles me assustam um pouco. Essa forma como eles me tratam, especialmente, me faz me sentir um bicho estranho. Parte disso é porque eu acho que eles são quase tão imaturos quanto eu era em 2004. Mas não é só isso... Acho que parte da estranheza é que eu não consigo não pensar neles como grupo. É difícil pra mim conhecê-los, e deixar que me conheçam: de certa forma, quando falo com eles acho que estou quase sempre usando uma espécie de márcara. Claro que, com o Guigo, a Leli e o Cecci, isso é menos grave. Mas com as meninas... Não sei, é esquisto. E este post é sobre o esquisito, não é?
Era de manhã. Sexta-feira. Fizera a prova com imenso esforço, e não me sentia melhor. Eu estava tentando conversar com Ludmila, tentando dizer o que me perturbava. Ela perguntou o que era e eu... Eu fiquei quieta, disse... que não sei? Que não era nada? Não me lembro. Estava tentando conversar com a realidade, mas algo me dizia que minhas lembranças também eram da realidade - e isso me confundia. A aula de História começou; a professora entregou-nos um texto, a carta de Olga. Eu o li antes do tempo. E então ela deu o tempo para ler. Eu mal conseguia pensar, com aquele cheiro confuso de não-sei-o-quê impregnado nas minhas mãos (e ainda o estou sentindo agora, como um fantasma). Levantei da carteira, disse que estava me sentindo mal, saí. Água, água gelada, e repetia para mim mesma imaginando o lago do relógio da Usp e o lago do Ibirapuera e a água de uma bica caindo em minhas mãos; água, água, água.

sábado, 23 de setembro de 2006

Estranho,

porque tudo agora parece muito diferente e esquisito. Porque parece que estes dois meses fulgazes (ou nem dois meses!) passaram com uma velocidade tal que equivaleram, em alguns aspectos, a dois anos. Porque tudo incompreendo, porque tudo penso, e sequer imagino... Às vezes, de tarde, me pego pensando tolices, pensando assim bobagens, assim pequenas raivas, de pessoas, de lugares, de situações. E às vezes tenho uns receios, às vezes penso que errei aqui ou ali, que fui eu que te levei a isto ou a aquilo, que sozinho terias sido mais sensato... E outras coisas do gênero. E distraidamente vou reconstruindo minha vida e minha história, com pequenos passos, mas às vezes muito velozes.

Falando em reconstruir vida, hoje resolvi finalmente registrar os eventos dos últimos dois meses n'O Caderno. E obviamente eu esqueci de alguns, pq escrevi muito pouco na minha agenda e esperava que tivesse anotado lá, então ficava pensando, "não, isso foi depois, isso foi depois...", até perceber que tinha sido bem antes. Acho que vou ter que escrever nas bordas, que fazer...

Mas, de modo geral, parece que estes últimos dois meses foram estranhamente tranqüilos, foram meses de edificação de algo, de amarração, por um lado, e de esforço e perseverança, por outro... não, não, o esforço foi me não deixar que a árvore que cresce destrua as raízes vizinhas. Mas acho que não destruirá. Tenho fé em algo que não sei bem o que é, mas que acho que pode dar certo. Claro que, de uma forma ou de outra, a reestruturação desse espaço metafórico será dolorosa e difícil, mas creio que os resultados serão positivos.
Aquilo de que tenho mêdo, apenas... Não, nada disso, nada de ter mêdo. Tenho mêdo porque a sociedade me ensinou a ter mêdo, e ter mêdo de não dar tempo, de não deixar escorrer o tempo antes de se deixar levar. E, quanto a isso...

Descobri nas últimas semanas que há coisas que são bastante mais simples quando não procuramos complicá-las. Mais simples, não mais fáceis, eu disse. Existem mêdos e dúvidas que podem ser superados sem grandes conflitos existenciais - mas apenas por algum tempo. No fundo, esse tempo é em geral suficiente para que os mêdos e as dúvidas deixem de fazer sentido, mas, no meu caso, isso nem sempre funciona...

Sim, sim, tudo está meio estranho...

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

A razão do meu Silêncio...

Ah o dragão
Invisível

Esse dragão
Perceptível

Não se vê mas se sente
Seu olhar vem na mente
Rasgando o passado
Arrasando o presente

Destruindo o futuro

Mas o tempo vai apagar essa mágoa
Não vai me marcar - Vejo luz
No futuro vejo pa-az...
No futuro vejo paz...

... é que o silêncio é a versão sonora da solidão...

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Estou cansada de não receber e-mails. Acho que todos deviam mandar e-mails. Vamos, sejam legais, unam-se ao movimento pró-email!!! Me mandem um e-mail!

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Sobre aquela conversa que tive com a Ina.

...Mas é que é muito difícil pra mim agora. E fragmentado. E se eu tiver que escolher entre o que tenho no colégio e o que tenho fora dele, acho que nem será uma decisão muito difícil. Porque às vezes é muito difícil ver que tenho mesmo algo naquele colégio. Algo mais que os amigos com os quais falo muito pouco, ou que conhecidos cordiais, ou que aulas entediantes...
É que é difícil querer ter aula de química quando... não, nada de "quando". Ponto. É difícil ter aula de química. E de matemática. As outras eu posso suportar, ou até gostar, mas essas...
E como prestar atenção, quando a folha parcialmente em branco é tão mais interessante?!

Devagar, meu interesse pela escola torna-se quase nada. Não importa mais. Só estudo o que gosto, e o que não gosto, foda-se. Tenho falado muito foda-se. E tenho me sentido muito só...

O que acontece é que, por mais que os ame, não consigo mais combinar nada com meus amigos do Santa (fora o Squick, mas...), e acabo me sentindo satisfeita em vê-los no horário de aula... Mas não sei mais nada. Sinto saudades das pessoas e das coisas, sinto falta, e às vezes fico muito só. Mas parece tão supérfluo....


... eu queria te entender de vez em quando. De vez em quando, eu queria você...

Para desalongar o hiato...

Eu oficialmente detesto esperar ônibus. Especialmente quando eles não chegam ¬¬
Também detesto ficar sem aula porque não paguei a mensalidade na semana passada ¬¬
E quão chato é acordar tarde, com sono, com o rádio-relógio em horário político, atrasada para a segunda aula da manhã?

Por outro lado, eu gosto bastante de perder as duas primeiras aulas da manhã, de ficar desenhando e fazendo poemas (ruins, mas poemas, de qualquer forma), de encontrar o pessoal do primeiro ano, de desenhar dragõezinhos durante a aula da Mitiko, de sentar perto do Luque e do Pedro, de anotar a aula de história, de almoçar com amigos, de conversar sobre coisas conhecidas (mesmo que seja sobre videogame e rpg), de comer chocolate, de nem sentir a tarde passando enquanto estudamos literatura...

Mas então a Ina falou que eu preciso aproveitar melhor o fim de ano, é meu último ano, eu vou sentir falta depois, eu preciso aproveitar agora...

sábado, 16 de setembro de 2006

Muito diferente do que você pensaria imaginar.

Como as tuas mãos nos meus pulsos, que sempre me provocam qualquer coisa. Não sei bem explicar o que é.

A viagem para Paraty levaria apenas um ou dois dias. Talvez fosse mais proveitoso pra você ir direto até a Bahia ou algo assim. Mas isso não impede de fazer uma viagem de fim de semana, não é? Eu queria fazer isso... Sabe, quando meu pai fez essa viagem eu não pude ir. Houve tanto que eu não pude viver...

Hoje em dia, às vezes as pessoas me olham de um jeito assaz desconfortável, com aquela cara de "é? é isso mesmo??" e eu devio o olhar, tento falar de outra coisa. Exatamente como você imagina. Mas é o valor que os minutos dão às coisas que muda sensìvelmente. Como ontem, por exemplo, ontem a Carol reclamando que éramos esquistos, falando que éramos velas, a Gabi querendo agarrar a Flor, a Maya e o Charles falando todas as coisas ao mesmo tempo, e muito de nós disputando quem era mais esquisito (minto: pra mim foi bastante fácil dizer que eu era menos esquisita), e compartilhando as piadas grupais (fazíamos três grupos diferentes, e um número váriável de duplas), e falando alto e tudo o mais. Apesar de só terem três que não eram do santa e três que não eram da fau, não deu mesmo pra se sentir diferente, ou mesmo igual. Foi estranho, e divertido. E um pouco inesperado, tudo aquilo. Às três horas da manhã os convivas estavam indo embora e ainda havia um sensação agradável de companheirismo... Acho que entendo um pouco mais essa vida, toda, que não existia antes. Meu Deus, meu irmão está para fazer vinte anos...

Quando a Lorena falou no curso de vela e em tirar carta de mestre-amador, na sexta-feira, foi como se, de repente, eu pudesse encostar num sonho. Acho que no fim os sonhos não são tão impossíveis assim.

Car il ne faut pas vivre - il faut naviguer!

Sim, se você puder dar a vida por seu sonho, ele é verdadeiro...

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Sobre ontem e hoje.

Eu estou feliz =)
Feliz porque eu sei que papai pensou com cuidado na minha proposta, e não só nela como na forma de me contar, e ele pensou com cuidado o suficiente para estar certo.
Feliz por subir em árvores antes da aula começar, por desenhar gosminhas, por correr na praça, por sentir o sol quente na pele fria e a sombra gostosa de se ler livros sobre o Rei Arthur e o problema humano da Força.
Feliz por passar mais tempo com meus amigos, por assistir aulas engraçadas com professores malucos em cadeiras apertadas, por comer azeitona e andar em ônibus vazio, por entender um pouco mais da vida de vocês, e da minha, por rir das suas piadas e poder fazer as minhas.
Feliz porque vou sair com vocês este fim de semana, porque vamos no parque e porque vamos ver aquela peça, porque faz muito tempo que eu não te vejo, porque vamos rir juntos como sempre, porque é simplesmente bom estar com vocês.
Feliz porque criei um dragão novo nos meus desenhos (e ele é lindo!), porque descobri alguns poemas velhos mas bons, porque me lembrei de como se discute com colegas e como se conversa com as pessoas, porque tenho acordado em horas propícias (depois do sol nascer! ^^) e tenho chegado no horário, porque posso escrever aqui sem mêdo de repressão.
Feliz porque nos encontramos finalmente (e devo dizer que foi só agora que o reconheci), e porque no final das contas você me diverte imensamente.
Feliz porque mamãe não desiste nunca de me dar forças, porque suas amigas me fazem perceber coisas que parecem pequenas mas são fundamentais, porque papai chega rindo e pega uma cerveja, porque não há razão nenhuma para se ter mêdo.

Sim, estou feliz porque já não tenho mêdo daquilo que me apavorava ontem. E ontem, quando a Rê pediu um brinde "à não-viagem", eu estava tão alegre, que realmente brindei ao fato de não ir viajar - porque, vocês sabem, depois que as coisas se arranjam, da melhor forma, construímos com elas castelos tão alegres quanto aqueles que perdemos (embora talvez menos cultos...).E cada batalha, por mais que não traga uma vitória concreta, me torna mais confiante e mais forte, desde que seguida por suficientes risadas de pessoas compreensivas. Estou feliz porque tenho vocês! E porque o mundo é bonito... e porque, no fim, depende muito de nós. E eu confio muito em nós. =^_~=

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Isto tudo é um saco. Especialmente a parte de as oportunidades não se repetirem nunca...

Então eu devo ser uma perdedora, porque quando vejo uma oportunidade (que é tão impossível que nem parece uma oportunidade) eu só consigo pensar nas dificuldades. E aí quando começo a ver as possibilidades e tudo começa a parecer mais bonito, só dói ainda mais porque eu já antevejo a derrota. E é impossível ganhar de vocês. Mas vocês vão ver...

Porque apesar de ser tudo muito ruim, isso de não poder nunca aceitar o que se oferece (porque o custo é muito alto), às vezes eu acho que o melhor mesmo é eu nunca poder ganhar as coisas assim de presente dos meus pais. Porque isso dói, me dá raiva e me faz querer cada vez mais conseguir o que eu quero. Talvez, até, se eu pudesse viajar para onde eu quisesse, eu acabasse também não aprendendo nada. Acho que o mundo é que é grande demais pra gente aproveitar...

Até porque eu ainda não desisti de um dia entrar num ônibus e viajar por aí, e conhecer todos esses lugares. Eu tenho consciência de que vai ser bem menor do que se eu tivesse alguém pra me explicar, apaixonadamente, o que cada pedra significa. Mas e eu sei lá do futuro? Não, eu não confio no futuro. Mas eu confio em mim - e cada vez mais. E se eu não deixar a peteca cair, e se eu não me afogar em dívidas, e se eu não sucumbir diante do mêdo, e se eu não me deixar levar pelas mediocridades da vida, eu sei que dá pra conseguir.







O problema mesmo é que às vezes eu me sinto exageradamente pobre... Talvez seja porque minhas prioridades não combinam com as de vocês...

Não, eu não tenho nada melhor pra fazer... eu acho...

Então hoje eu tentei (de novo) aprender a mexer no Photoshop, e isso só fez eu gostar ainda menos do programa. Eu simplesmente não consigo achar as ferramentas que eu quero, não sei nem se elas existem... Não sei fazer o programa trabalhar pra mim. Então acbei desistindo, quando não conseguia mais trocar de ferramenta (tenho esse problema...). Na verdade não cheguei a conclusão nenhuma... ontem, quando tentava desenhar no flash, percebi que sou completamente incapaz no computador. Isso pode ser um problema bastante grande... Enfim, vou continuar desenhando a mão, e quem sabe eventualmente eu consigo umas canetas boas para pintar os desenhos...

Aliás, falando em desenhos e histórias em quadrinhos, hoje eu estava lendo MegaTokyo, e o saudosismo do Fred Gallagher (o autor) me lembrou de algo que eu já havia esquecido completamente: antes, as latinhas de refrigerantes tinham anéis que saíam quando as abríamos... E quem aqui nunca deixou o anel cair dentro da latinha sem querer? Eu tenho tantas lembranças de ter mêdo de beber o anel por engano... E o pior é que eu teria esquecido completamente de tudo isso se não fosse o comentário de um cara cuja HQ eu leio há tanto tempo que já quase me sinto um pouco saudosista em relação ao começo dela... É uma pena que neste fim de mundo que é o Brasil a gente não possa encontrar essas HQs menos famosas pra vender... Eu compraria todos os volumes, e algumas camisetas (capture the bear :þþ). Megatokyo simplesmente vale a pena ^^

Então (ainda falando de histórias etc.), hoje a Clara disse que está escrevendo num caderno, e eu fiquei pensando que faz muito tempo que não escrevo nada de útil num caderno (fora anotações de aulas de história... ¬¬), e como isso é esquisito. Escrever no pc tem efeitos estranhos sobre a gente: tudo é rápido e perde o efeito rápido (especialmente quando a gente publica os textos e no dia seguinte todo o mundo já leu....), e não há as características pessoais da letra, do espaço antes de cada parágrafo, da forma de rabiscar o canto da folha enquanto se pensa no que vem depois da vírgula, das palavras rabiscadas e reescritas várias vezes... E não é preciso pensar antes de escrever! As mãos já conhecem o teclado e são elas que decidem que palavra formar... As palvras vão fluindo, inconscientes, inconseqüentes, e nunca se tem noção de com o que o texto se parecerá antes de realmente publicá-lo... É estranho e artificial. A faz tanto tempo que tenho feito só isso... Só como ilustração, eu não abro meu diário nem qualquer outro caderno pessoal desde Julho! Mesmo o caderno de desenhos está cheio de rabiscos incompletos, há poucos desenhos de verdade... E acho que nenhum texto. Na agenda, cada vez menos registros...

O pior de tudo é que fico entediada na internet. Quase nunca tenho posts novos ou histórias novas para ler... E qualquer coisa diferente dá tanto trabalho.... Então só fico porque estou conversando com alguém, e acabo escrevendo estes longos posts inúteis... Blá bla blá...

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Desânimo Pós-Bom-Humor

Estou triste...
Estou triste porque acho que não há esperança...
Porque acho mesmo que nem vale a pena tentar... Mas... É que tem coisas na vida que a gente não pode decidir... Tem coisas na vida que ficam na mão deles... Tem coisas que não fazem diferença, que...

Estou triste porque não acredito no que estou dizendo... E porque a internet não me oferece mais nada... Porque tudo o que eu posso fazer é... tentar descobrir o que te aflije... enquanto penso... Será que existe alguma possibilidade dela me deixar ir?... Talvez seja um investimento grande demais, não sei. Mas eu sei que mais tarde isso tudo vai desaparecer... vai esvanescer...

Odeio ter que depender de recursos desconhecidos... Odeio ser apresentada a tantas possibilidades tentadoras, e não poder simplesmente aceitar... Bom, agora... acho que perguntar não machuca... Ao menos ao outros não machuca...

Aiai, essa minha vida tola...



Me desculpe, é só que eu gosto de repartir as coisas. Eu queria que você gostasse das minhas gosminhas. Eu queria que você me abrisse a porta do seu mundo. Mas eu queria tanta coisa... que acho que não vou pedir nada. Não tenho vontade de falar. E ainda...


...a cara que ele fez foi tão... embaraçosa...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Confissão

Eu sou uma péssima enchedora de camilla.
Hoje eu vi ela e nem lembrei que tinha que importuná-la...

Bem, bem, acho que todos cometemos deslijes às vezes...

domingo, 10 de setembro de 2006

Vermelho e Branco

Porque eu sou Garantido :þþ


Preciso mudar mais uma coisa neste template, mas vai requerer ajuda de entendidos...

Comentário... - II

Agora de repente tudo ficou muito difícil. Antes era só uma escolha besta, essa, ficar ou ir embora, tudo parecia prestes a se resolver. Agora de repente eu entendi, não é apenas uma escolha do que eu quero fazer do que eu quero estudar pelos primeiros seis meses de 2007, é algo muito maior que isso, porque em seis meses eu vou mudar muito, eu vou aprender a ser alguém que eu nunca poderia ser antes, porque em cada possibilidade eu vou ter um espaço diferente para crescer...
Por isso, fazer essa escolha é insuportavelmente difícil, por isso eu posso mudar de idéia de uma hora para outra (como agora...), por isso a última coisa que eu precisava ouvir é que era ridículo eu pensar em fazer faculdade no mesmo lugar que meus irmãos, quando finalmente eu estava começando a achar que poderia ser muito divertido... E como se já não bastasse, ela ainda disse que se eu fizesse Desenho eu ia morrer de fome, quando na verdade eu tinha feito essa escolha justamente porque eu achei que poderia não morrer de fome... Eu não entendo por que as pessoas têm que ficar questionando minha escolhas, por que elas têm que ficar me fazendo me questionar, quando eu sozinha já sou mais questionadora do que seria saudável para meu modo de vida... Eu não entendo como as pessoas acham que estão me ajudando quando me deixam mais insegura e indecisa, quando me fazem mudar de idéia subitamente, quando na hora de preencher a ficha de inscrição eu sou invadida por uma vontade louca de desistir de tudo e ir... ir pra Pira, pô. Como eu queria três anos atrás. Jogar esses últimos anos de considerações fora. Ou ir pruma festa, ficar bêbada e fazer merda; tudo isso. Eu posso me dar mais uma semana de indecisão se eu quiser. Mas isso não vai mudar o fato de que eu não tenho idéia do que eu quero da vida. Minha vida não tem sentido, tudo o que eu faço é o que me mandam fazer... Além de, é claro, procurar por vocês...

Never thought so many
Thought me so dear
I'd be happy any place but here


E é estranho porque de fato quando eu fui preencher o raio da ficha da fuvest minha decisão em fazer Desenho já havia definhado, basicamente por causa daqueles comentários, e eu me senti extremamente tentada e colocar gestão ambiental (:þþ) no lugar. Parece tão divertido!... mas... não sei, tudo isso parece muito interessante, mas é uma decisão tão esmagadoramente grande sair da cidade, ir morar em outro lugar, com pessoas desconhecidas (e eu nunca faria um curso assim em sampa), longe de todos vocês, fora da USP que agora eu até que já conheço mais ou menos bem, fora de São Paulo que eu demorei tanto tempo pra aprender a amar de verdade, fora daqui... Eu não sei, eu não estou preparada pra tomar uma decisão dessas, simplesmente; eu não estou preparada pra escolher como vão ser os próximos seis meses, muito menos os próximos quatro anos... Tudo é tão absurdo, que eu às vezes quero ceder a um impulso qualquer e preencher logo a droga da ficha e entregar logo só pra ninguém mais poder me encher o saco, só pra.... .....

One way ticket take me anywhere
Northbound southbound I don't even care...


Eu sei que não vai ser melhor ou pior, eu sei que de qualquer forma eu vou ser feliz, mas de qualquer forma eu vou ter que arranjar meu lugar ao sol, eu vou ter que batalhar e me modificar pra poder ter sucesso nessa empreitada que eles chamam, por algum motivo, de "carreira". Eu sei que meu futuro vai ser incompreensível, eu sei que eu vou continuar indecisa, eu sei que eu vou me esforçar e amar e aprender a não me empenhar demais nem relaxar demais e eu sei que um dia eu vou conseguir conquistar um reino meu... Mas não é nisso tudo que eu estou pensando, é só nos próximos dez meses, é só em como eu vou viver, em quem eu vou me tornar, eu que trejeitos eu vou absorver e que atividades eu vou ter prazer em fazer... e, não, eu não posso tomar uma decisão assim neste estado, em que tudo o que eu quero é viajar... porque assim essas carreira que envolvem mato e mar me atraem irracionalmente... Na verdade eu só de pensar no cheiro do mato e do suor dos animais tenho vontade de desistir de toda essa idéia de viver na cidade, de ter uma profissão liberal, urbana, de produção. Tudo parece ilógico, inválido. De fato, eu odiaria passar minha vida desenhando móveis... Mas eu sei que se eu pensar que eu vou fazer uma coisa só, eu vou odiar de qualquer forma... Eu quero mais... capivaras...

Help- I'm falling, I'm crawling
I can't keep away from its clutch
Can't have it, this habit
It's calling me back to my home


And it doesn't change a thing
Everyday the same old dream
The same games we always play
and we still never wanna go away...

Então acho que eu vou acabar me dando mais uma semana, e encarando fila semana que vem... e então nessa uma semana (mas não posso esquecer de ir ao banco!) eu vou pensar se é melhor jogar tudo para o alto agora ou se eu devo esperar pra ver se daqui a seis meses eu ainda vou querer simplesmente ir embora. Então, se eu resolver jogar tudo pro alto agora, eu vou deixar o coração bater sem mêdo (de Mêdo, é claro), e foda-se tudo o mais. E acho que vou prestar uma faculdade fora da cidade, independente do que minha mãe disse sobre eu ter que arranjar casa etc (eu sei que ela vai ter que me apoiar no final das contas). E se eu decidir ficar em Sampa e esperar mais seis meses, eu vou me esforçar pra entrar na USP, e vou procurar uma porção de cursos matutinos, de línguas e artes corporais (de dança e luta, basicamente), e com sorte eu vou conseguir um estágio (ou mesmo um trabalho) que ocupe algumas das minhas manhãs, já que o curso é noturno. E aí, se o curso for chato, ou ruim, ou se eu não gostar muito, eu vou me increver pra outra faculdade, talvez de um curso completamente diferente, talvez em outra universidade, talvez em outra cidade. Mas eu vou ter tido mais seis meses. Isso é se eu decidir que eu preciso de mais seis meses. Senão... senão o quê? Eu quero tanto me arriscar a fazer algo completamente diferente...

Sometimes I drive so fast
Just ro feel the danger
I wanna scream, it makes me fell alive!

sábado, 9 de setembro de 2006

Comentário...

Hoje acordei com Any Place But Here na cabeça... e foi muito estranho, porque tive que fazer muito esforço para lembrar de que música era aquela melodia...

Call the village band out
Bid me goodbye
Everybody stand outside and cry


[depois eu termino este post....]

Contradição

"estranhamente, este está sendo um dos melhores fins de semana da minha vida."

É estranho mesmo. Mas brincando numa praça um noite e indo na casa da Lori na outra, não tem muito jeito.

And good hunting all that keep the jungle law!

Madrugada

Foi bonita a festa, par.
Fiquei contente =^.^=

E o fogo e a música e as danças e os desconhecidos divertidos. E hoje estava quente... e tudo o mais.

Mas incomoda um pouco... não poder falar com você, nem ficar longe. Incomoda em todos os aspectos. E hoje estava tudo tão... mundo... Mas acho que me desviei de você muitas vezes, e acabou que... bom, dane-se. Não sei o que podemos fazer.

Acabei de ver um filme ótimo: Vida e Morte de Peter Sellers. Assistam, todos vocês. E amanhã, espero, vou ver 2046.

E o urso está online... que curioso...

Tolice, como toda súbita paixão...

De repente, no meio da noite, quandoa festa está boa e o mundo parece completo, eu olho pro céu escuro e bate uma tristeza... Danço, canto, rio, converso, é meu jeito de lidar com a saudade... E talvez só a solidão me faça ser assim tão sociável. É meu jeito de lidar com a solidão: durmo tarde, acordo cedo, sonho muito, cochilo, ando no sol, ando sem falar, com os animais mudos, com as árvores - comunicação gestual - e fantasio novas possibilidades, que às vezes, como hoje (ou ontem), acabam virando sonho... E quando esfria, procuro amigos, ou mesmo desconhecidos, e converso, brinco, danço, pulo, procuro novas árvores entre aquelas nas quais subiste comigo...
Na verdade eu estaria só mesmo se não te tivesse para não estar aqui, e por isso me alegro por poder pensar em ti sem não-poder... Parece tanta tolice, tanta tolice te dar minhas mãos desse jeito, assim te dar meu coração, te me dar (e agora não faz mais sentido manter silêncio...), mas... Mas hoje sonhei que olhava nos olhos do dragão, e brincava com seus cabelos, e ele sorria e me puxava para perto, dele e dela (a menina dos olhos dourados - sabes?), porém tu aparecias e... Eu me afastei do Dragão sem sequer roubar-lhe um beijo...
Bobagens: nunca sonho com beijos. Porém...



Queria saber parar de falar de ti...

Deus é brasileiro

Em pleno Dia da Independência, as nuvens abriram no céu um pedaço de azul escuro com a forma do Brasil...

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Apesar de tudo.

Hoje foi mesmo um dia bom... Bom em dois atos: o primeiro, de muito sol, gatos, cães, sono, café da manhã decente, cuidar das tartarugas, limpar piscina com papai, arrancar casca velha da jaboticabeira (expulsando os bichos), tirar folhas secas dos morangueirinhos enquanto partilho moranguinhos ou bananas com as tartarugas (até que são bastante simpáticas, elas...), dormir no sol... Então houve um interlúdio frio e solitário, composto por computador, msn e algumas ligações telefônicas (e alguns consequentes posts na Toca...). No segundo ato, porém, compramos presentes, andamos no sol, comemos sorvete, subimos em árvores (eu subi numa muito alta! fiquei com mêdo de descer e cair...), brincamos no parquinho, fizemos piadas bobas, esperamos, jogamos, pulamos, enfim -- e depois ainda conversamos mais, comemos, assistimos a brigas engraçadas, e outras não tão engraçadas, começamos a assistir um filme (que até que era bastante bom!) e... ah, enfim, foi divertido, all in all. Foi um dia muito bom. =^__^=

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

De repente, desespero:

QUALQUER LUGAR! PARA QUALQUER LUGAR! QUALQUER LUGAR FORA DAQUI!
As árvores, os pássaros, o calor que vem da janela me diz: liberta-te dessas paredes e desses espelhos! Escapa dessa jaula que te aconchega! Foge desse mundo abandonado... Vai para qualquer outro lugar. Vai para onde o vazio não te atormentará! Vai! Desvencilha-te dos rumos conhecidos, aproveita a liberdade que o feriado te traz! Vai! Some! E desaparece como a brisa na primavera...

One way ticket take me anywhere...

Faz tanto tempo que não saio desta cidade, que começo a alucinar: vejo na água da piscina a praia em pleno verão, e na grama onde dormem as tartarugas vejo um pasto coberto de animais tranqüilos e peludos. Resume-se meu universo a nada! Não há saída, não há saída. Quero uma bicicleta e uma inconseqüência. Meu reino por um pouco de desprezo pela racionalidade.

Northbound southbound I don't even care...

Mas se me vem a impossibilidade de sair daqui, acabo conformando-me... e: tudo o que eu quero é algo pra fazer. Algo que me dê sentido! ... Eu vou-me embora, eu estou embora.

I know the grass is greener there.

Eu amo Sampa, mas é tanto tempo... Que saudades, meu Deus. De tudo o mais que há!...

Feriado

Tudo tão amplo e vazio.

E lá fora, o sol, o céu, o vento, esperando quem vá brincar com eles. Eu tenho motivos para suspirar, entende? A casa vazia... vamos... dar uma volta... mas... E amanhã tem festa, mas hoje não tenho nada. Nem mesmo a tua voz. Eu é que queria poder ir embora...

Boa viagem. Divirta-se ao máximo, por mim.


...



Agora, vocês que ficaram: vamos fazer algo estupidamente divertido?

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Tudo-Nada.

E o mundo? às vezes parece tão incoerente... De manhã, aquela esperança tola e a certeza de que virá um dia paradisíaco. Certeza que acaba tão logo acaba a manhã. Vêm as responsabilidades, trabalho de geografia, almoço, dinheiro emprestado, cinema, trabalho, trabalho, saúde, o cheiro de perfume e o cheiro de limpeza da biblioteca se confundindo para me atordoar. E o frio. De tarde, mais nenhuma esperança: tudo se esvanesce imperceptìvelmente em sonho... e os sonhos são tão quentes e aconchegantes...
Conforme a noite me cobre, do sonho nasce a semente do mêdo de acordar - e o despertador parece decidido a tocar a qualquer momento. O sono desaparece, o cansaço, tudo isso é conjuntural. Se estás ao meu lado e já assim sinto saudades... Não, não: e tento pensar no presente, que esvanesce como lembrança.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

hmm... why should I?

You Are 69% Impulsive

You are impulsive, which at times leads to irresponsibility.
It's hard for you to say no to all but the most insane propositions.
But you could care less. While your impulsive ways have gotten you in a little trouble - they've made for a very exciting life!

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Que dizer de nós?

A maior eloqüência é a respiração: ofegante, dos pega-pegas, das danças, de vontade que as bocas têm... e também as gargantas e os pulmões... de ofegar assim próximas, quase tocando-se... São loquazes também as mãos, reinventoras da doçura do beijo, da suave sensibilidade dos lábios secos sobre a pele adormecida...
Mas todo o resto, de repente, cala-se. Só os lábios reclamam, às vezes, da perda do paraíso.

domingo, 3 de setembro de 2006

complemento (só um detalhe...)

Os homens deviam entender sua posição de homens. Deviam entender que eles nào podem ser menos homens. Que podem atenuar a exposição de sua virilidade animal com cavalheirismos e distâncias, mas que sempre serão homens (a menos que consigam fazer uma mudança de sexo muito eficiente...).

Digo isso porque, às vezes, é difícil não pensar em você como... um homem.

sábado, 2 de setembro de 2006

(declaração pública)

A questão não é eu tentar lidar com vocês. É que eu não consigo mais me importar. É que vocês chegam na minha casa, e eu até me alegro, mas então vocês deitam na minha cama e bagunçam meus bichinhos de pelúcia e meus papéis e meus cadernos, e brincam com meu chapéu tirando sarro de mim, e me puxam para a cama e mordem a fazem cócegas, e eu me defendo e brigo mas vocês levam todas as minhas reclamações na brincadeira...

Às vezes eu me pergunto o que é que eu vejo em vocês. E o que é que vocês vêem em mim? Uma grande piada? Uma coisinha ridícula da qual podem rir e a qual podem morder e cutucar, que ela não reaje? Eu só queria... ter aquela estranha autoridade que a Lori e a Clara têm, que faz as pessoas não mexerem com elas. O que é? É a a força de caráter, o mistério ou o namorado protetor? Estou me sentindo meio o Yuki ultimamente... quando ele se impressiona porque seu amigo consegue dizer que ama uma menina sem vergonha nem timidez. Por que eu não consigo? Por que eu nào posso amar, livre e confiantemente? Por que eu não posso ter isso, esse companheirismo, esse amor que não compromete a amizade? Por que tem que ser sempre tão insuportavelmente difícil, porra...

--- (texto deletado) ---

sei lá viu... quando você souberem me ouvir sem precisar rir do que eu falo... quando vocês quiserem falar a sério, e sem chorar... quando eu puder baixar a guarda perto de vocês, talvez aja um pouco de confiança. Olha, eu não me importo mais. Te amar agora, é só um fato da vida...

Mãos e braços para quê?
E para que os meus cinco sentidos
se mesmo que se abrace a gente não se vê?...

Eu tinha tanta coisa pra dizer, mas... ontem foi tão gostoso, tão divertido, apesar do nosso sono... Que na verdade eu perdi a vontade de xingar vocês até romper qualquer ternura. Acho que conviver com vocês é um paradoxo...

"Mas não há fado que não seja feito com liberdades poéticas"

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Não, eu acho que é só... solidão...

Estranho isto, não é? Eu ando vago pelo colégio, encontro as meninas do primeiro ano, finjo que estou conversando com elas, mas às vezes é apenas uma forma de esconder que estou vagando sozinha outra vez. E por quê? Às vezes... sabe, eu tive mêdo de que isso acontecesse no fim do ano passado, quando me dei conta de que vocês não estariam mais aqui todas as tardes... Mas acabei superando o mêdo, e fazendo amigos, e rindo, e me divertindo com outras coisas e pessoas, e me adaptando às circunstâncias. Mas... é cada vez mais difícil fazer parte disso tudo. Escola, aulas, música, colegas... Tudo me parece tão distante. Nada existe ao alcance da mão... Sabe, é só solidão... Eu sento embaixo da árvore, pensando porque todos foram embora, e acabo achando natural estar sozinha... É estranho... Parece que eu não quero ver ninguém, mas na verdade eu apenas não tenho energia para me envolver com eles. Não tenho ânimo.

Sei lá, Luque, é só solidão. Essa festa amanhã, eu sei que vai ser maravilhosa, todos vão se divertir muito, mas a pergunta que me faço é se ainda vale a pena fazer parte desse "todos"... Até porque pouquíssimos dos meus grandes amigos vão, e no fundo quando eu quiser só sentar em algum luigar não vai ter ninguém que queira ficar comigo, falando bobagem, dançando fora da música, bebendo, sentindo sono, discutindo bobagens... No fundo todas essas festas, mesmo aquelas em que me divirto, não são tão legais assim - são disfarces...

No fundo eu não quero mais nada disso, eu só quero que alguém me tire deste lugar no feriado, eu só quero sair e passear, eu só quero ficar andando pela usp como eu fiz hoje, explorando, sem ter nada a encontar... Aliás, por que no fascismo o chão viraria parede?

Sei lá... não sei o que me interessa, além dessa ânsia pura por conhecimento... Não sei o que fazer com a minha vida, preciso sair, tomar ar, me encontrar... Estou sufocando...

...
... hoje eu descobri como a fflch é confusa e pixada...

... meu deus, estou começando a sonhar...

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Have you ever crossed the line...?

Sabe, às vezes... eu sinto como se eu tivesse ultrapassado um limite que não devia ultrapassar. Algo que você pode fazer com relativa facilidade, mas que não deve ser feito... Não sei, às vezes parece que o que quer que seja que estou fazendo é um pouco errado. Que não estou cumprindo meu dever na sociedade. Que estou sendo individualista e fazendo o que bem entendo só porque...
... ...

Mas, no final, acho que isso me faz feliz... As pessoas ao meu redor parecem não se importar, parecem aceitar todas as minhas atitudes, e tudo corre tranquilamente... Talvez, esse receio estranho, essa sensação de ter cruzado a linha vermelha seja aolgo de dentro de mim... Talvez seja o resultado de me permitir coisas que eu reprimi com tanta vontade por tanto tempo... Talvez...

Mas, às vezes, quando estou com vocês, e vejo nos seus olhares essa sombra terrível que os assola (e fico feliz em pensar que nem sempre a vejo), tenho um mêdo que nem quero admititr que tenho: tenho mêdo de ser feliz. Quer dizer, quando as pessoas ao meu redor estão tristes ou desanimadas, ter um motivo pra estar feliz me faz me sentir um pouco culpada... como se eu estivesse desprezando a tristeza dos outros... e isso me faz achar que eu posso estar causando um pouco dessa tristeza... e é claro que eu quero que sejam todos felizes...

Acho que é por isso que, quando eu faço algo que eu mesma não esperava que eu fizesse, algo que eu tinha decidido não fazer, algo que nem sempre parece completamente certo, eu me sinto como se tivesse ido além da minha liberdade. No fundo, é porque tenho mêdo de aproveitar bem demais minha liberdade, e acabar roubando dos outros a chance de se alegrar... Eu sei, é um pensamento idiota, mas eu tenho dessas coisas... Acho que é porque alguns dos meus amigos dizem que não acontece nada de bom com eles, e eu acho que acontecem muitas coisas boas comigo. Talvez seja uma diferença de ponto de vista...

Por outro lado, atravessar essas barreiras invisíveis me faz me sentir estranhamente forte e consciente de mim mesma. Porque só além das fronteiras do esperado é que posso ser livre, é que posso ser eu.
...
Mesmo que às vezes para isso eu tenha que arriscar ferir algumas pessoas. Acho que ferimentos desse tipo muitas vezes são necessários. Acho que... de qualquer forma, meus amigos estão preparados para aceitar minhas atitudes. E, no fundo, são eles que mais me importam. =) Só espero que esta sensação de que posso feri-los também seja apenas loucura...