quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Have you ever crossed the line...?

Sabe, às vezes... eu sinto como se eu tivesse ultrapassado um limite que não devia ultrapassar. Algo que você pode fazer com relativa facilidade, mas que não deve ser feito... Não sei, às vezes parece que o que quer que seja que estou fazendo é um pouco errado. Que não estou cumprindo meu dever na sociedade. Que estou sendo individualista e fazendo o que bem entendo só porque...
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Mas, no final, acho que isso me faz feliz... As pessoas ao meu redor parecem não se importar, parecem aceitar todas as minhas atitudes, e tudo corre tranquilamente... Talvez, esse receio estranho, essa sensação de ter cruzado a linha vermelha seja aolgo de dentro de mim... Talvez seja o resultado de me permitir coisas que eu reprimi com tanta vontade por tanto tempo... Talvez...

Mas, às vezes, quando estou com vocês, e vejo nos seus olhares essa sombra terrível que os assola (e fico feliz em pensar que nem sempre a vejo), tenho um mêdo que nem quero admititr que tenho: tenho mêdo de ser feliz. Quer dizer, quando as pessoas ao meu redor estão tristes ou desanimadas, ter um motivo pra estar feliz me faz me sentir um pouco culpada... como se eu estivesse desprezando a tristeza dos outros... e isso me faz achar que eu posso estar causando um pouco dessa tristeza... e é claro que eu quero que sejam todos felizes...

Acho que é por isso que, quando eu faço algo que eu mesma não esperava que eu fizesse, algo que eu tinha decidido não fazer, algo que nem sempre parece completamente certo, eu me sinto como se tivesse ido além da minha liberdade. No fundo, é porque tenho mêdo de aproveitar bem demais minha liberdade, e acabar roubando dos outros a chance de se alegrar... Eu sei, é um pensamento idiota, mas eu tenho dessas coisas... Acho que é porque alguns dos meus amigos dizem que não acontece nada de bom com eles, e eu acho que acontecem muitas coisas boas comigo. Talvez seja uma diferença de ponto de vista...

Por outro lado, atravessar essas barreiras invisíveis me faz me sentir estranhamente forte e consciente de mim mesma. Porque só além das fronteiras do esperado é que posso ser livre, é que posso ser eu.
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Mesmo que às vezes para isso eu tenha que arriscar ferir algumas pessoas. Acho que ferimentos desse tipo muitas vezes são necessários. Acho que... de qualquer forma, meus amigos estão preparados para aceitar minhas atitudes. E, no fundo, são eles que mais me importam. =) Só espero que esta sensação de que posso feri-los também seja apenas loucura...

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