Como as tuas mãos nos meus pulsos, que sempre me provocam qualquer coisa. Não sei bem explicar o que é.
A viagem para Paraty levaria apenas um ou dois dias. Talvez fosse mais proveitoso pra você ir direto até a Bahia ou algo assim. Mas isso não impede de fazer uma viagem de fim de semana, não é? Eu queria fazer isso... Sabe, quando meu pai fez essa viagem eu não pude ir. Houve tanto que eu não pude viver...
Hoje em dia, às vezes as pessoas me olham de um jeito assaz desconfortável, com aquela cara de "é? é isso mesmo??" e eu devio o olhar, tento falar de outra coisa. Exatamente como você imagina. Mas é o valor que os minutos dão às coisas que muda sensìvelmente. Como ontem, por exemplo, ontem a Carol reclamando que éramos esquistos, falando que éramos velas, a Gabi querendo agarrar a Flor, a Maya e o Charles falando todas as coisas ao mesmo tempo, e muito de nós disputando quem era mais esquisito (minto: pra mim foi bastante fácil dizer que eu era menos esquisita), e compartilhando as piadas grupais (fazíamos três grupos diferentes, e um número váriável de duplas), e falando alto e tudo o mais. Apesar de só terem três que não eram do santa e três que não eram da fau, não deu mesmo pra se sentir diferente, ou mesmo igual. Foi estranho, e divertido. E um pouco inesperado, tudo aquilo. Às três horas da manhã os convivas estavam indo embora e ainda havia um sensação agradável de companheirismo... Acho que entendo um pouco mais essa vida, toda, que não existia antes. Meu Deus, meu irmão está para fazer vinte anos...
Quando a Lorena falou no curso de vela e em tirar carta de mestre-amador, na sexta-feira, foi como se, de repente, eu pudesse encostar num sonho. Acho que no fim os sonhos não são tão impossíveis assim.
Car il ne faut pas vivre - il faut naviguer!
Sim, se você puder dar a vida por seu sonho, ele é verdadeiro...
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