Eram passos escuros
Como se eram sombras
Haviam dentes
Havia dentição
e mordedura
Eram os olhos rubros
Era outra era
Agora
Havia fome vera, engolidora
Quando eu
Não se era então
Dever, devorar
Não se pensava então
O que não se pensa não se come
Comer, mastigar
Era.
Havia riso.
Era tudo muito doce e muito
Preso
Era tudo vôo, mas.
Mas:
Onde não há caça não há presa
Onde não há presa não há terra
Onde não há terra não se explora
Onde não se explora não se.
Tudo vôo só céu.
Acho
Um beijo
Havia presas, sangue dos lábios
Um sonho é como ser tudo
Ter-poder
tudo.
Quando.
Um rosnado de fome
De vitória
De raiva antecipação
Fulva
Ígnea.
"Esta é a minha presa."
Quando:
Próximo
Concienciosamente
Toca
Um...
R
2 comentários:
Gostei desse poema...
ler o fim deste poema tanto tempo depois me deu uma certa vontade de gargalhar...
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