sábado, 2 de setembro de 2006

(declaração pública)

A questão não é eu tentar lidar com vocês. É que eu não consigo mais me importar. É que vocês chegam na minha casa, e eu até me alegro, mas então vocês deitam na minha cama e bagunçam meus bichinhos de pelúcia e meus papéis e meus cadernos, e brincam com meu chapéu tirando sarro de mim, e me puxam para a cama e mordem a fazem cócegas, e eu me defendo e brigo mas vocês levam todas as minhas reclamações na brincadeira...

Às vezes eu me pergunto o que é que eu vejo em vocês. E o que é que vocês vêem em mim? Uma grande piada? Uma coisinha ridícula da qual podem rir e a qual podem morder e cutucar, que ela não reaje? Eu só queria... ter aquela estranha autoridade que a Lori e a Clara têm, que faz as pessoas não mexerem com elas. O que é? É a a força de caráter, o mistério ou o namorado protetor? Estou me sentindo meio o Yuki ultimamente... quando ele se impressiona porque seu amigo consegue dizer que ama uma menina sem vergonha nem timidez. Por que eu não consigo? Por que eu nào posso amar, livre e confiantemente? Por que eu não posso ter isso, esse companheirismo, esse amor que não compromete a amizade? Por que tem que ser sempre tão insuportavelmente difícil, porra...

--- (texto deletado) ---

sei lá viu... quando você souberem me ouvir sem precisar rir do que eu falo... quando vocês quiserem falar a sério, e sem chorar... quando eu puder baixar a guarda perto de vocês, talvez aja um pouco de confiança. Olha, eu não me importo mais. Te amar agora, é só um fato da vida...

Mãos e braços para quê?
E para que os meus cinco sentidos
se mesmo que se abrace a gente não se vê?...

Eu tinha tanta coisa pra dizer, mas... ontem foi tão gostoso, tão divertido, apesar do nosso sono... Que na verdade eu perdi a vontade de xingar vocês até romper qualquer ternura. Acho que conviver com vocês é um paradoxo...

"Mas não há fado que não seja feito com liberdades poéticas"

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