domingo, 21 de novembro de 2010

Sonhos (28/02/1999)

Cada sono tem seu sonho
Que se sonham toda hora
Em cada sonho que se sonha
Baseia-se uma nova história

Eu nasci e eu cresci.
Cresci no mundo das nuvens e voei para o mundo dos sonhos.
E toda noite eu vou para o mundo dos sonhos.
Um lugar onde tudo é real e não existe impossível.

Onde você vê o invisível
Onde você ouve o inalditível
Onde você sente o insensível
Onde tudo pode ser possível

E se você deseja o indesejável
Ou você toca o intocável
Se o mundo dos sonhos me ensinou?
O inimaginável me mostrou

Quando o mundo dos sonhos posso ver
Vejo algo que não posso descrever
Se nesse mundo existe ódio, tristeza e dor
Também pode haver felicidade e amor.

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Eu declamei esse poeminha para todos os pais e alunos do primário do Santa uma vez. A razão disso é mais queeu tinha escrito muitos poucos poemas do que qualquer outra. Mas acho que também eu precisava mostrar para todos a minha defesa ao mundo dos sonhos. Sabe, quando eu era pequena (há não tanto tempo assim) meu sonhar acordado era muito reprimido e discriminado. Os garotos da escola me achavam esquisita e meus pais estavam sempre me chamando de louca (mas pelo menos minha mãe não se importa em pagar a conta do psicólogo...). Então eu acho que esse poema tinha um certo valor de manifesto. Aliás acho que tudo o que eu faço é um pouco manifestoso. Nessa época todos os meus poemas estavam atestando veementemente alguma coisa - o valor dos sonhos, meu valor como contadora de histórias, a importância da natureza, a crueldade das queimadas, etc.

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