quinta-feira, 11 de março de 2004

R.A.P.



Hoje eu descobri o sentido de cantar rap mais do que nunca, cara... Voltando para casa, comecei a cantarolar-falado coisas sobre a vida, afinal, what's life anyway? E, fala sério, acho que nunca pude falar tanto, com tanta sinceridade, sem no mínimo me deprimir. É bom cantar-falado. Rap significava o que mesmo? Bom, para mim significa falar sem perder a cabeça. Sem perder o coração.

A "vontade infinita de dizer o que vai pela alma" não acabou. Nem as cabriolas, os gracejos, as brincadeiras... O sangue negro da pena rasgando a brancura do papel ainda está lá. Assim como aquela máquina que nunca escreveu cartas. A garrafa de tinta que nunca bebeu álcool. E os arquivos, Carlos? As caixas de papéis? Túmulos para todos os tamanhos de meu corpo.

Eu amo a vida biologicamente.

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