sábado, 6 de março de 2004

Andaluz



Não me pergunte a razão desse título. Ele simplesmente pareceu se adequar ao meu estado de espírito. Alguém aqui já leu A História Sem Fim? Lembra daquele começo com o fogo-fátuo correndo? Vai dizer, não é o máximo? ^^
Na sétima série nós fizemos um trabalho com a Salete que envolvia recitar poemas sobre minas... E eu me lembro que um dos poemas tinha fogos-fátuos. Eu não sei porquê, mas nunca consegui(claro que eu não tentei) esquecer aquele verso... "De fogos-fátuos errantes"...

Hoje eu assisti Tiros em Columbine.... Mostra como os Estados Unidos não são o melhor país para se viver. "Aquele país onde tudo dá certo" vira "aquele país onde as pessoas têm mêdo"...

Ontem eu joguei basquete. Foi a melhor coisa que eu fiz no dia. Melhor até que a Ação. I need people.

Hoje eu também fui imbutida num ensaio de teatro alheio. E pela primeira vez o Vicente se deu ao trabalho de perguntar meu nome, em vez de me chamar de "Talita 2". O Vicente é muito desencanado. Hoje ele realmente estava xavecando todo mundo. Acho que ele estava de bom humor. Ele disse que era porque ele tem uma namorada agora. Aquele grupo de teatro é como uma família. Sem inibições, sem pudor, sem desconforto. Tudo é tranqüilo, certo, vivo. Eu gosto de saber que eu estou me incluindo nele.

Eu não gosto de saber que o Dalprá considera conversar com adolescentes algo bobo. Eu não gosto de saber que eu sou uma adolescente dominada pelos homônios e isso é ruim. Isso é irritante. Já basta essa sensação estranha de mudar de Buffy para Dawn.

Vocês certamente não sabem, mas todas as minhas histórias inventadas de ultimamente incluem um motivo básico: o colégio, uma certa exclusão da sociedade, e conforto em pessoas capazes de abraçar(embrace). Algumas vezes são meus amigos próximos. Mas geralmente são pessoas mais velhas. Pincipalmente professores, mas também amigos mais velhos e alguns seres alternativos, como um ou outro vigilante gente-fina, ou aquele-cara-com-um-olhar-estranho achado na rua. No final, eu tento dar todo o meu amor para ve se consigo alguma coisa a mais de volta. Ou vice-versa. Não faz diferença. Às vezes eu acho que eu quero coisas que estão fora do meu alcance. Segundo Murphy, não precisava tanto para dar tudo errado. E entretanto eu sequer sei para que lado eu corro. Eu não sei se ainda sei quem eu sou.

Sabe o que é pior?

É verdade.

Eu sou feliz.

Mas não é o suficiente...

"Todo mundo tem um primeiro namoado, só a bailarina que não tem..."

Não repaa, eu 'tô com sono, e isso sempre traz à tona o meu pior...

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