Um dia frio, um bom lugar p'ra ler um livro, e o pensamento lá em você, pois sem você não vivo... .
NOTA: A música parece não ter nada a ver, mas tem, sim. Tanto quanto eu consigo sentir teu cheiro. Mesmo que não seja teu. Isso não importa... .
Ontem, claro, houve uma noite-madrugada-manhã estranha: acordei cedíssimo de um sonho, vi que ainda estava de noite, dormi de novo, e tive outro sonho. Acordei de novo, desta vez de manhã, e fui adormecendo e tendo inúmeros sonhinhos bizzarros, que me fizeram esquecer os dois sonhos principais. Hoje também. Mas foi mais trash que isso. Sonhos abizzarrados ao extremo. E desta vez eu lembro dos sonhos...:
O primeiro, e o mais assustador, começava cheio de gente, ou não lembro. Várias coisas. A parte de que me lembro foi a mais absurda: eu me vi conversando, num espaço vazio, sem limites, sem plano de fundo, com dois rapazes -- um deles empolgado, apaixonado, de olhos brilhantes, sorridente, luminoso, que falava olhando-me profundamente nos olhos; o outro, que quase não me olhava, e mexia num computador, era mais silencioso, imperscrutável, calmo, paciente, tranqüillo, distraído porém prestando atenção a cada detalhe (enquanto o outro prestava atenção mas perdia os detalhes mais sutis, eu suponho). Conversamos sobre coisas diversas, tão sem importância que não me lembro de nada. Apenas da última coisa que o primeiro rapaz falou, pegando a minha mão de súbito, continuando naturalmente o assunto, fosse ele qual fosse: não me lembro das palavras que usou, mas queria que eu escolhesse entre os dois. Somente nessa hora o outro, que até então parecia concentrado no jogo de paciência, virou-se e me encarou de frente, deixando o computador de lado. Fiquei confusa. Pensei, sem saber o que mais pensar, "Mas eu já fiz essa escolha, sei que já fiz!", e cenas de tudo o que vivera com os dois me passaram pela cabeça, "Então, por que me é tão difícil saber qual escolhi?!"... .. . O desespêro. Não conseguia escolher. A compreensão veio, de súbito, apenas quando, assustada, acordei, o coração apressado, apertado, ofegante... .. . Oh man. Eram a mesma pessoa... =O.O= . Eu chegara a pensar, durante o sonho, que estava conversando com o Yuri e mais alguém, mas não a me perguntar quem era esse outro alguém... Nunca passaria pela minha cabeça que eu podia estar conversando com dois Yuris... Muuuuuito bizzarro.... O.o''
Enfim, eu resolvi pensar nisso depois, estava com sono, tinha que dormir.
O segundo sonho foi mais complexo, igualmente ilógico, mas menos absurdo: colégio (como é de prache) num dia festivo (como já é quase entediante), pessoas com roupas muito estranhas et cætera. Lembro de pouca coisa desse sonho: alguma coisa envolvendo o Charles, que estava vestindo uma capa verde com capuz que me lembra bastante as capas élficas dO Senhor dos Anéis ou as roupas dos bruxos de Harry Potter (os filmes); escadas e gramados; Camilla, Maysa, Gabi, Veri e Clara, fazendo não lembro o quê; os boletins expostos no colegial (que aparentemente era todo aberto)... .. . Cenas mais nítidas, há apenas três:. Na primeira, eu vejo o Charles encapado e vou atrás dele, preciso falar-lhe; mas ele simplesmente passa reto, andando apressado numa direção onde ou não havia nada, ou havia o Teatro (não lembro direito). Ando um pouco e passo pelo Gio, trocando umas palavras... Por trás de mim surge o Artur, também de capa verde (mas sem capuz, e muito mais desengonçado com ela). Falo um pouco com ele, até que ele sai correndo atrás do Charles (lembrem que as noções de perspectiva num sonho são inválidas... nos meus, pelo menos.) A segunda cena é seguinte a essa. : passo por algum lugar próximo à quadra coberta (onde antes ficava a Rodoviária) e vejo casacos e blusas pendurados. Um destes casacos, do colégio, é da Kiki, como posso ver pelas inúmeras assinaturas que o cobrem, e que me dão a impressão de que ela está saindo da escola (se formando, não saindo no meio!). A própria Marianna Ferraz Cunha aparece, e começamos a conversar, com uma amizade que tínhamos na terceira, quarta, talvez sexta série... Aquela amizade que eu tive muito, quando eu precisava muito, e sou grata por isso. A todas. Mas enfim: a terceira cena, mais sem nexo, envolve notas de Física. Eu vejo que tiei um C e fico ligeiramente indignada, porque sou melhor aluna que isso (Tipo, na realidade eu tirei um A, não era uma indignação sem propósito...). Vou falar com o Reinaldo que está estranhamente gordo e parecido com o Mário e ele me explica que eu faltei 6 aulas e meia, ou seis semanas e meia, não tenho certeza... Qual é mais absurdo? Eu reclamo que não, não faltei tanto assim, e peço que me mostre cada falta paa eu chequar se é verdadeira... Ele começa a mostrar, de mau humor. O sonho acabou po aí, logo depois de eu começar a sentir que talvez ele tivesse razão. Pensando agora, foi por esse mesmo motivo que eu tirei C de E.F. no primeiro período. Curioso...
Chega de falar dos meus sonhos por agora.
O que vocês querem falar?
palavra por palavra, procuro chegar, devagar, ao lugar de La Loba.
"O silêncio", disse o griot,"só é escuro no começo..."
sábado, 31 de julho de 2004
Proibida p'ra Mim - inacabado
"Ela achou meu cabelo engraçado
proibida p'ra mim, no way!
Dissa que não podia ficar
mas levou a sério o que eu falei..."
A bem da verdade não acho que você tenha jamais levado a sério qualquer coisa que eu tenha dito. Não. Sei que hoje, você pesa cada uma das minhas palavras. Se não pesa, deveria. Deveria ouví-las pelo menos, apesar de sussurradas. Mas faz o que tu queres.., há de ser tudo da lei. Ou quase.
"Eu vou fazer de tudo o que eu puder
eu vou roubar essa mulher p'ra mim,
Eu posso te ligar a qualquer hora
Mas eu nem sei o seu nome!"
Agora já é tarde demais para eu mudar o plano: eu vou roubar você o quanto eu puder. Eu posso te ligar a qualquer hora, mas nunca faço isso... Seu nome, eu sei-o bem, assim como seu endereço, e como chegar até você. Mas, isso tudo, não importa...
"Se não eu quem vai fazer você feliz?
Se não eu quem vai fazer você feliz?
Se não eu quem vai fazer você feliz?, guerra..."
Quem mais será capaz de te fazer feliz, amor da minha vida? É uma pergunta que tenho de me fazer... Amo-te! É quase insuportável viver sem você...
"Eu me flagrei pensando em você,
em tudo o que queria te dizer
em uma noite especialmente boa
Não há nada mais que a gente possa fazer"
Nada mais? O mundo se abre, vasto, apenas esperando por nós! Você sabe, e eu sei. Eu penso em você o tempo todo. Tudo o que eu queria que ouvisse. Te amo, te amo, te amo. Você não faz idéia do quanto. Meu coração se aperta só de pensar em você...
proibida p'ra mim, no way!
Dissa que não podia ficar
mas levou a sério o que eu falei..."
A bem da verdade não acho que você tenha jamais levado a sério qualquer coisa que eu tenha dito. Não. Sei que hoje, você pesa cada uma das minhas palavras. Se não pesa, deveria. Deveria ouví-las pelo menos, apesar de sussurradas. Mas faz o que tu queres.., há de ser tudo da lei. Ou quase.
"Eu vou fazer de tudo o que eu puder
eu vou roubar essa mulher p'ra mim,
Eu posso te ligar a qualquer hora
Mas eu nem sei o seu nome!"
Agora já é tarde demais para eu mudar o plano: eu vou roubar você o quanto eu puder. Eu posso te ligar a qualquer hora, mas nunca faço isso... Seu nome, eu sei-o bem, assim como seu endereço, e como chegar até você. Mas, isso tudo, não importa...
"Se não eu quem vai fazer você feliz?
Se não eu quem vai fazer você feliz?
Se não eu quem vai fazer você feliz?, guerra..."
Quem mais será capaz de te fazer feliz, amor da minha vida? É uma pergunta que tenho de me fazer... Amo-te! É quase insuportável viver sem você...
"Eu me flagrei pensando em você,
em tudo o que queria te dizer
em uma noite especialmente boa
Não há nada mais que a gente possa fazer"
Nada mais? O mundo se abre, vasto, apenas esperando por nós! Você sabe, e eu sei. Eu penso em você o tempo todo. Tudo o que eu queria que ouvisse. Te amo, te amo, te amo. Você não faz idéia do quanto. Meu coração se aperta só de pensar em você...
Aloha
Hmm... Isso me lembra:
"Not aloha hello! Aloha good-bye!"
Coisas estranhas que não nos abandonam. Lilo & Stitch. Spirit. Necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais... ---- afinal, quem disse essa bobagem?!
Hoje eu estava feliz. Quer dizer, não estou triste, não tenho porque estar triste, até estou contente, mas estou muito cansada para conseguir estar feliz, como estava feliz lá, com eles. A família Bassichetto-Kon é uma graça, sem dúvida. Bando de fofos. Fofos. Fofíssimos. Sei lá. Deixa eu ficar quieta.
Estou algo com frio. Fiquei com frio quando cheguei aqui. Quando cheguei aqui. Não tenho explicação para as frases repetidas: depois da Parede, comecei a reparar nelas também. Mas não tenham a impressão errada -- é fácil ficar com frio quando você não está por perto...
Estava lembrando aquela música que minha vó adaptou para mim quando fiz doze anos:
"Marina, menina Marina, o cabelo cortou
Ficou mais charmosa, mais linda, mas faça o favor
Saiba, menina Marina, que a minha emoção
é ver que mais lindo ainda é o seu coração..."
Eu amo minha vó. Ela é incomparável. ^^
Eu ia editar umas coisas nos posts anteriores, deixar à mostra umas coisas escritar com tinta branca, mas desisti. É que, não vale a pena finjir que não aconteceu, mas meus sentimentos mudaram, talvez, voltaram ao normal. Então agora eu posso voltar a dizer que te amo, gritar Ai shinderu yu! bem alto e ainda sorrir e latir e uivar e -- você não vai me repreender por isso. Você não pode.
Tirar as coisas de perspectiva. Sim, perspectiva, isso muda tudo. Ver tudo embaçado, bagunçado, ver-te, cada pedaço, cada pedacinho de você é o abjeto do meu amor. Tenho uma estranha obcessão por você. Mas, até aí, tenho-a por outros também. Não é isso que te faz diferente.
É que amo-te por inteiro. Tua alma, tua mente, teu corpo, teu coração. Amo-os sem restrição. Cada bobagem imbecil que fazes, cada olhar verde, azul ou multi-cor que dás-me, cada repreensão, pedido ou convite. Amo-te tanto que meu corpo treme de escrever sobre ti. A falta que me fazes a cada segundo. Por outro lado, só o fato de que existes já me faz mais feliz. Ainda assim, sofro por não ter-te aqui, por não ter-te sempre, por não ter-te por inteiro. E cada olhar teu me altera completamente.
"Eu ainda sou um fantasma
Andando perdido na noite
Sou feita de carne e de plasma
(e leucócitos, plaquetas, hemáceas)
Sangue e lágrimas
Eis o que me compõe
Sou feita de nada apurado
Extrato de vazio concentrado
E uma pitada de vácuo
Vento dentro de mim
Chovo nos meus circuitos
Sou ferro velho, material reciclado
Máquina, sim, mas capaz de sentir
Mesmo que com imprecisão
A imprecisão semiconsciente, latente
Do anestesiado
Pressente, mesmo que ausente
Não que saiba o que está a pressentir
Chega a hora e, de repente
Vê a chance partir
Sente não por opção, por dever
Lembrando das malditas lágrimas
Que chorou e sorveu
O gosto salgado não possível de esquecer
Cada vitória me lembra do que tenho a perder
Do que já perdi, o que já sofri
E ainda hei de sofrer
(Na calada da noite, as sombras cobrem um corpo)
Cobrem a mim, que ainda morro
Devorada lentamente, corroída
Por esses pedaços de mar
As lágrimas, malditas lágrimas
Não vêm para me consolar
Mas atacar, acusadoramente
Meu coração as sente
Que culpa têm?
Por mim foram feitas
Mas não as escolhi.
Não importa.
Que razão para a dor
Se não fossem as lágrimas
A indefinidamente prolongá-la
Para o meu prazer e desprazer
De admitir a derrota, admitir
A eterna derrota de uma perdedora
São elas que me impedem de sorrir
São elas que me impedem de viver.
Eu ainda sou a mesma de sempre
Sou um fantasma de máquina
De sentimentos sangüínios
Carne de metal.
21/05/2002"
Nossa, que poema infeliz. Mas era assim que me sentia. De certa forma, ainda sou assim, às vezes, muito às vezes. Eu poderia, e gostaria de pensar que você me salvou dessa vida. Mas, sei lá, 2002 tá tão longe... 2002 remete a Belinky, a Azem, a Belézia, a Pinheiros, e uma porção de outros nomes e histórias chatas... Pinheiros... *sigh* Provavelmente a mais chata de todas... Também remete a complicaçòes e problemas em casa... Brigas... E, no fim, à viagem a Minas, à poesia irrestrita, a aulas divertidas, a... ... ... Vamos parar de falar nesse ano confuso, vai. Eu sei que vocês não estão interessados.
Esse poema nasceu num tempo em que eu comummente me sentia como me sentia antes dessa viagem.... Na verdade, o sentimento de insegurança, de perdição, de 'não saber o quê fazer', o tempo todo, o odiar-se, o odiar meus pais por me fazerem odiar-me e outros bichos, sempre foi muito presente na minha vida. Até esse ano... De uns tempos pra cá, eu tenho sido mais feliz. É difícil não associar esse fato ao ter-te conhecido, sabe?
Como eu ia dizendo, o que eu senti para escrever aqueles posts foi que regredia a um estado que eu odiava -- o de viver sem conseguir sentir orgulho de mim, da minha família, nem de ninguém; apenas ódio, dor, amor, mêdo -- e tão forte e destrutivo foi esse sentimento, que eu quase não quis mais viajar, quase quis ligar p'ro Artur, dizer "Desencana, vou ficar aqui mesmo, ir ver a tal apresentação sobre música modal (que eu nem sei direito o que é), e pensar..." Pensar? Melhor não pensar em nada. Deixar as ações fluirem. Eu me arrependo de muita coisa. Não imagino como seria a vida se eu tivesse feito tudo o que já quis e pude (ou julguei que podia) fazer...
Mas eu fui e em nenhum momento me arrependi de ter ido.
Cansei de escrever. Depois eu lembro o que eu tinha para dizer. Boa noite.
"Not aloha hello! Aloha good-bye!"
Coisas estranhas que não nos abandonam. Lilo & Stitch. Spirit. Necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais... ---- afinal, quem disse essa bobagem?!
Hoje eu estava feliz. Quer dizer, não estou triste, não tenho porque estar triste, até estou contente, mas estou muito cansada para conseguir estar feliz, como estava feliz lá, com eles. A família Bassichetto-Kon é uma graça, sem dúvida. Bando de fofos. Fofos. Fofíssimos. Sei lá. Deixa eu ficar quieta.
Estou algo com frio. Fiquei com frio quando cheguei aqui. Quando cheguei aqui. Não tenho explicação para as frases repetidas: depois da Parede, comecei a reparar nelas também. Mas não tenham a impressão errada -- é fácil ficar com frio quando você não está por perto...
Estava lembrando aquela música que minha vó adaptou para mim quando fiz doze anos:
"Marina, menina Marina, o cabelo cortou
Ficou mais charmosa, mais linda, mas faça o favor
Saiba, menina Marina, que a minha emoção
é ver que mais lindo ainda é o seu coração..."
Eu amo minha vó. Ela é incomparável. ^^
Eu ia editar umas coisas nos posts anteriores, deixar à mostra umas coisas escritar com tinta branca, mas desisti. É que, não vale a pena finjir que não aconteceu, mas meus sentimentos mudaram, talvez, voltaram ao normal. Então agora eu posso voltar a dizer que te amo, gritar Ai shinderu yu! bem alto e ainda sorrir e latir e uivar e -- você não vai me repreender por isso. Você não pode.
Tirar as coisas de perspectiva. Sim, perspectiva, isso muda tudo. Ver tudo embaçado, bagunçado, ver-te, cada pedaço, cada pedacinho de você é o abjeto do meu amor. Tenho uma estranha obcessão por você. Mas, até aí, tenho-a por outros também. Não é isso que te faz diferente.
É que amo-te por inteiro. Tua alma, tua mente, teu corpo, teu coração. Amo-os sem restrição. Cada bobagem imbecil que fazes, cada olhar verde, azul ou multi-cor que dás-me, cada repreensão, pedido ou convite. Amo-te tanto que meu corpo treme de escrever sobre ti. A falta que me fazes a cada segundo. Por outro lado, só o fato de que existes já me faz mais feliz. Ainda assim, sofro por não ter-te aqui, por não ter-te sempre, por não ter-te por inteiro. E cada olhar teu me altera completamente.
"Eu ainda sou um fantasma
Andando perdido na noite
Sou feita de carne e de plasma
(e leucócitos, plaquetas, hemáceas)
Sangue e lágrimas
Eis o que me compõe
Sou feita de nada apurado
Extrato de vazio concentrado
E uma pitada de vácuo
Vento dentro de mim
Chovo nos meus circuitos
Sou ferro velho, material reciclado
Máquina, sim, mas capaz de sentir
Mesmo que com imprecisão
A imprecisão semiconsciente, latente
Do anestesiado
Pressente, mesmo que ausente
Não que saiba o que está a pressentir
Chega a hora e, de repente
Vê a chance partir
Sente não por opção, por dever
Lembrando das malditas lágrimas
Que chorou e sorveu
O gosto salgado não possível de esquecer
Cada vitória me lembra do que tenho a perder
Do que já perdi, o que já sofri
E ainda hei de sofrer
(Na calada da noite, as sombras cobrem um corpo)
Cobrem a mim, que ainda morro
Devorada lentamente, corroída
Por esses pedaços de mar
As lágrimas, malditas lágrimas
Não vêm para me consolar
Mas atacar, acusadoramente
Meu coração as sente
Que culpa têm?
Por mim foram feitas
Mas não as escolhi.
Não importa.
Que razão para a dor
Se não fossem as lágrimas
A indefinidamente prolongá-la
Para o meu prazer e desprazer
De admitir a derrota, admitir
A eterna derrota de uma perdedora
São elas que me impedem de sorrir
São elas que me impedem de viver.
Eu ainda sou a mesma de sempre
Sou um fantasma de máquina
De sentimentos sangüínios
Carne de metal.
21/05/2002"
Nossa, que poema infeliz. Mas era assim que me sentia. De certa forma, ainda sou assim, às vezes, muito às vezes. Eu poderia, e gostaria de pensar que você me salvou dessa vida. Mas, sei lá, 2002 tá tão longe... 2002 remete a Belinky, a Azem, a Belézia, a Pinheiros, e uma porção de outros nomes e histórias chatas... Pinheiros... *sigh* Provavelmente a mais chata de todas... Também remete a complicaçòes e problemas em casa... Brigas... E, no fim, à viagem a Minas, à poesia irrestrita, a aulas divertidas, a... ... ... Vamos parar de falar nesse ano confuso, vai. Eu sei que vocês não estão interessados.
Esse poema nasceu num tempo em que eu comummente me sentia como me sentia antes dessa viagem.... Na verdade, o sentimento de insegurança, de perdição, de 'não saber o quê fazer', o tempo todo, o odiar-se, o odiar meus pais por me fazerem odiar-me e outros bichos, sempre foi muito presente na minha vida. Até esse ano... De uns tempos pra cá, eu tenho sido mais feliz. É difícil não associar esse fato ao ter-te conhecido, sabe?
Como eu ia dizendo, o que eu senti para escrever aqueles posts foi que regredia a um estado que eu odiava -- o de viver sem conseguir sentir orgulho de mim, da minha família, nem de ninguém; apenas ódio, dor, amor, mêdo -- e tão forte e destrutivo foi esse sentimento, que eu quase não quis mais viajar, quase quis ligar p'ro Artur, dizer "Desencana, vou ficar aqui mesmo, ir ver a tal apresentação sobre música modal (que eu nem sei direito o que é), e pensar..." Pensar? Melhor não pensar em nada. Deixar as ações fluirem. Eu me arrependo de muita coisa. Não imagino como seria a vida se eu tivesse feito tudo o que já quis e pude (ou julguei que podia) fazer...
Mas eu fui e em nenhum momento me arrependi de ter ido.
Cansei de escrever. Depois eu lembro o que eu tinha para dizer. Boa noite.
quarta-feira, 28 de julho de 2004
Back to Where we Started
O silêncio é um grito de quem não pode berrar...
Tenho um grito muito amargo
no meu peito aprisionado
no fundo fundo da alma
Mas jamais irei gritá-lo.
Lágrimas enchem meus olhos
esse amor desesperado
este coração confuso
Não sabe (sabes) de nada.
Por tanto tempo lutei
tantos medos enfrentei
e no fim ainda é este,
O primeiro, que me mata,
que joga tudo por terra
O amor, a dor, a alegria,
desfaz tudo numa eterna,
fria e ilúcida mágoa.
Por que temos que entender
nosso coração sem regras?
Não podemos esquecer
e viver a vida em festa
Quero só compreender
mas tal coisa é impossível
Porém, não tenho opção:
tenho que decidir logo
o que quer meu coração.
O que quer meu coração?
Eu não sei, e não respondo.
O que quer meu coração?!
Eu estou confusa. A verdade é simples assim. Não estive tão confusa em muito tempo. Não é realmente uma sensação ruim, mas não dá margem a ações nenhumas. Alguma hora, se eu quiser ser feliz, vou ter que tomar uma decisão, em prol do meu coração, e nesta decisão não sei que partido meu coração vai tomar. Não estive tão confusa desde maio. Mas em maio eu consegui sair ilesa. Sem dor, sem aquele sentimento de chance perdida. O que acontecerá desta vez? Eu não sei, e vocês sabem ainda menos. Na verdade não é nada simples. É complexo, e complicado. Difícil. A última vez antes daquele maio que realmente me senti assim foi por causa de uma história. E mesmo nessa história, eu não consegui decidir... Eu me sinto como muito me senti lendo livros. Querendo saber o final da história, ao mesmo tempo tendo medo de uma coisa e de outra. Ao mesmo tempo querendo o final e não querendo que a história acabe. Que ela continue para sempre, e que seja sempre interessante. Quando a história acaba, nao consigo parar de lê-la. E quando finalmente guardo o livro na estante, ela continua rodando em meus pensamentos. Finalmente, eu imagino suas possíveis variações e continuações. Eu estou numa dessas histórias. Nunca achei que isso fosse acontecer...
E pensar que poucos meses atrás eu achava que a situação teria que se resolver em breve, por não poder tornar-se mais complicada. Naquele tempo eu esquecera do quadro geral... Que tolice. ¬¬'' Mas, quer saber? Eu estava mais feliz daquele jeito. E se fosse para decidir agora, eu iria até ele e lhe daria um beijo. Não é como se eu nunca tivesse tido este impulso. Mas é aí que 'tá: eu já tive. As coisas tendem a ficar mais complicadas. E se fosse para decidir agora, eu escolheria a opção que prevalesceu da última vez que pensei nisso. Talvez porque seja mais fácil fazer isso. Ou porque soaria como um grande desperdício desistir agora. Ou porque eu realmente quero isso. Mas ainda assim, é complicado. É complicado desistir de todo o resto. Droga, droga, droga...
Outubro ainda está muito longe. Provavelmente, eu vou ter que entender os outros lados da história antes disso. Mas vou ter que pensar muito. Muito. E vai ser difícil; mas não é como se eu tivesse opção.
Se eu tivesse opção, as coisas seriam simples. Eu não saberia de nada.
"Ignorance is bliss"
Tenho um grito muito amargo
no meu peito aprisionado
no fundo fundo da alma
Mas jamais irei gritá-lo.
Lágrimas enchem meus olhos
esse amor desesperado
este coração confuso
Não sabe (sabes) de nada.
Por tanto tempo lutei
tantos medos enfrentei
e no fim ainda é este,
O primeiro, que me mata,
que joga tudo por terra
O amor, a dor, a alegria,
desfaz tudo numa eterna,
fria e ilúcida mágoa.
Por que temos que entender
nosso coração sem regras?
Não podemos esquecer
e viver a vida em festa
Quero só compreender
mas tal coisa é impossível
Porém, não tenho opção:
tenho que decidir logo
o que quer meu coração.
O que quer meu coração?
Eu não sei, e não respondo.
O que quer meu coração?!
Eu estou confusa. A verdade é simples assim. Não estive tão confusa em muito tempo. Não é realmente uma sensação ruim, mas não dá margem a ações nenhumas. Alguma hora, se eu quiser ser feliz, vou ter que tomar uma decisão, em prol do meu coração, e nesta decisão não sei que partido meu coração vai tomar. Não estive tão confusa desde maio. Mas em maio eu consegui sair ilesa. Sem dor, sem aquele sentimento de chance perdida. O que acontecerá desta vez? Eu não sei, e vocês sabem ainda menos. Na verdade não é nada simples. É complexo, e complicado. Difícil. A última vez antes daquele maio que realmente me senti assim foi por causa de uma história. E mesmo nessa história, eu não consegui decidir... Eu me sinto como muito me senti lendo livros. Querendo saber o final da história, ao mesmo tempo tendo medo de uma coisa e de outra. Ao mesmo tempo querendo o final e não querendo que a história acabe. Que ela continue para sempre, e que seja sempre interessante. Quando a história acaba, nao consigo parar de lê-la. E quando finalmente guardo o livro na estante, ela continua rodando em meus pensamentos. Finalmente, eu imagino suas possíveis variações e continuações. Eu estou numa dessas histórias. Nunca achei que isso fosse acontecer...
E pensar que poucos meses atrás eu achava que a situação teria que se resolver em breve, por não poder tornar-se mais complicada. Naquele tempo eu esquecera do quadro geral... Que tolice. ¬¬'' Mas, quer saber? Eu estava mais feliz daquele jeito. E se fosse para decidir agora, eu iria até ele e lhe daria um beijo. Não é como se eu nunca tivesse tido este impulso. Mas é aí que 'tá: eu já tive. As coisas tendem a ficar mais complicadas. E se fosse para decidir agora, eu escolheria a opção que prevalesceu da última vez que pensei nisso. Talvez porque seja mais fácil fazer isso. Ou porque soaria como um grande desperdício desistir agora. Ou porque eu realmente quero isso. Mas ainda assim, é complicado. É complicado desistir de todo o resto. Droga, droga, droga...
Outubro ainda está muito longe. Provavelmente, eu vou ter que entender os outros lados da história antes disso. Mas vou ter que pensar muito. Muito. E vai ser difícil; mas não é como se eu tivesse opção.
Se eu tivesse opção, as coisas seriam simples. Eu não saberia de nada.
"Ignorance is bliss"
terça-feira, 27 de julho de 2004
Sono
Eu tive um sonho estranho noite passada. Cheio de amigos que estavam longe, e daqueles que eu gostaria que estivessem aqui. Mas não todos, nem apenas os mais importantes. Isso já aconteceu uma porção de vezes comigo. Sonho com o colégio, com o passado, pessoas que eu via todos os dias e agora só de vez em nunca, mesmo que não as conhecesse... Coisas que vi em sonhos há muito tempo e pessoas que um dia fizeram uma parte meio insignificante na minha vida.
As cenas no colégio (ou seja, a maior parte) são sempre as mais importantes. De certa forma, é como se eu reconhecesse um colégio que não existe mais: as cercas baixas de madeira torta, os campos de barro, o tubo de ferro no colegial, a máquina de Coca-Cola ao lado do bazar, o pessoal das turmas de 2003, 2002, 2001... O Bigode, mais novo e mais parecido com o Felipe, me dando um Alô meio "oi, irmã da Talitinha"... Festa dos Esportes, Festa Junina, jogos de basquete, futebol, handball. Tudo parece diferente nesse sonho. Parece como parecia antes. Tem cheiro de passado... Um cheiro bom.
Uma coisa especìficamente me chamou a atenção. Uma parte do sonho, depois disso tudo, que não tinha a ver com o resto. Havia uma seqüência lógica no sonho; não é disso que estou falando. Essas cenas não se passavam no colégio, nem em casa, nem em qualquer lugar tirado de um sonho antigo, em lugar nenhum. Era só uma cena. Mas me perturbou.
Me perturbou porque tinha a ver com minhas histórias. Nessa cena, eu, soule, havia ganhado a chance, com muito custo, de ir para algum lugar, fazer alguma coisa que me tornaria mais guerreira, mais Loubah, mais... mais meu sonho de criança, eu acho. Lutar, batalhar, derramar sangue e não desisti até que não haja mais sentido. Lutar até o fim. Algo lírico, forte. Berseck.
Me perturbou poque tinha a ver contigo. Sim, contigo, criatura dos ares (ou mares, não sei ao certo). Eu tinha tanto medo de sonhar contigo... Isso acontecera apenas duas vezes, e as duas haviam sido horríveis. Na primeira, de longe a mais repulsiva aos meus olhos, ficavas com uma amiga minha. Eu vos via bobos alegres juntos nús dançando por aí (dançando, mesmo!) e tentava me alegrar com vossa alegria, tentando esconder o quanto me feríeis com isso. O segundo sonho, mais tranqüilo, foi com um jogo da verdade. Aparecias lá com namorada (vê como sou ciumenta... mas ok... né...). Não houve nada de especìficamente interessante. Só a agonia. De não conhecê-la, principalmente. De desconhecer-te.
Acho que, comparado a estes dois, foi um sonho bom. Triste, mas bom. Me pedias para ficar. Não me lembro exatamente. Dizias coisas que davam a entender que não querias que eu fosse embora. Dizias outras coisas também, sobre não lembro o quê. Eu apenas respondia: "Cala a boca, não é você que vai ter que viajar para longe do seu amor para realizar um sonho..." e tu respondias: "Mas você vai para longe de mim... Não quero ficar sem você." e coisas desse tipo. Entre outras. Mas eu não estava prestando atenção.
Eu acordei, abandonando teu abraço. E a primeira coisa que pensei foi "por quê ele?"... Por quê diabos fui me apaixonar por ele? Por que ele e não qualque um dos outros dois? Me lembro de um dia em que minha mãe disse que eu tinha que deixar claro para ele que eu gostava dele, pois ele podia não se aproximar de mim por medo da minha elação com o Bruno.. meu.... Eu não me lembro direito (e o que lembro não merece ser explicado) mas sei que comecei a explicar para mim mesma porque eu gostava dele, não do Bruno... Nem... de todos os outros. Só um desses dois não tinha nada que o colocasse abaixo dele, num Rank de pessoas de quem eu poderia gostar. O outro não entrou na história.
Aí a grande questão. Eu comecei a me questionar. Lembrando conversas com esses dois, e com ele mesmo, e com meus outros amigos, e pais, e etc., comecei a me questionar. Por que eu amo-te tanto?! Por que num dia não consigo parar de pensar em ti, e no outro não posso sequer compreender esse sentimento? Por que eu te escolhi? O que te fazia melhor que os outros? Nada, essa é a verdade. Agora, não quero mais achar teus defeitos, tuas falhas. Não quero mais. Cheguei a pensar que eras entre os três o que menos merecia meu amor tão profundo. Por tempo suficiente não senti nada em relação a ti. Até perceber que eu não queria deixar de te amar... Mas que não poderia viver essa situação para sempre. Entendes? Para sempre.
Eu te amo. Eu poderia te amar para sempre. Ou pelo menos por muito tempo ainda. Mas isso é mais da tua conta que da minha.
Foi um dia estranho. Muito estranho...
Miscelâneas - II
A primeira Miscelânea foi aquela bizarrice sobre uma tradução eletônica. Mas isso não pode ser uma Bizarrice, porque não é bizarro. É bonito. Alguma coisa inesperada que eu encontrei revirando minha pasta de e-mails enviados... Eu mesma escrevi, para acompanhar um tantra daqueles que acompanham a tal história da lingerie de luxo da mulher que morre. E, de modo geral, ainda gosto do som destas palavras...
"Coisas para Lembrar
Há certas coisas que merecem ser lembradas de tempos em tempos...
Viva a vida com boa vontade e coragem; não deixe passar nada; quando estiver afim, pege um caderno e rabisque qualquer bobagem q lhe vier à cabeça, e jamais releia o que você escreveu nele. Abrace as pessoas de quem você gosta, esqueça as formalidades, ria desmedidamente em qualquer hora, em qualquer lugar, por qualquer motivo. Nunca deixe nada para depois, especialmente as coisas ruins. Dê bom dia para as pessoas ao seu redor, mas não se preocupe se elas não responderem. Cumprimente a todos, e não pergunte-se nada se alguém não vier lhe cumprimentar. Compre gavetas e estantes e arrume essa zona em cima da sua mesa. Deixe pelo menos 80cm de espaço livre nela para trabalhar. Brinque e converse com o cachorro diariamente. Passeie com ele, e passeie mesmo, visite os amigos, vá para lugares onde nunca foi, se perca, não tenha medo nem pressa para pedir informações. Descubra sua própria força, e se não a encontrar, invente uma e convença a todos de que é verdadeira. Se não conseguir, repita-a para si mesmo com freqüência. Nunca perca a esperança. Se quiser fazer algo, faça, por mais absurdo que seja. Nunca hesite. Cante uma música qualquer, com vontade e em voz alta, todo dia. E desenhe algo simples, como uma flor, sempre. Lembre-se: cada ação deixada para depois é uma oportunidade perdida para sempre. Fale com estranhos, fale com qualquer um que tiver vontade. Nunca deixe 'por isso mesmo', descubra a vida.
A tristeza não se cura, quase nunca. Tristeza é mágoa por algo irreversível, irrecuperável. A tristeza não some; a gente que a esquece.
Esqueça a tristeza todos os dias, a cada um deles. E quando a mais dura agonia te atormentar, corra atrás dela, reze com fé a qualquer força, faça tudo em que conseguir pensar. Nunca perca a esperança.
Não se importe com coisas que só poderá fazer depois. Não faça planos para o futuro, viva o agora, com a maior intensidade que consegui alcançar, mesmo que seja pouca. Imagine que as boas coisas se perdem quando deixadas no futuro, enquanto as ruins crescem e se tornam piores. E não se importe se estiver gritando. Desligue o despertador, esqueça o relógio. Uive à lua, grite o mais alto que puder, corra na chuva, e se machuque jogando bola. Seja sincero nem que isso signifique arriscar magoar a você ou a um amigo, ou perder "a oportunidade da sua vida". O que realmente vale a pena não deve ser conseguido de um modo falso. Arrisque-se."
[escrito em 14/8/2003, provavelmente... Mando o e-mail a quem pedir =^^=]
"Coisas para Lembrar
Há certas coisas que merecem ser lembradas de tempos em tempos...
Viva a vida com boa vontade e coragem; não deixe passar nada; quando estiver afim, pege um caderno e rabisque qualquer bobagem q lhe vier à cabeça, e jamais releia o que você escreveu nele. Abrace as pessoas de quem você gosta, esqueça as formalidades, ria desmedidamente em qualquer hora, em qualquer lugar, por qualquer motivo. Nunca deixe nada para depois, especialmente as coisas ruins. Dê bom dia para as pessoas ao seu redor, mas não se preocupe se elas não responderem. Cumprimente a todos, e não pergunte-se nada se alguém não vier lhe cumprimentar. Compre gavetas e estantes e arrume essa zona em cima da sua mesa. Deixe pelo menos 80cm de espaço livre nela para trabalhar. Brinque e converse com o cachorro diariamente. Passeie com ele, e passeie mesmo, visite os amigos, vá para lugares onde nunca foi, se perca, não tenha medo nem pressa para pedir informações. Descubra sua própria força, e se não a encontrar, invente uma e convença a todos de que é verdadeira. Se não conseguir, repita-a para si mesmo com freqüência. Nunca perca a esperança. Se quiser fazer algo, faça, por mais absurdo que seja. Nunca hesite. Cante uma música qualquer, com vontade e em voz alta, todo dia. E desenhe algo simples, como uma flor, sempre. Lembre-se: cada ação deixada para depois é uma oportunidade perdida para sempre. Fale com estranhos, fale com qualquer um que tiver vontade. Nunca deixe 'por isso mesmo', descubra a vida.
A tristeza não se cura, quase nunca. Tristeza é mágoa por algo irreversível, irrecuperável. A tristeza não some; a gente que a esquece.
Esqueça a tristeza todos os dias, a cada um deles. E quando a mais dura agonia te atormentar, corra atrás dela, reze com fé a qualquer força, faça tudo em que conseguir pensar. Nunca perca a esperança.
Não se importe com coisas que só poderá fazer depois. Não faça planos para o futuro, viva o agora, com a maior intensidade que consegui alcançar, mesmo que seja pouca. Imagine que as boas coisas se perdem quando deixadas no futuro, enquanto as ruins crescem e se tornam piores. E não se importe se estiver gritando. Desligue o despertador, esqueça o relógio. Uive à lua, grite o mais alto que puder, corra na chuva, e se machuque jogando bola. Seja sincero nem que isso signifique arriscar magoar a você ou a um amigo, ou perder "a oportunidade da sua vida". O que realmente vale a pena não deve ser conseguido de um modo falso. Arrisque-se."
[escrito em 14/8/2003, provavelmente... Mando o e-mail a quem pedir =^^=]
Tempo Perdido - inacabado
Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou
Claro que não. Já acordaste com aquela estranha sensação de que estiveras a perder teu tempo? Eu já. Aquela pressa. A pressa. O passado está perdido. Talvez no futuro, mas agora, agora está longe, fora de alcance. O tempo que passou, todo ele, Não temos mais, não não nunca mais te quero, e tempo tenho e sinto falta e tenho, e não, não tenho mais o tempo que passou. Entende? O tempo escorreo, corre, divaga, acaba. Perdi umtempo desgraçado. O tempo ao redor do caminho daquele menino.
Mas tenho muito tempo: tenho todo o tempo do mundo.
Ainda se fosse suficiente -- mas não é. Quando estou contigo, quando estou feliz, toso o tempo parece pouco, porque o Pai tempo também tem suas limitações e não pode produzir um tempo que seja meu e de mais ninguém; são os outros que atrapalham tudo.
Todos os dias antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia...
A Parede. É como se ela nunca tivesse estado lá. Pensar nos detalhes, reparar nas coisas? É como se os detalhes surgissem apenas na hora em que precisarmos deles.
Sempre em frente, não temos tempo a perder.
Coisas da Vida
... a gente se encara e não sabe se vai ou se fica-a...
Hoje, logo depois de acordar, e também logo depois do almoço, eu terminei de ler Romeu e Julieta. E, apesar de não ter esperança nenhuma -- o quê, aliás, me surpreendeu -- de que o final fosse menos trágico, ainda assim eu chorei naquele desfecho agoniante. Agoniante, sim. Terrível. Mas, no fim feliz. Meio como As Brumas de Avalon, só que bom, em vez de horrível. Ou sei lá.
Foi ótimo. Ler é ótimo. Livros bons salvam a gente de uma porção de coisas...
Eu me lembro de quando eu passava as madrugadas em claro lendo livros apaixonantes... Ia dormir à cinco, seis da manhã, muitas vezes só depois de acabar o livro. Às vezes, eu levantava quando os passarinhos da madrugada estavam cantando, logo antes do nascer do sol, e ia até a cozinha, faminta. No meio do caminho, começava a andar em ciclos, inventando continuações para as histórias (essas e outras) e rindo da minha própria imaginação. Depois, fazia um prato com todos os restos que havia na geladeira, e comia sem me preocupar com nada, sentada no tapete da sala, olhando a luz do sol aparecer por sobre os telhados vizinhos. Aye, tempos bons!
"A linda Rosa Juvenil, Juvenil, Juvenil
vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar..."
Estou reencontrando meu passado, de uma forma muito tranqüila e feliz. Claro, não poderia viver sem meu passado; com certeza não gostarias de mim sem esse passado! ^^ Mas vós não deveis estar compreendendo cousa alguma, pelo menos quem não lê O Pato está na Ratoeira... Sim, esse blog, meu, do Artur e do Yuri, muito bom por sinal, está nos meus links (é basicamente para isso que eles servem!), mas as pessoas não costumam entrar nos links!
Aliás, eu vou tirar o que não for bom dali! *vai e faz, em termos*
Hm, os cinco primeiros realmente eu não leio, embora quatro sejam meus (e estagnados)...
Eu descobri um canto novo na minha casa. Foi como olhar para aquele cômodo pela primeira vez. Eu vi uma imagem nova, na minha própria casa. (Mas acho que vou falar sobre isso na Ratoeira...).
"E eu ergui o meu violão num lamento,
e a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar
um instrumento..."
Quero aprender a tocar violino. E violão também. E flauta transversal (se bem que isso é relativamente fácil). E piano. E todos os outros instrumentos.
Hoje, logo depois de acordar, e também logo depois do almoço, eu terminei de ler Romeu e Julieta. E, apesar de não ter esperança nenhuma -- o quê, aliás, me surpreendeu -- de que o final fosse menos trágico, ainda assim eu chorei naquele desfecho agoniante. Agoniante, sim. Terrível. Mas, no fim feliz. Meio como As Brumas de Avalon, só que bom, em vez de horrível. Ou sei lá.
Foi ótimo. Ler é ótimo. Livros bons salvam a gente de uma porção de coisas...
Eu me lembro de quando eu passava as madrugadas em claro lendo livros apaixonantes... Ia dormir à cinco, seis da manhã, muitas vezes só depois de acabar o livro. Às vezes, eu levantava quando os passarinhos da madrugada estavam cantando, logo antes do nascer do sol, e ia até a cozinha, faminta. No meio do caminho, começava a andar em ciclos, inventando continuações para as histórias (essas e outras) e rindo da minha própria imaginação. Depois, fazia um prato com todos os restos que havia na geladeira, e comia sem me preocupar com nada, sentada no tapete da sala, olhando a luz do sol aparecer por sobre os telhados vizinhos. Aye, tempos bons!
"A linda Rosa Juvenil, Juvenil, Juvenil
vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar..."
Estou reencontrando meu passado, de uma forma muito tranqüila e feliz. Claro, não poderia viver sem meu passado; com certeza não gostarias de mim sem esse passado! ^^ Mas vós não deveis estar compreendendo cousa alguma, pelo menos quem não lê O Pato está na Ratoeira... Sim, esse blog, meu, do Artur e do Yuri, muito bom por sinal, está nos meus links (é basicamente para isso que eles servem!), mas as pessoas não costumam entrar nos links!
Aliás, eu vou tirar o que não for bom dali! *vai e faz, em termos*
Hm, os cinco primeiros realmente eu não leio, embora quatro sejam meus (e estagnados)...
Eu descobri um canto novo na minha casa. Foi como olhar para aquele cômodo pela primeira vez. Eu vi uma imagem nova, na minha própria casa. (Mas acho que vou falar sobre isso na Ratoeira...).
"E eu ergui o meu violão num lamento,
e a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar
um instrumento..."
Quero aprender a tocar violino. E violão também. E flauta transversal (se bem que isso é relativamente fácil). E piano. E todos os outros instrumentos.
segunda-feira, 26 de julho de 2004
Sound Track - Crucify my Love Versão II
[eu não acredito que eu fiz isso: simplesmente fechei a janela sem perceber, perdendo um post que estava, essencialmente, muuuito bom. *cara de pasmo* Patsa, patsa, PATSA!! Mas tudo bem. Eu sobrevivo, eu acho. Vou ter que reescrever o que merecer ser reescrito]
... if my heart is blind, crucify my love if it sets me free...
Hoje eu passei o dia todo cantando músicas, músicas estranhas que foram adquirindo muito significado ao longo do dia... algumas só no finzinho...
"I used to love her, but I had to kill her...
I had to put her six feet under..."
Música nonsense... Hoje eu assisti do meio p'r'o fim d'O Chamado. O filme realmente não é tão bom, mas... é assustador. Não. Assustador nào, que ele não me assusta. Mas aflitivo. aflitivo, porque, no final, você pode até compreender os fatos, mas não sabe os motivos dos fatos, não sabe os porquês, que são sempre a parte mais interessante...
Hm. Eu tinha muito mais coisas para falar, mas entre conversas com o Artur e o pessoa (que... antitésico... =ô.ô=), meio filosóficas por sinal, acabei esquecendo das músicas... e das coisas interessantes que tinha para falar. Não, ter que reescrever o post NÃO ajudou nesse quesito...
Conversa com o Artur:
Lobz, a Tartulobinha rata-d'água diz: Eu tento te entender e não consigo. Talvez eu nunca tenha te conhecido de verdade... Antes daquela tarde, tinha apenas uma ou duas lembranças de você. Mais a sua voz... Mas ando à flor da pele, e qualquer uma das suas palavras me faz chorar.
Lobz: Entre aspas, se você quiser.
Artur - "Uivemos, disse o cão." (Livro das Vozes) diz: não entendi ^^
Lobz: Eu tava lendo o blog. O Nosso. Não que eu não já tenha decorado cada uma daquelas palavras, mas comecei a lê-las de novo. Sentindo o vazio, o passado, a loucura, o grito. Apenas sentindo.
Artur: O q estava lendo, mais exatamente?
Lobz: tudo. Não cada palavra, mas algumas, e todas. Todas.
Artur: =]
Artur: reler
Artur: =]
Lobz: Panos. =)
Artur: e lendas
Não, não fazemos sentido. Nessa conversa eu cheguei ao cúmulo de conversar sobre o Artur (entre outros) com o Ed e sobre o Ed com o Artur... E cheguei à conclusão geral (e muito conclusiva... ¬¬'') de que os dois são muito engraçados. Ou ridículos, é difícil dizer. Sim, eu sei que eles vão ler isto. Não, eu não me importo.
Ok, gente isso foi mágico: eu estava mudando meus arquivos de MSN de lugar, quando o Explorer encontrou um problema e precisou ser fechado. Acostumada às falhas sem sentido do Windows, eu cliquei no OK, e esperei o programa fechar (eles fazem isso muito lerda e travadamente)... De repente, minha barra de Inciar sumiu, e voltou com os programas numa ordem aleatória qualquer. Eu estava achando estranho, e rezando para a janela do Blogger não fechar, quando a barra sumiu de novo e voltou com a ordem inversa à original... *cara de pasmo total*... Meu, como o Windows é estranho!
Do que eu estava falando? Ah, sim, conversas... Não, não, esse assunto não é interessante. Vamos falar de outra coisa.
Eu resolvi ler Romeu e Julieta hoje. Ou ontem. Ou anteontem? *pára e pensa por alguns segundos* Pensando agora, isso foi sexta-feira (que quase pode-se chamar de anteontem...). Que lapso! Acho que é porque ontem não existiu. Quer dizer, existiu, mas foi um dia tão absurdo, que nem existiu de fato. Atrapalhou minha mente. Hoje de manhã eu vi minha avó. Mas hoje à tarde achei que fosse ontem de menhã. Aliás, isso tudo foi anteontem de manhã? Não, foi hoje de manhã. Ontem de manhã eu acordei, às 9h, tomei café, tomei banho, e por volta das 11h fui falar com minha mãe sobe o que tinha para fazer e como eu ia até a casa do Yuri (não, não havia possibilidade dela me proibir, sem ter um bom motivo!). Tudo assustadoramente de acordo com o roteiro. Ontem à noite pensei em levantar e escrever no blog, mas capotei em cima da cama, de roupa. Dormir de cinto é desconfortável. Acordei de manhã mas à tarde nào fazia idéia de em que dia estávamos. Ou talvez eu devesse falar menos com o Artur, ele me confunde muito... :þþþ Falei com o Artur. Perdi as esperanças e mesmo assim perguntei. Não porque houvesse qualquer chance, mas porque me sentiria muito mal se não o fizesse. Sentiria que perdera uma chance, mesmo sabendo que não havia essa chance. Perdi.
"O cravo brigou com a rosa
debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
e a rosa despedaçada..."
[música nada-a-ver...]
Do que eu estava falando? Ah! Romeu e Julieta! É um livro estúpidamente bom! Embora em não entenda direito as brigas sutis entre Romeu e Mercúrio... Talvez sejam mais compreensíveis na versão original, mas, por outro lado, meu inglês é apenas ruim o suficiente para eu não conseguir ler um Shakespeare original...
"O cravo ficou doente
a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
e a rosa pôs-se a chorar"
Mas, sei lá, ler é muito bom... Eu tinha esquecido de como ler é bom... Fazia tanto tempo que eu não lia um livro... Na próxima vez que formos ao parque, naiiri, vamos chegar cedo, por favor (eu sei que esse é um favor que eu mesma tenho que fazer), e vamos não ficar andando sem parar, indo a festivais tumultuados e não encontrando ninguém... Podemos sentar debaixo (ou de cima) de uma árvore e ficar lendo livros de poesias... Ou melhor: declamando-as em voz alta, ou cantando-as se for o caso...NOTA: levar instrumento musical. Se é que haverá uma próxima vez. *sorriso triste*
"Um dia frio
Um bom p'ra ler um livro
E o pensamento só em você
pois sem você não vivo..."
Está frio. Estava mais frio antes. O frio congela tudo, e a todos. Congela meus pensamentos, meus movimentos.
"E esse frio
que nos corta a pele,
perfurando a alma,
congelando o sangue;
só gerando máguas,
calafrio e dor
e febre; frio.
Chove o dia inteiro
chuva bem fininha
chuva assassina
que congela os pêlos,
e depois a pele,
e depois o sangue,
e depois o côrpo,
sim, o côrpo inteiro.
É o inverno,
é o próprio inferno
a estação da morte;
morrem plantas, morrem
morre gente, morre
morre a vida - morte."
Bruno G. Azem
Às vezes, fica tão frio que fica difícil sentir. Sentir, sentimento mesmo. Tudo parece longe. Difícil. Duro. Congela a alma.
"Little darling, it feels like years since it's been here..."
Na verdade, eu só não sinto frio quando eu tenho alguém que me aqueça. Não, mãe, não "descaradamente"... Ora, pessoas juntas, que não se sintam muito estranhas juntas, têm o direito e o dever Primeiro BOLD no post!! Que milagre... de se aquecer... Nem que seja usando a cabeça do outro de lareirinha... *começo a rir da lembrança, em voz alta, como é bastante raro*
Vejam minha situação: estou à 05:56 da manhã, morrendo de fome, enrolada no cobertor, escrevendo num Blogger que demora minutos para carregar, jogando KoC [NOTA: eu consegui subir mais de trinta mil posições no rank em uma noite...], e fazendo um desenho em conjunto com a Clara por MSN... Só que, vejam bem, eu estou usando o Paint e ela o Photoshop... Gente, té engraçado... ^^ Eu acabei de reparar que eu escrevi "té" no lugar de "'tá"... Esquisito...
Sabe o quê? Eu tinha um monte de coisa para dizer, mas não consigo lembrar o que era (talvez por estar escrevendo há umas doze horas) e acho melhor eu ir dormir.
Boa noite a todos.
Boa noite, meus amigos. Boa noite, meus leitores fiéis. Boa noite, Yuri, Brow, Tú e Ed (em ordem de freqüência de comentários). Boa noite, mãe. Boa noite, seres do ar. Boa noite, pessoas aleatórias como eu que venham a ler este blog num momento de ócio. Boa noite, meus irmãos de caça, de luta, de corrida, de blog, de conversas intermináveis no ICQ (e mais recentemente no MSN) sobre assuntos com conexão nenhuma, de noites em claro, de noites e nights, de passeios sem sentido pelos vários caminhos entre minha casa e a escola, de horas infinitas de desenho, de tardes agradabílissimas no parque, no colégio, em alguma Ação Comunitária, aqui em casa ou no shopping, de viagens a lugares nada-a-ver, de... vida. Boa noite, meus bichinhos de pelúcia ensacados e minhas "tranqueirinhas"...
Aliás, bom dia. Bom dia, luz do Sol. Bom dia, bom dia, bom dia. Bom dia, amor da minha vida. Eu sei que não te verei hoje, mas posso eu apenas lembrar de ti?
Bom dia, vida. V.I.D.A.. Sim, é uma boa definição de vida... *orgulhosa*
"O boa noite pra quem é de boa noite
O bom dia pra quem é de bom dia..."
Bom dia, liridas g'alambra!
... if my heart is blind, crucify my love if it sets me free...
Hoje eu passei o dia todo cantando músicas, músicas estranhas que foram adquirindo muito significado ao longo do dia... algumas só no finzinho...
"I used to love her, but I had to kill her...
I had to put her six feet under..."
Música nonsense... Hoje eu assisti do meio p'r'o fim d'O Chamado. O filme realmente não é tão bom, mas... é assustador. Não. Assustador nào, que ele não me assusta. Mas aflitivo. aflitivo, porque, no final, você pode até compreender os fatos, mas não sabe os motivos dos fatos, não sabe os porquês, que são sempre a parte mais interessante...
Hm. Eu tinha muito mais coisas para falar, mas entre conversas com o Artur e o pessoa (que... antitésico... =ô.ô=), meio filosóficas por sinal, acabei esquecendo das músicas... e das coisas interessantes que tinha para falar. Não, ter que reescrever o post NÃO ajudou nesse quesito...
Conversa com o Artur:
Lobz, a Tartulobinha rata-d'água diz: Eu tento te entender e não consigo. Talvez eu nunca tenha te conhecido de verdade... Antes daquela tarde, tinha apenas uma ou duas lembranças de você. Mais a sua voz... Mas ando à flor da pele, e qualquer uma das suas palavras me faz chorar.
Lobz: Entre aspas, se você quiser.
Artur - "Uivemos, disse o cão." (Livro das Vozes) diz: não entendi ^^
Lobz: Eu tava lendo o blog. O Nosso. Não que eu não já tenha decorado cada uma daquelas palavras, mas comecei a lê-las de novo. Sentindo o vazio, o passado, a loucura, o grito. Apenas sentindo.
Artur: O q estava lendo, mais exatamente?
Lobz: tudo. Não cada palavra, mas algumas, e todas. Todas.
Artur: =]
Artur: reler
Artur: =]
Lobz: Panos. =)
Artur: e lendas
Não, não fazemos sentido. Nessa conversa eu cheguei ao cúmulo de conversar sobre o Artur (entre outros) com o Ed e sobre o Ed com o Artur... E cheguei à conclusão geral (e muito conclusiva... ¬¬'') de que os dois são muito engraçados. Ou ridículos, é difícil dizer. Sim, eu sei que eles vão ler isto. Não, eu não me importo.
Ok, gente isso foi mágico: eu estava mudando meus arquivos de MSN de lugar, quando o Explorer encontrou um problema e precisou ser fechado. Acostumada às falhas sem sentido do Windows, eu cliquei no OK, e esperei o programa fechar (eles fazem isso muito lerda e travadamente)... De repente, minha barra de Inciar sumiu, e voltou com os programas numa ordem aleatória qualquer. Eu estava achando estranho, e rezando para a janela do Blogger não fechar, quando a barra sumiu de novo e voltou com a ordem inversa à original... *cara de pasmo total*... Meu, como o Windows é estranho!
Do que eu estava falando? Ah, sim, conversas... Não, não, esse assunto não é interessante. Vamos falar de outra coisa.
Eu resolvi ler Romeu e Julieta hoje. Ou ontem. Ou anteontem? *pára e pensa por alguns segundos* Pensando agora, isso foi sexta-feira (que quase pode-se chamar de anteontem...). Que lapso! Acho que é porque ontem não existiu. Quer dizer, existiu, mas foi um dia tão absurdo, que nem existiu de fato. Atrapalhou minha mente. Hoje de manhã eu vi minha avó. Mas hoje à tarde achei que fosse ontem de menhã. Aliás, isso tudo foi anteontem de manhã? Não, foi hoje de manhã. Ontem de manhã eu acordei, às 9h, tomei café, tomei banho, e por volta das 11h fui falar com minha mãe sobe o que tinha para fazer e como eu ia até a casa do Yuri (não, não havia possibilidade dela me proibir, sem ter um bom motivo!). Tudo assustadoramente de acordo com o roteiro. Ontem à noite pensei em levantar e escrever no blog, mas capotei em cima da cama, de roupa. Dormir de cinto é desconfortável. Acordei de manhã mas à tarde nào fazia idéia de em que dia estávamos. Ou talvez eu devesse falar menos com o Artur, ele me confunde muito... :þþþ Falei com o Artur. Perdi as esperanças e mesmo assim perguntei. Não porque houvesse qualquer chance, mas porque me sentiria muito mal se não o fizesse. Sentiria que perdera uma chance, mesmo sabendo que não havia essa chance. Perdi.
"O cravo brigou com a rosa
debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
e a rosa despedaçada..."
[música nada-a-ver...]
Do que eu estava falando? Ah! Romeu e Julieta! É um livro estúpidamente bom! Embora em não entenda direito as brigas sutis entre Romeu e Mercúrio... Talvez sejam mais compreensíveis na versão original, mas, por outro lado, meu inglês é apenas ruim o suficiente para eu não conseguir ler um Shakespeare original...
"O cravo ficou doente
a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
e a rosa pôs-se a chorar"
Mas, sei lá, ler é muito bom... Eu tinha esquecido de como ler é bom... Fazia tanto tempo que eu não lia um livro... Na próxima vez que formos ao parque, naiiri, vamos chegar cedo, por favor (eu sei que esse é um favor que eu mesma tenho que fazer), e vamos não ficar andando sem parar, indo a festivais tumultuados e não encontrando ninguém... Podemos sentar debaixo (ou de cima) de uma árvore e ficar lendo livros de poesias... Ou melhor: declamando-as em voz alta, ou cantando-as se for o caso...NOTA: levar instrumento musical. Se é que haverá uma próxima vez. *sorriso triste*
"Um dia frio
Um bom p'ra ler um livro
E o pensamento só em você
pois sem você não vivo..."
Está frio. Estava mais frio antes. O frio congela tudo, e a todos. Congela meus pensamentos, meus movimentos.
"E esse frio
que nos corta a pele,
perfurando a alma,
congelando o sangue;
só gerando máguas,
calafrio e dor
e febre; frio.
Chove o dia inteiro
chuva bem fininha
chuva assassina
que congela os pêlos,
e depois a pele,
e depois o sangue,
e depois o côrpo,
sim, o côrpo inteiro.
É o inverno,
é o próprio inferno
a estação da morte;
morrem plantas, morrem
morre gente, morre
morre a vida - morte."
Bruno G. Azem
Às vezes, fica tão frio que fica difícil sentir. Sentir, sentimento mesmo. Tudo parece longe. Difícil. Duro. Congela a alma.
"Little darling, it feels like years since it's been here..."
Na verdade, eu só não sinto frio quando eu tenho alguém que me aqueça. Não, mãe, não "descaradamente"... Ora, pessoas juntas, que não se sintam muito estranhas juntas, têm o direito e o dever Primeiro BOLD no post!! Que milagre... de se aquecer... Nem que seja usando a cabeça do outro de lareirinha... *começo a rir da lembrança, em voz alta, como é bastante raro*
Vejam minha situação: estou à 05:56 da manhã, morrendo de fome, enrolada no cobertor, escrevendo num Blogger que demora minutos para carregar, jogando KoC [NOTA: eu consegui subir mais de trinta mil posições no rank em uma noite...], e fazendo um desenho em conjunto com a Clara por MSN... Só que, vejam bem, eu estou usando o Paint e ela o Photoshop... Gente, té engraçado... ^^ Eu acabei de reparar que eu escrevi "té" no lugar de "'tá"... Esquisito...
Sabe o quê? Eu tinha um monte de coisa para dizer, mas não consigo lembrar o que era (talvez por estar escrevendo há umas doze horas) e acho melhor eu ir dormir.
Boa noite a todos.
Boa noite, meus amigos. Boa noite, meus leitores fiéis. Boa noite, Yuri, Brow, Tú e Ed (em ordem de freqüência de comentários). Boa noite, mãe. Boa noite, seres do ar. Boa noite, pessoas aleatórias como eu que venham a ler este blog num momento de ócio. Boa noite, meus irmãos de caça, de luta, de corrida, de blog, de conversas intermináveis no ICQ (e mais recentemente no MSN) sobre assuntos com conexão nenhuma, de noites em claro, de noites e nights, de passeios sem sentido pelos vários caminhos entre minha casa e a escola, de horas infinitas de desenho, de tardes agradabílissimas no parque, no colégio, em alguma Ação Comunitária, aqui em casa ou no shopping, de viagens a lugares nada-a-ver, de... vida. Boa noite, meus bichinhos de pelúcia ensacados e minhas "tranqueirinhas"...
Aliás, bom dia. Bom dia, luz do Sol. Bom dia, bom dia, bom dia. Bom dia, amor da minha vida. Eu sei que não te verei hoje, mas posso eu apenas lembrar de ti?
Bom dia, vida. V.I.D.A.. Sim, é uma boa definição de vida... *orgulhosa*
"O boa noite pra quem é de boa noite
O bom dia pra quem é de bom dia..."
Bom dia, liridas g'alambra!
sexta-feira, 23 de julho de 2004
Divagações
Coisas estranhas passam pela minha cabeça quando eu não estou escrevendo poesia nem fazendo lição de casa, sabe?
Quarta-feira retrasada, por exemplo. Aquele jogo da verdade não foi nem de longe tão bom quanto aquele outro, com o Gio, o John, o Luque e o Digo... Nossa que saudades do Digo... Faz tempo que não o vejo... Neeways, não foi um jogo exemplar, mas tiveram perguntar boas. Aliás, as minhas perguntas tiveram respostas muito interessantes... Algumas delas eu não entendi completamente; outras, talvez, eu preferia não ter entendido. Na verdade, foram as conversas paralelas que mais me confundiram, esclareceram, atolaram, escureceram, abismaram...
Algo que chamou muito minha atenção foi aquela discussão sobre o ódio. Eu disse que odiava o Bruno, porque ele foi a primeira das três pessoas que conseguiram me deixar realmente fula nos últimos tempo em quem eu pensei (as outras duas foram minha prima e a Ana Bruner, note-se). É óbvio que eu não "odeio" ele, como vocês acham que se pode odiar alguém, eu adoro ele, isso seria ilógico... Arg... Grr... ¬¬ Humpf! Mas não foi isso que me incomodou. É que eles falaram aquela frase, "quem diz que odeia o Bruno não sabe o que é ódio", como se fosse uma coisa ruim!!!! Absurdo!! Acho que eu nunca vou me conforma com isso... Eu nem sei como é possível eu odiar alguém... Não acho que seja possível... Eu não consigo.
Bizzarrices - I
Coisas realmente estranhas que eu encontro passeando pelos aquivos obscuros do meu computador.... Saca só essa viagem animalesca sem-noção usando o Alta Vista Translator!!
A garota olhou para a tela do computador, um sorriso fraco resistindo em seus lábios ressequidos. Respirou fundo, esforçando o diafragma cansado, forçando um coração preguiçoso. O peito pesado, não como suas pálpebras, o sono invadindo seu sistema como já lhe era costume. As mãos trabalhavam sem emoção, apertando na velocidade que sua energia ainda permitia as teclas sem vida. Apenas sua mente tentava realmente escapar do torpor que invadia seu corpo. Este que ansiava sofregamente por qualquer coisa desafiante e... ativa. O falso silêncio, a música morta da máquina imóvel, o som perturbante dos automóveis distantes. O tempo passado em vão. A necessidade de força e vida destruía sua vontade, dava-lhe dor de cabeça; sua mente divagava, quando finalmente o fogo aceso sem receio confirmou sua vontade primeira. Rindo, a garota voltou os olhos para o texto desconexo que via à sua frente. Nas primeiras palavras especificamente.
“Sei Shi tenryuu catapimba!” ... Há momentos em que o aleatorismo vence... Sorrindo, ela copiou o parágrafo e pô-lo abaixo do texto agora escrito.
“sei Shi tenryuu catapimba! Fui-me! Recusei tal pedido sem demora, em desespero profundo, e ciente da predita urgência, agonia que me atormentava e eu, em desalento, magoada no imo, âmago, no íntimo, na alma... Mas nada daquilo pôde me dizer qual era a derradeira verdade. E eu via o sangue escorrer por minhas mãos... E eu vi aquela dor... toda...”
Não pela primeira vez, ela se perguntava por que escolhera aquelas palavras, mesmo que inconscientemente. Vieram-lhe à mente sem esforço, pois tudo não passava de uma brincadeira... Mas ela nunca pensara em pedidos... recusados, ainda... em suas histórias. Aliás, pelo texto escrito há tanto tempo, sem razão ou utilidade, apenas para que o tempo passasse mais rápido... Pelo texto ela deduziria que recusara por falta de tempo. Para terminar uma conversa rapidamente.E por que a mágoa profunda? Talvez a razão da urgência e mágoa tivesse interrompido a conversa, que começara sem o importúnio... Não que fosse qualquer coisa decisiva. A verdade permanecia incerta... e provavelmente uma das alternativas colocava-a como culpada. A dor e o sangue.... Mesmo que sob influência de histórias desenhadas, o massacre vinha-lhe logo à mente. Na verdade, ela admitia, escrevera sobre a mágoa “no imo, âmago, no íntimo, no íntimo, na alma”, e a própria palavra “derradeira” em desafio ao programa...
Só então ela percebeu que nunca realmente parara para pensar naquelas palavras. Mas novamente um sorriso se formou em seu rosto, lembrando-a do porquê de o texto ter se tornado tão interessante.... “Translate”, murmurou a garota, procurando o trecho que copiaria a seguir.
“I know Shi tenryuu catapimba! I was myself! I refused such order without delay, in deep desperation, and cliente of the predicted urgency, agony that tormented me and I, in I discourage, magoada in imo, âmago, in the soul, the soul... But nothing of that it could say which age the last truth to me. E I by the blood to drain for my hands... E I saw that pain... all...
--
And I drawnd on that warm blood, diying, feeling that all was suddenly wrong, and I flought, fought, thought.... flyied... flied... I dreamd.”
O riso verdadeiro aflorou quando leu aquelas palavras. Por tão ridículas que eram. Nunca esperara que o programa de tradução, por pior que fosse, transformasse tão absurdamente seu texto. Por outro lado, também seu inglês era péssimo, pelas linhas que acrescentara. Ficara a tentar qual seria a palavra certa para o que queria, sem dar sentido ao todo. Pelo que seria quase impossível traduzir de volta para o português. Entratanto, tentou:
“Eu sei Shi tenryuu catapimba! Eu era eu mesma! Eu recusei tal ordem sem demora, em profundo desespero, e cliente(?) da predita urgência, agonia que atormentou-me e eu, desencorajada, magoada em imo, âmago, na alma, a alma... Mas nada de que isso poderia dizer qual...” . Parou. Não fazia sentido. Tentou de outro modo. Inútil tentar manter a pontuação. “Mas, nada disso, isso poderia dizer qual Era, a última verdade para mim. E eu pelo sangue para drenar por minhas....” . Decididamente, não. “E eu pelo sangue a drenar para minhas mãos... E eu vi aqula dor... Tudo...”
“E eu afoguei-me naquele sangue morno, morrendo, sentindo que tudo era de súbito errado, e eu plentei, lutei, pensei... voei... vooei... Eu sonhei.”
Tecnicamente seria algo assim. Mas ela sabia o quão inútil era tentar traduzir um jogo de palavras como esse. As palavras ainda chamavam sua atenção de modo estranho. Era... A Idade parecia de suma importância para a compreensão do trecho. A última verdade seria uma Era. Algo que permanecia incógnita. “E eu pelo sangue a drenar para minhas mãos...”. Ela admirava a frase, fascinada. Não havia o que pensar ou explicar ou não entender sobre aquela frase. Parecia óbvia. Perfeita, quando considerada a mudança súbita de cenário.
Para afirmar que ela era ela mesma, a pessoa deveria ter experimentado não sê-la, ou outros já não eram os mesmos... Agora, em vez de saber que havia razão para pressa, parecia tirar proveito da situação, mesmo que ela ainda representasse uma agonia. Dessa vez, porém, a pessoa perdera a coragem para avançar, talvez por sua mágoa, talvez para a razão de sua mágoa. Então, tentava afastar a indecisão e tomar coragem, pois render-se à mágoa revelaria a última verdade... a Era. A última verdade restante no mundo não poderia ser exposta, pois então acabaria se tornando mentira como todas as outras antes dela.
A garota sorriu, orglhosa. Gostava de perceber o quanto era capaz de formular e resolver. Mas algo a perturbava. “E I, by the blood to drain for my hands...”. Adicionara uma vírgula, e a frase era outra. “...em nome do sangue que drena para minhas mãos... eu vi aquela dor...”. Fazia algum sentido. Assim, não vira por si, mas por algo mais. Um princípio. Um motivo. De quem era o sangue que suas mãos recolhiam? Por que o sangue entrava em suas veias.? Seria não o primeiro.? Mas... Voltou a olhar a frase original. “E I saw that pain...”. O ‘E’ destruía facilmente sua idéia.
“E eu pelo sangue a drenar para minhas mãos”. Talvez visse-se no sangue – eu estava pelo sangue... –, talvez fosse seu próprio reflexo. De fato, o que mais intrigava era o “a drenar para minhas mãos”. A palavra ‘para’ poderia ser ‘destino’ ou ‘motivo’. No primeiro caso, o sangue pareceria entrar em suas mãos. Mas e no segundo? Certamente seria para o bem das mãos, mas por quê?
Destruiu a linha de pensamento. Talvez, ao invés de ‘reflexo’, ela sentisse sua própria existência em cada célula de seu sangue, que agora drenavam para suas mãos por suas veias. Como seria de se esperar em um ser humano normal, vivo e com mãos. A frase serviria para reforçar a idéia de que a pessoa viu e sentiu aquela dor toda... Com cada uma das ‘eus’ em seu sangue. O mesmo sangue onde ela se afogou. Afogou-se, realmente, em mágoa, dor, desespero. Em seus próprios pensamentos, errados, contraditórios, que a engoliam e a matavam mais eficientemente... Um milhão de vozes gritando tudo o que ela não quereria ouvir. Ao mesmo tempo ela lutou e pensou, e lutou contra seus pensamentos, e contra tudo.... E voou...para bem longe...já que tudo era errado e doloroso, ela simplesmente voou numa fuga... Num sonho. Ou acordando de um pesadelo.?
A garota respirou fundo, observando o relógio. 3:09 da madrugada. Um pouco tarde. Mesmo assim, ela respirou fundo e observou o próximo trecho a ser copiado. Não, ela não ousaria destruir um trecho bom como aquele por causa do sono. Melhor deixar para depois...
[escrito durante o segundo semestre de 2002... Nossa, quanto tempo!]
Meu... muuuuuuito sem noção... Quem entender, me explica!
Beijos, raneriiy! See ya!
A garota olhou para a tela do computador, um sorriso fraco resistindo em seus lábios ressequidos. Respirou fundo, esforçando o diafragma cansado, forçando um coração preguiçoso. O peito pesado, não como suas pálpebras, o sono invadindo seu sistema como já lhe era costume. As mãos trabalhavam sem emoção, apertando na velocidade que sua energia ainda permitia as teclas sem vida. Apenas sua mente tentava realmente escapar do torpor que invadia seu corpo. Este que ansiava sofregamente por qualquer coisa desafiante e... ativa. O falso silêncio, a música morta da máquina imóvel, o som perturbante dos automóveis distantes. O tempo passado em vão. A necessidade de força e vida destruía sua vontade, dava-lhe dor de cabeça; sua mente divagava, quando finalmente o fogo aceso sem receio confirmou sua vontade primeira. Rindo, a garota voltou os olhos para o texto desconexo que via à sua frente. Nas primeiras palavras especificamente.
“Sei Shi tenryuu catapimba!” ... Há momentos em que o aleatorismo vence... Sorrindo, ela copiou o parágrafo e pô-lo abaixo do texto agora escrito.
“sei Shi tenryuu catapimba! Fui-me! Recusei tal pedido sem demora, em desespero profundo, e ciente da predita urgência, agonia que me atormentava e eu, em desalento, magoada no imo, âmago, no íntimo, na alma... Mas nada daquilo pôde me dizer qual era a derradeira verdade. E eu via o sangue escorrer por minhas mãos... E eu vi aquela dor... toda...”
Não pela primeira vez, ela se perguntava por que escolhera aquelas palavras, mesmo que inconscientemente. Vieram-lhe à mente sem esforço, pois tudo não passava de uma brincadeira... Mas ela nunca pensara em pedidos... recusados, ainda... em suas histórias. Aliás, pelo texto escrito há tanto tempo, sem razão ou utilidade, apenas para que o tempo passasse mais rápido... Pelo texto ela deduziria que recusara por falta de tempo. Para terminar uma conversa rapidamente.E por que a mágoa profunda? Talvez a razão da urgência e mágoa tivesse interrompido a conversa, que começara sem o importúnio... Não que fosse qualquer coisa decisiva. A verdade permanecia incerta... e provavelmente uma das alternativas colocava-a como culpada. A dor e o sangue.... Mesmo que sob influência de histórias desenhadas, o massacre vinha-lhe logo à mente. Na verdade, ela admitia, escrevera sobre a mágoa “no imo, âmago, no íntimo, no íntimo, na alma”, e a própria palavra “derradeira” em desafio ao programa...
Só então ela percebeu que nunca realmente parara para pensar naquelas palavras. Mas novamente um sorriso se formou em seu rosto, lembrando-a do porquê de o texto ter se tornado tão interessante.... “Translate”, murmurou a garota, procurando o trecho que copiaria a seguir.
“I know Shi tenryuu catapimba! I was myself! I refused such order without delay, in deep desperation, and cliente of the predicted urgency, agony that tormented me and I, in I discourage, magoada in imo, âmago, in the soul, the soul... But nothing of that it could say which age the last truth to me. E I by the blood to drain for my hands... E I saw that pain... all...
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And I drawnd on that warm blood, diying, feeling that all was suddenly wrong, and I flought, fought, thought.... flyied... flied... I dreamd.”
O riso verdadeiro aflorou quando leu aquelas palavras. Por tão ridículas que eram. Nunca esperara que o programa de tradução, por pior que fosse, transformasse tão absurdamente seu texto. Por outro lado, também seu inglês era péssimo, pelas linhas que acrescentara. Ficara a tentar qual seria a palavra certa para o que queria, sem dar sentido ao todo. Pelo que seria quase impossível traduzir de volta para o português. Entratanto, tentou:
“Eu sei Shi tenryuu catapimba! Eu era eu mesma! Eu recusei tal ordem sem demora, em profundo desespero, e cliente(?) da predita urgência, agonia que atormentou-me e eu, desencorajada, magoada em imo, âmago, na alma, a alma... Mas nada de que isso poderia dizer qual...” . Parou. Não fazia sentido. Tentou de outro modo. Inútil tentar manter a pontuação. “Mas, nada disso, isso poderia dizer qual Era, a última verdade para mim. E eu pelo sangue para drenar por minhas....” . Decididamente, não. “E eu pelo sangue a drenar para minhas mãos... E eu vi aqula dor... Tudo...”
“E eu afoguei-me naquele sangue morno, morrendo, sentindo que tudo era de súbito errado, e eu plentei, lutei, pensei... voei... vooei... Eu sonhei.”
Tecnicamente seria algo assim. Mas ela sabia o quão inútil era tentar traduzir um jogo de palavras como esse. As palavras ainda chamavam sua atenção de modo estranho. Era... A Idade parecia de suma importância para a compreensão do trecho. A última verdade seria uma Era. Algo que permanecia incógnita. “E eu pelo sangue a drenar para minhas mãos...”. Ela admirava a frase, fascinada. Não havia o que pensar ou explicar ou não entender sobre aquela frase. Parecia óbvia. Perfeita, quando considerada a mudança súbita de cenário.
Para afirmar que ela era ela mesma, a pessoa deveria ter experimentado não sê-la, ou outros já não eram os mesmos... Agora, em vez de saber que havia razão para pressa, parecia tirar proveito da situação, mesmo que ela ainda representasse uma agonia. Dessa vez, porém, a pessoa perdera a coragem para avançar, talvez por sua mágoa, talvez para a razão de sua mágoa. Então, tentava afastar a indecisão e tomar coragem, pois render-se à mágoa revelaria a última verdade... a Era. A última verdade restante no mundo não poderia ser exposta, pois então acabaria se tornando mentira como todas as outras antes dela.
A garota sorriu, orglhosa. Gostava de perceber o quanto era capaz de formular e resolver. Mas algo a perturbava. “E I, by the blood to drain for my hands...”. Adicionara uma vírgula, e a frase era outra. “...em nome do sangue que drena para minhas mãos... eu vi aquela dor...”. Fazia algum sentido. Assim, não vira por si, mas por algo mais. Um princípio. Um motivo. De quem era o sangue que suas mãos recolhiam? Por que o sangue entrava em suas veias.? Seria não o primeiro.? Mas... Voltou a olhar a frase original. “E I saw that pain...”. O ‘E’ destruía facilmente sua idéia.
“E eu pelo sangue a drenar para minhas mãos”. Talvez visse-se no sangue – eu estava pelo sangue... –, talvez fosse seu próprio reflexo. De fato, o que mais intrigava era o “a drenar para minhas mãos”. A palavra ‘para’ poderia ser ‘destino’ ou ‘motivo’. No primeiro caso, o sangue pareceria entrar em suas mãos. Mas e no segundo? Certamente seria para o bem das mãos, mas por quê?
Destruiu a linha de pensamento. Talvez, ao invés de ‘reflexo’, ela sentisse sua própria existência em cada célula de seu sangue, que agora drenavam para suas mãos por suas veias. Como seria de se esperar em um ser humano normal, vivo e com mãos. A frase serviria para reforçar a idéia de que a pessoa viu e sentiu aquela dor toda... Com cada uma das ‘eus’ em seu sangue. O mesmo sangue onde ela se afogou. Afogou-se, realmente, em mágoa, dor, desespero. Em seus próprios pensamentos, errados, contraditórios, que a engoliam e a matavam mais eficientemente... Um milhão de vozes gritando tudo o que ela não quereria ouvir. Ao mesmo tempo ela lutou e pensou, e lutou contra seus pensamentos, e contra tudo.... E voou...para bem longe...já que tudo era errado e doloroso, ela simplesmente voou numa fuga... Num sonho. Ou acordando de um pesadelo.?
A garota respirou fundo, observando o relógio. 3:09 da madrugada. Um pouco tarde. Mesmo assim, ela respirou fundo e observou o próximo trecho a ser copiado. Não, ela não ousaria destruir um trecho bom como aquele por causa do sono. Melhor deixar para depois...
[escrito durante o segundo semestre de 2002... Nossa, quanto tempo!]
Meu... muuuuuuito sem noção... Quem entender, me explica!
Beijos, raneriiy! See ya!
O inverno não dura sempre...
...não teremos mais que cavar a lama...
Ai! ai... *sorriso graaande* ^__________^
Estou feliz. Faz tempo que não fico feliz. Mas estou feliz. Minhas costas doem. faz tempo que minhas costas não doem, mas minhas costas doem e eu estou feliz, como fazia tempo que eu não estava feliz! O sol está brilhando... Faz tempo que não vejo o sol brilhar! As folhas verdes, verdes!, o céu azul... Azul! Azul, azul, azul-azul-azul, azulazul azul azula zula zuala zual azul azul azul aula zula zuaklzualzuaazulazulazulazul azulazulaulazul azulazulazulazulaulazul... Sabem que, em curtas distâncias, o bípede tem vantagem sobre o quadrúpede na corrida, por causa do tempo que o quadrúpede leva para acertar os passos?
Eu ia começar um post assim:
Mas acabei desistindo, depois de olhar p'ro céu e dar um sorriso sincero...
Mas isso foi depois de receber uma mesagem do Y-kun e começar uma convesa com o Luque... ^^ Valeu, dois!
Teh-he-hee... =ü= Eu tô vestindo três meias, duas calças, uma camiseta, uma blusa e um colete, fora as luvas de lhama e o capuz... pensando sèriamente em vestir um casaco... Mas tô tão feliz que não me incomoda! A dor nas costas, típica de dias frios, não me incomoda!
E isso tudo só por sua causa... Cara, eu te amo. Tsc, você sabe disso ^^ Eu sei que sim.
"As the creeper that girdles the tree-trunk the law runneth foward and back
— for the strenght of the pack is the wolf, and the strenght of the wolf is the pack!"
Ai! ai... *sorriso graaande* ^__________^
Estou feliz. Faz tempo que não fico feliz. Mas estou feliz. Minhas costas doem. faz tempo que minhas costas não doem, mas minhas costas doem e eu estou feliz, como fazia tempo que eu não estava feliz! O sol está brilhando... Faz tempo que não vejo o sol brilhar! As folhas verdes, verdes!, o céu azul... Azul! Azul, azul, azul-azul-azul, azulazul azul azula zula zuala zual azul azul azul aula zula zuaklzualzuaazulazulazulazul azulazulaulazul azulazulazulazulaulazul... Sabem que, em curtas distâncias, o bípede tem vantagem sobre o quadrúpede na corrida, por causa do tempo que o quadrúpede leva para acertar os passos?
Eu ia começar um post assim:
"Aqui faz tanto frio, chove lá fora...chove minha alma, isso sim...
Me deu saudades de você...
Aonde está você? Me telefona..."
Me chama, me chama, me chama! Cara, que saudade, me nada, que FALTA! 'Tá tão frio... aqui... Quero meu cobertor, meu travesseiro, meu colchão fofinho... Quero me aninhar para sempre em teus braços, naiyri! Por que eles não estão aqui?!Por quê...? Já tiveram a impressão de que, apesar de tudo, só alguns amigos não bastam? Você precisa daqueles, certos, com quem tudo dá certo, com quem você pode falar tudo... Não ter medo, não calar sem saber direito se pode ou não falar a verdade... Ontem eu fui no Senzala, mó restaurante chique, e eu de capuz e luvinhas de lhama, me sentindo fora de lugar, com resquícios de uma suástica vemelha carimbada no pulso, com frio, com uns amigos que eu adoro falando em grupinhos imbecis, sobre coisas toscas, e eu... me sentindo meio desnexada, perdida... Pensando em você... Droga, volta p'ra mim!
Mas acabei desistindo, depois de olhar p'ro céu e dar um sorriso sincero...
Mas isso foi depois de receber uma mesagem do Y-kun e começar uma convesa com o Luque... ^^ Valeu, dois!
Teh-he-hee... =ü= Eu tô vestindo três meias, duas calças, uma camiseta, uma blusa e um colete, fora as luvas de lhama e o capuz... pensando sèriamente em vestir um casaco... Mas tô tão feliz que não me incomoda! A dor nas costas, típica de dias frios, não me incomoda!
E isso tudo só por sua causa... Cara, eu te amo. Tsc, você sabe disso ^^ Eu sei que sim.
"As the creeper that girdles the tree-trunk the law runneth foward and back
— for the strenght of the pack is the wolf, and the strenght of the wolf is the pack!"
segunda-feira, 19 de julho de 2004
Me Matem. Ponto.
Algo deu errado hoje. Talvez seja a hora, meu corpo cansado e o frio do cão... Talvez seja o texto cheio de xingamentos e gritos do Artur ecoando na minha mente. Talvez seja a falta de amigos, muito embora um grande amigo meu esteja aqui, nessa casa... Cadê? eu pergunto. E não há revolta... Talvez seja apenas o layout estranho do blogger.com, ou as meninas desconhecidas parecidas com a Lubis (e amigas dela, note-se) e ficaram tão felizes, rindo.. e eu simplesmente não queria rir com eles... Talvez sejam os programas que nunca dão certo. Os amigos dos meus amigos que não são os meus. A saudade. Chega! eu grito, e o som que não é som (é treva) se perde na escuridão no meu peito vazio. Eu tenho frio, fome, sede. Eu penso em coisas, mas não posso contá-las a ninguém... Eu quero me matar só para saber como é morrer, me suicidar, fugir de casa... Eu quero uma festa, com música e dança... Eu quero o sol, se hoje o sol sair, e chuva se a chuva cair... O vento na cara, o gosto do sangue, do teu sangue... Quero o calor dos teus braços e o vazio do teu olhar... Por favor alguém me dê um coração... Eu morro de mêdo, não quero não poder te ver... Eu te quero aqui, do meu lado... Droga, eu tinha tanta coisa boa para contar, tanta beleza, tanta alegria... A chuva caindo e eu te prometo o Sol... o Sol... O dia só podia estar mais perfeito se você estivesse aqui do meu lado... Eu devia ter escrevido ontem, quando estava tudo certo... Mas eu prometi, Lú, eu não quebrei minha promessa, eu juro... Eu quero olhar nos teus olhos, me achar nos teus olhos, dizer que te amo. Te amo, te amo, te amo. Mais, muito mais do que você imagina. E enfim bagunçar os seus cabelos, te abraçar, largar esse desejo de você... Não quero mais saber de nada. Já disse tanta coisa, e era tudo mentira... E quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu... Quem grita vive contigo... Quero viver, sentir que você estará sempre aqui e um dia descobrir que menti, 'tá tudo errado... Minha mão esquerda está quente; a direita, gelada. Minha mão direita dói. O ombro não. Por dois dias dormi em bicama. Dois dias... I'd love to tu-urn yo-ou o-on... Meus pensamentos não fazem sentido... If the sun don't come you get a tan for standing in the English rain... O que eu estou fazendo aqui? Será que tudo o que eu pensei em escrever está fadado a desaparecer no vácuo?
terça-feira, 13 de julho de 2004
Como Tomar Banho no Rio
[postando coisas idiotas por puro aleatorismo]
1. Lembre-se sempre de retirar shampoo, condicionador e sabonete da necessaire antes de se molhar, para não fazer caca.
2. Suba na amurada do segundo andar do barco e respire fundo, sinta o vento batendo (se houver vento) e olhe para o sol.
3. Olhe para a água, e simplesmente pule. Escolha, nessa hora, se vai pular de cabeça ou mortal.
5. Tire a roupa, e chacoalhe-a um pouco na água. Espere a fila diminuir e suba no barco.
6. Vá para o segundo andar. Passe shampoo e empolgue-se! Emsaboe a camisa e o shorts, esfregue-os bastante e vista-os de novo.
7. Suba na amurada com ombro de apoio e salte de cabeça.
8. Nade, mergulhe, faça bagunça. Tire a roupa e esfregue-a bem. Suba no barco.
9. Suba, estenda a roupa no varal, passe condicionador, ennsaboe-se, suba na amurada com ajuda outra vez e salte lá de cima como quiser.
Fim.
1. Lembre-se sempre de retirar shampoo, condicionador e sabonete da necessaire antes de se molhar, para não fazer caca.
2. Suba na amurada do segundo andar do barco e respire fundo, sinta o vento batendo (se houver vento) e olhe para o sol.
3. Olhe para a água, e simplesmente pule. Escolha, nessa hora, se vai pular de cabeça ou mortal.
a. Se for pular de cabeça, lembre-se de fechar as mãos na frente da cabeça e tente endireitar o corpo.4. Nade um pouco, para relaxar. massageie as partes chapadas que estiverem doendo (não adianta nada, mas tem um efeito psicológico qualquer).
b. Se fo pula de cabeça, vai na fé, e tenta não chapa as costas, que DÓI.
5. Tire a roupa, e chacoalhe-a um pouco na água. Espere a fila diminuir e suba no barco.
6. Vá para o segundo andar. Passe shampoo e empolgue-se! Emsaboe a camisa e o shorts, esfregue-os bastante e vista-os de novo.
7. Suba na amurada com ombro de apoio e salte de cabeça.
8. Nade, mergulhe, faça bagunça. Tire a roupa e esfregue-a bem. Suba no barco.
9. Suba, estenda a roupa no varal, passe condicionador, ennsaboe-se, suba na amurada com ajuda outra vez e salte lá de cima como quiser.
Fim.
Tanto mar...
Sei porém que é preciso, ai, navegar, navegar...
Olho para a tela, olho para o teclado, para minhas mãos com meus olhos cansados. Respiro fundo e aspiro esse ar parado. Quem fechou minha janela? Quem calou minha voz de quem não pode parar de cantar?
"Nunca mais, nunca mais eu parei de cantar"
Sinto meu pé dormente, e isso não me causa nada. Meu ombro direito dói. Como sempre. Mas isso também não me importa. Olho pela janela. Lá fora, o dia morre, e eu continuo a perder tempo.
Fisicamente, eu estou um lixo; emocionalmente, (eu estou um caco) eu estou com SAUDADES!! Eu passei cinco dias tentando não pensar em você. Passei três ou quatro vivendo sem você... Agora, que faço eu da minha vida sem você? Tudo perdeu o sentido. Quase tudo perdeu o motivo. Ontem, me encolhi em mim mesma e consegui não pensar em nada. Hoje, não é mais possível. Amanhã, apareçam aqui em casa... não quero ter que passar mais um dia vazio, doloroso, inútil.
"Eu te amo porque te amo, e amor é estado de graça."
Fecham-se as cortinas. Uma música estranha começa a tocar. Atrás de minhas pálpebras, vejo teus olhos me encarando. Ou será que não olham para mim? Examino o reflexo em teus olhos. Uma gota de sangue escorre. Não consigo fechar os olhos.
"Chorei até ficar cansado de ver os olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro
Há flores por todos os lados, há flores em tudo o que eu vejo
Há flores cobrindo o telhado e o resto do meu corpo inteiro"
Olho para baixo, para minhas mãos. Meu ombro dói. Ninguém aparecerá para me fazer uma massagem, para deitar sob uma árvore comigo; ninguém me dará o abraço que eu tanto quero. Deixa eu dizer que te amo? Deixa eu querer você mais do que é possível? Sinto em meus olhos as lágrimas que se formam. Tudo tem um fim.
Descobri algumas coisas fundamentais nessa viagem. A primeira, a mais importante, é que existem pelo menos três que eu amo, que eu já sabia, pelo menos um pouco, que eu amo, mas descobri que meu amor por elas é muito maior do que eu imaginava...
Eu te amo mais. Muito mais.
A segunda, é que eu consigo viver sem você, mas não sem pensar em você. E não consigo viver sozinha. E é horrível te que viver sem você...
Dizem que "aqueles que te amam nunca te abandonam"... Nunca acreditei nessa frase. Até aquele sábado fatídico. Entrei no avião, sentei-me no meu lugar, e fiquei sozinha, sem nenhum amigo com quem conversar (naquela época, não tinha muitos amigos comigo). Olhei pela janela, o sol ou a lua não iluminava a cidade tão crua... Tirei do bolso um álbum de fotos e fui passando, admirando uma por uma. Demorava-me naquele primeiro pégaso azul, correndo, fugindo, lindo, e sorria. Meus irmãos, não precisava de uma foto deles, já os sabia de cor... — lembrava que minha irmã não se despedira direito de mim. Meu primo, uma amiga da minha irmã, me lembravam de duas realidades, uma delas, bastante vazia de significado, a outra, fundamental. Depois, o Luque, e a Ma Strass: o primeiro, um amigo para toda vida, mais meu do que de muitos, que eu amo do fundo do peito; a segunda, uma pessoa alegre, que poderia ter se tornado uma grande amiga, mas acabou sendo apenas uma amiga de uma amiga, ou algo assim. Sombria, viro a página, e encontro dois homens de branco, cabelo curto, castanho, olhos castanhos, e um olhar estranho: Digo e Ed. Fico confusa com o que senti vendo essas fotos. Na hora, me pareceram apenas pessoas que eu conheço. Agora, sinto a falta deles, como se eles fossem braços que me escaparam há muito tempo. Viro a página. Um Yuri verde, com um sorriso grande demais, forçado, vazio. Balanço a cabeça, senti um ---, aquela foto também não significava nada... Nenhuma delas tinha qualquer significado. A última foto não era de uma pessoa, mas de um grupo, que eu amo muito. Sorri. Não sei se foi essa foto, se foram os desenhos, as palavras do meu bloquinho de notas, ou simplesmente um pensamento, mas algo me fez feliz, me fez sentir alguma coisa, me fez encontrar uma razão para sorrir. Me fez entender que eu não estava sozinha. Fiquei feliz. E confusa. Até então, achava que o amor era uma coisa muito física: você sente uma saudade absurda de abraçar, de conversar, ouvir a voz, ver o outro... De repente, entendi que, só de amar uma pessoa, você não está sozinho. Nunca.
Amanhã (quarta-feira, dia 14 de julho) vou fazer uma pseudo-festa para rever os amigos!! Pessoal, venham a partir do almoço e tragam algum lanche (tipo lanche comunitário de escola... :þþþ)
Aa conversas com o Yuri e com a Lú o e Artur (ao mesmo tempo, uma no telefone e outro no celular) me deixaram num mood muito sussa... Agora... Essa música reflete totalmente meus sentimentos... Eu a canto o dia todo, feliz, saudosa, triste, desesperada, sussa, tomando banho, escrevendo, dormindo... Quando a cantei em Itacoatiara, não imaginava que o resto da letra também fosse perfeito...
Eu te Devoro
Djavan
Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preço
Porque te ignoro, te conheço
Quando chove ou quando faz frio
Noutro plano
Te devoraria tal Caetano a Leonardo di Caprio
É um milagre tudo que Deus criou pensando em você
Fez a Via Láctea, fez os dinossauros
Sem pensar em nada fez a minha vida e te deu
Sem contar os dias que me faz morrer
Sem saber de ti, jogado à solidão
Mas se quer saber se eu quero outra vida, não, não
Eu quero mesmo é viver
Pra esperar, esperar devorar você
Hoje eu sou uma gatinha. A lobzmina virou lobzgata. Recebi afago atrás da orelha (não tem nada mais relaxante), e pude lamber, morder, ronronar (tentar, na verdade) e miar, se bem que isso eu faço o tempo todo.Eu escrevi isso há mais ou menos um mês, neste mesmo blog. Começo este post com um trecho que reflete exatamente o oposto do que estou sentindo. E o que estou sentindo?
Eu estou começando a falar bobagem, não estou?
Adoro emaranhados (a menos, é claro, que o meu cabelo esteja envolvido)... Adoro ser feliz. ^^
Boa noite... *boceja*
Olho para a tela, olho para o teclado, para minhas mãos com meus olhos cansados. Respiro fundo e aspiro esse ar parado. Quem fechou minha janela? Quem calou minha voz de quem não pode parar de cantar?
"Nunca mais, nunca mais eu parei de cantar"
Sinto meu pé dormente, e isso não me causa nada. Meu ombro direito dói. Como sempre. Mas isso também não me importa. Olho pela janela. Lá fora, o dia morre, e eu continuo a perder tempo.
Fisicamente, eu estou um lixo; emocionalmente, (eu estou um caco) eu estou com SAUDADES!! Eu passei cinco dias tentando não pensar em você. Passei três ou quatro vivendo sem você... Agora, que faço eu da minha vida sem você? Tudo perdeu o sentido. Quase tudo perdeu o motivo. Ontem, me encolhi em mim mesma e consegui não pensar em nada. Hoje, não é mais possível. Amanhã, apareçam aqui em casa... não quero ter que passar mais um dia vazio, doloroso, inútil.
"Eu te amo porque te amo, e amor é estado de graça."
Fecham-se as cortinas. Uma música estranha começa a tocar. Atrás de minhas pálpebras, vejo teus olhos me encarando. Ou será que não olham para mim? Examino o reflexo em teus olhos. Uma gota de sangue escorre. Não consigo fechar os olhos.
"Chorei até ficar cansado de ver os olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro
Há flores por todos os lados, há flores em tudo o que eu vejo
Há flores cobrindo o telhado e o resto do meu corpo inteiro"
Olho para baixo, para minhas mãos. Meu ombro dói. Ninguém aparecerá para me fazer uma massagem, para deitar sob uma árvore comigo; ninguém me dará o abraço que eu tanto quero. Deixa eu dizer que te amo? Deixa eu querer você mais do que é possível? Sinto em meus olhos as lágrimas que se formam. Tudo tem um fim.
Descobri algumas coisas fundamentais nessa viagem. A primeira, a mais importante, é que existem pelo menos três que eu amo, que eu já sabia, pelo menos um pouco, que eu amo, mas descobri que meu amor por elas é muito maior do que eu imaginava...
Eu te amo mais. Muito mais.
A segunda, é que eu consigo viver sem você, mas não sem pensar em você. E não consigo viver sozinha. E é horrível te que viver sem você...
Dizem que "aqueles que te amam nunca te abandonam"... Nunca acreditei nessa frase. Até aquele sábado fatídico. Entrei no avião, sentei-me no meu lugar, e fiquei sozinha, sem nenhum amigo com quem conversar (naquela época, não tinha muitos amigos comigo). Olhei pela janela, o sol ou a lua não iluminava a cidade tão crua... Tirei do bolso um álbum de fotos e fui passando, admirando uma por uma. Demorava-me naquele primeiro pégaso azul, correndo, fugindo, lindo, e sorria. Meus irmãos, não precisava de uma foto deles, já os sabia de cor... — lembrava que minha irmã não se despedira direito de mim. Meu primo, uma amiga da minha irmã, me lembravam de duas realidades, uma delas, bastante vazia de significado, a outra, fundamental. Depois, o Luque, e a Ma Strass: o primeiro, um amigo para toda vida, mais meu do que de muitos, que eu amo do fundo do peito; a segunda, uma pessoa alegre, que poderia ter se tornado uma grande amiga, mas acabou sendo apenas uma amiga de uma amiga, ou algo assim. Sombria, viro a página, e encontro dois homens de branco, cabelo curto, castanho, olhos castanhos, e um olhar estranho: Digo e Ed. Fico confusa com o que senti vendo essas fotos. Na hora, me pareceram apenas pessoas que eu conheço. Agora, sinto a falta deles, como se eles fossem braços que me escaparam há muito tempo. Viro a página. Um Yuri verde, com um sorriso grande demais, forçado, vazio. Balanço a cabeça, senti um ---, aquela foto também não significava nada... Nenhuma delas tinha qualquer significado. A última foto não era de uma pessoa, mas de um grupo, que eu amo muito. Sorri. Não sei se foi essa foto, se foram os desenhos, as palavras do meu bloquinho de notas, ou simplesmente um pensamento, mas algo me fez feliz, me fez sentir alguma coisa, me fez encontrar uma razão para sorrir. Me fez entender que eu não estava sozinha. Fiquei feliz. E confusa. Até então, achava que o amor era uma coisa muito física: você sente uma saudade absurda de abraçar, de conversar, ouvir a voz, ver o outro... De repente, entendi que, só de amar uma pessoa, você não está sozinho. Nunca.
Amanhã (quarta-feira, dia 14 de julho) vou fazer uma pseudo-festa para rever os amigos!! Pessoal, venham a partir do almoço e tragam algum lanche (tipo lanche comunitário de escola... :þþþ)
Aa conversas com o Yuri e com a Lú o e Artur (ao mesmo tempo, uma no telefone e outro no celular) me deixaram num mood muito sussa... Agora... Essa música reflete totalmente meus sentimentos... Eu a canto o dia todo, feliz, saudosa, triste, desesperada, sussa, tomando banho, escrevendo, dormindo... Quando a cantei em Itacoatiara, não imaginava que o resto da letra também fosse perfeito...
Eu te Devoro
Djavan
Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preço
Porque te ignoro, te conheço
Quando chove ou quando faz frio
Noutro plano
Te devoraria tal Caetano a Leonardo di Caprio
É um milagre tudo que Deus criou pensando em você
Fez a Via Láctea, fez os dinossauros
Sem pensar em nada fez a minha vida e te deu
Sem contar os dias que me faz morrer
Sem saber de ti, jogado à solidão
Mas se quer saber se eu quero outra vida, não, não
Eu quero mesmo é viver
Pra esperar, esperar devorar você
segunda-feira, 12 de julho de 2004
TADAIMAAA!!!
E aê, pessú, cheguei!! Amazônia foi IRADO, nunca vou esquecer, Silvane, Glendo, Faust, aquela menininha FOFA cujo nome eu não sei, e todos os outros que estavam lá... Pular do barco para enxaguar o corpo e as roupas, dormir na rede, acordar com o sol na cara, aquele pôr-do-sol estonteante, altos Mafiosos, Anjo Maravilha, suco de cupuaçu, bala de cupuaçu, ovo frito no café da manhã, arroz com macarrão alho e óleo no almoço, Adoleta-le peti peti polá-nescafé com chocolate-forma um suco de tomate-que sabor você quer? Priscilomé, lomé, i want to sail, to sail, pricilomé lo sí, i want to sail lo sí, prisci, prisci, priscilomé..... Celebridade é o circo da humanidade e Televisão é o circo da malhação.... AZEM POLÊMICO!!! Caaara, foi tão bom...
"So shake it up babe now
Twist and Shout!!
C'm'on, c'm'on, c'm'on, c'm'on, c'm'on babe now
Came on and work it on out!!"
Eu ainda não acredito que estou aqui, nesse frio do cão... CÃO!! Lolii, eu morri de saudades da Loliloliloliloliloliloliloliloli...... do Argushinho... da Florrshushinha... Mass querrida... Da Mamãe... do Papai... dos meus maninhos... ^^ Foi bom, nos últimos dias, enquanto eu pensava "que droga, agora que a viagem ficou boa eu vou embora", eu percebi que ia ficar feliz quando chegasse em casa, porque ia rever gente de quem eu morria de saudades...
E pensar que, a essa hora, o Y-kun deve estar com aquele grupo bizzarro, andando de ônibus em Manaus, ou indo para lá, para chegar a uma churrascaria cujo banheiro feminino fica em um ARMÁRIO! Affe!. E aquele músico pernambucano cantando Sabiá, Psiu, seja lá qual for o nome da música...
"P'ra todo mundo eu dou psiu
Procurando por meu bem
Com o coração vazio, todo mundo eu dou psiu
sabiá vem cá também"
Eu tô com saudades de você que você nem sonham em imaginar... De todo mundo... Todo mundo...
"Eu oscilo violentamente entre a alegria dessa viagem IRADA e a gana de contar os dias para o fim dela, porque não agüento mais as saudades que me doem. Eu adoro meu grupo, mas em tudo sinto falta de quem não está nele...[escrito na manhã do dia VI, no caderninho-diário, por mim]
(...)
Não sei quem sou, nem de onde vim. Mas sei que te amo.
Sinto sua falta todos os dias. Não consigo esconder.
Fiquei com saudades do Comênius. Da Ação. De tudo.
Da segurança dos seus abraços... de todos."
[NOTA: esse "de todos" quer dizer 'abraços de todos', e, não, não existe muita possibilidade de outro sentido que esteja correto]
Essa saudade dá amainou quando me apaixonei pela "nossa linda e bela comunidade", e brinquei com as crianças, e joguei bola (perdemos todos os jogos, claro), e parei de pensar, de cantar, de me torturar...
"That was just a dream...
just a dream...
just a dream..."
"But that's all just a dream......[escrito no quinto dia, no caderninho]
Não adianta. Aperta o peito e EU SEI que não estou sonhando...isso, e eu te amo." Muito.
"Pergunta: qual foi a da pedra sobre a mesa?"[escrito em 6/7/2004, em Itacoatiara, no caderninho]
Itacoatiara é uma cidade ao mesmo linda e muito feia. Foi lá que eu vi pela primeira vez, os morcegos voando baixo sobre nossas cabeças, e à nossa volta, como passarinhos negros no fim da tarde. Lá, foi o primeiro pôr-do-sol quase magnífico — porque de forma alguma se compara ao pôr-do-Sol no rio, no meio do banho, tingindo as águas de cores esdrúxulas e pintando as nuvens de tons de vermelho, roxo e azul... — e a primeira vez que olhei p'r'o rio e o chamei de mar... O Rio Amazonas é um pouco menor do que eu o imaginei, mas que é imenso, isso é sim, inqüestionavelmente... Lá, por algumas horas, andamos na chuva, assistimos TV (ou não, depende do ponto de vista), desenhamos, comemos, tomamos sorvete, discutimos bandas e músicas, ouvimos causos de acantonamento, ajudamos pessoas muito simpáticas a pagarem seus jantares, nos perguntamos o que fazia uma pedra sobre uma mesa, nos escondemos das professoras no banheiro do quarto dos meninos, dividimos roupa de cama de uma forma ilógica (eu fico com o travesseiro e você com o lençol), e, depois de muito tempo conversando na cama, dormimos. Foi em Itacoatiara que eu vi aquele céu absurdamente azul, de algodão, lindo, lindo como qualquer coisa pode ser linda, [como essa palavra é estranha...lindo...] e comecei a cantar, ou continuei, ou sei lá, mas não queria, nem tentava parar...
"Tudo Deus fez no mundo pensando em você[escrito no caderninho, como verso de um desenho — não sei se o de Itacoatiara ou do Pégaso]
Fez a Via Láctea,
Fez os Dinossauros...
Sem pensar em nada fez a minha vida
E te deu...
Imagine(...)"
Acordamos no dia seguinte às cinco da matina, cansados, sonolentos, e nos arrastamos até o barco; eu nem cheguei a ver aquele caminho, só aquela cena nefasta, enquanto entrávamos no que se tornaria rapidamente nossa nova casa.
In the town that I was born
lived a man that went on a trip
And he told us of his life
in a land of fishes and kids
So we sailed up to the Sun
'till we got to a river-sea
And we lived among the bugs
in a boat that's blue and big
We all live in a big blue boat,
a big blue boat, a big blue boat,
As we live this life of ease
Every one of us has all we need
Sky of blue, violet and pink
in a boat that's blue and big
We all live in a big blue boat
a big blue boat, a big blue boat
And my friends are all abord
many more of them live next door
Then the band begins to play
popopopopopopopopo...
We all live in a big blue boat,
a big blue boat, a big blue boat
We all live in a big blue boat,
a big blue boat, a big blue boat...
sábado, 3 de julho de 2004
Sal de Ti
Mudaram as estações...
Eu escrevo com lágrimas nos olhos; não daquellas que caem e escorrem, que molham o chão, a mesa, o lápis e o papel. Daquelas que calam. Não que eu esteja triste. Mas foi tudo tao súbito... Tão rápido. Eu queria fazer um post realmente longo, que vocês demorassem horas para ler. Que vocês chorassem quando lessem. Que os levasse a sentir, mesmo que por um instante, esse meu amor tão puro, tão profundo...
Alabarda
corta o peito
mata a garra
fere o seio
vinga a lágrima rolada
pranteia o alabardeiro
Vinde livre para o mar
para o barco a navegar
que o sol ilumine as ondas
e por estas horas — longas!
Deixa a lágrima rolar...
Deixa eu morrer de saudades
embarcar nessa viagem
com o peito carregado
com o mêdo emaranhado
com vontade de chorar..
Nascerá o novo dia!
Renascerei em alegria!
Viverei por nove dias
nesse barco, nesse charco,
nessa lama, nessa gana
terrível de andar no mato
Teu rosto com a névoa encharco...
Na memória já perdida..
I got a plain to catch!
Bye!!
Eu escrevo com lágrimas nos olhos; não daquellas que caem e escorrem, que molham o chão, a mesa, o lápis e o papel. Daquelas que calam. Não que eu esteja triste. Mas foi tudo tao súbito... Tão rápido. Eu queria fazer um post realmente longo, que vocês demorassem horas para ler. Que vocês chorassem quando lessem. Que os levasse a sentir, mesmo que por um instante, esse meu amor tão puro, tão profundo...
Alabarda
corta o peito
mata a garra
fere o seio
vinga a lágrima rolada
pranteia o alabardeiro
Vinde livre para o mar
para o barco a navegar
que o sol ilumine as ondas
e por estas horas — longas!
Deixa a lágrima rolar...
Deixa eu morrer de saudades
embarcar nessa viagem
com o peito carregado
com o mêdo emaranhado
com vontade de chorar..
Nascerá o novo dia!
Renascerei em alegria!
Viverei por nove dias
nesse barco, nesse charco,
nessa lama, nessa gana
terrível de andar no mato
Teu rosto com a névoa encharco...
Na memória já perdida..
I got a plain to catch!
Bye!!
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