sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E a chuva [25/9/2005]

Uma coisa qualquer que me move além das estrelas
me carrega para além do mundo e do seu olhar
Não vejo nada, mas sei que se pudesse vê-lo
eu não o amaria menos, nem mais, do que sei amar

Uma coisa qualquer me carrega, me tira do mundo
eu apenas escorrego nestas gotas de luar
Se é lembrança, saudade, presença, distanciamento
não temo nada, nem devo - hei de andar e andar

Uma coisa qualquer me consome, muda meu intento
eu não falo nada, eu deixo ela vir me levar
são nuvens e estrelas, dragões e sereias, e a chuva
lá fora tão doce, no escuro, ela cai sem parar

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Eu gosto de poemas que falam por si mesmos. Este foi publicado aqui?

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