Hoje subi numa árvore.
Era uma árvore baixinha, com um buraco onde era fácil se apoiar. Em todo caso era uma árvore. Subi, deitei num galho e fiquei lendo O Livro de Merlin, lendo sobre o Homo ferox, o Homo stultus e o Homo impoliticus (que na verdade são todos o mesmo homem), lendo sobre um rei amargurado e velho e um mago rejuvenecido e feroz. Subi e, deitada, num galho, li sobre os gansos selvagens, mais belos e mais felizes que as formigas vermelhas... Enfim, a Questão Britânica. De modo geral, algo que só um inglês do segundo quinto do século vinte poderia escrever...
Mesmo assim, cada segundo sobre aquela árvore me pareceu um segundo de paraíso... e não digo diferente dos segundos subseqüentes... Quero... quero descobrir mais formas novas de sorrir tranqüilamente...
Menina, ela mete medo
Menina ela fecha a roda
Menina não tem saída
De cima, de banda ou de lado
Menina olhe pra frente
Menina, todo cuidado
Não queira dormir no ponto
Segure o jogo, atenção (de manhã)
É sempre possível vencer o mêdo, não é? Menina, amanhã de manhã quando a gente acordar...
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