segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sozinho [9/3/2005]

Estou só
Inteiramente só
Precisamente só, neste poema silente
neste poente.
A fome, a dor, a pena
não encontram
procuram
a perdição oculta em minhas pequenas mãos
a árvore
a folha
a pedra fria e a minha solidão
Não incomodam
como a dor e a fome
machucam.
o céu azul não adivinha
a grama nascendo
sob meus olhos
o fluxo do sangue
paixão eterna juvenil
meteoritos, explosões de plasma, líbelulas voando infinitamente rápidas e volúveis em sua discrição perene,
uma gota
d'água.

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Ah, esse é um dos poemas de que eu gosto de verdade! Fiquei muito feliz com a progressão rítmica dele. Além disso, as imagens são muito minhas.

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