Koban wa, everybody!!
E aê? Como vão? Não, não se dêem ao trabalho de me perguntar como eu vou... nem eu sei... a resposta é sempre a mesma....
Estes dias têm sido estranhamente utópicos... 'Tá bom, eu sei, eu sei, a última vez que eu escrevi essa frase — sim, exatamente essa — foi apenas para, na semana seguinte, escrever que haviam sido utópicos por serem vazios, de sentimento e significados, e nessa leveza haviam sido realmente fáceis de levar... Mas, vejam bem, dessa vez é diferente. Diferente por quê? A resposta, diferentemente de todas as outras vezes, não é especialmente complicada: dessa vez, eu sou feliz por causa desse sentimento maravilhoso ^^. O que me faz feliz são conversas muito idiotas pelo ICQ, MSN, et cætera; conversas longas sobre absolutamente nada sentada à distância, nas pseudo-redes-pseudo-cadeiras vermelhas penduradas no quintal; adoções diversas, uma família de cogumelos; cafuné de travesseiro high-tech; massagens — feitas e recebidas —; divagações extremas sobre a vida, sonhos, casas...; desenhos, sempre cada vez melhores; acordar cedo para ir ao colégio só e unicamente para ver os amigos; promessas (embora algumas não sejam cumpridas); combinados — ainda lutando contra os
Semana passada já foi assim. Fomos ao colégio quase todo dia, encontrávamos o pessoal e ficávamos lá, geralmente na Árvore, batendo papo, jogando conversa fora.
Sábado, que foi um dia indiscutivelmente quase perfeito, eu e o meu irmão fomos até a casa do Yuri, passar a tarde lá e depois ir no teatro... Tivemos que andar um bocado até o metrô Vila Madalena, o que foi ruim, considerando que o sapato que eu calçava me deixou com bolha no calcanhar. Quando chegamos no Trianon, ficamos muito em dúvida sobre para qual lado ir; fomos para o lado errado, claro, e consequentemente tivemos que atravessar aquela avenida por cima... Depois de atravessar três ou quatro alamedas com nomes divertidos, fiinalmente chegamos ao prédio certo, eu não lembrava se o número era 212 ou 121, mas, afinal, o pédio só tinha 12 andares... O mais divertido foi a chegada, mal tocamos a campainha e me aparecem Yuri e Artur, cada um por uma porta, subitamente. Claro que entramos por portas diferentes ^^. A partir daí, fizemos campeonato de MarioKart, jogamos Imagem&Ação Salles contra... eles... , vimos fotos serem alteradas, um graveto foi quebrado e trasformado em duas espadas excessivamente pequenas, nos aglomeramos, jogamos a bolinha sobre o coisinho de madeira, muuuuuuitas vezes...
(abre parênteses) Mãe!!! Eles têm aquele brinquedo colorido em que você joga a bolinha e ela cai em espiral fazendo um barulho agradabilíssimo! Aquele que eu estava babando sobre na loja e era caro demais! Quer dizer, de fato era... Vamos fazer um daqueles? Parece tão legal....!(fecha parênteses)
Eu nem sei direito o que mais nós fizemos. Biscoito de côco com yogurte fica muito bom. Sei lá. O teatro foi muito legal ^^. Foi... fundamental. Interpretem como quiserem. Aqueles minutos depois do teatro acabar não foram tão legais assim. Foi muito confuso, muito terrível. Não tentem interpretar, duvido que vocês consigam entender apenas deduzindo... nunca chegarão a uma certeza ¬¬. Olhe para o ponto.... Quando todos haviam ido embora, desci até a rua e encontrei conforto no cantar à loucura, sem se importar com nada... como eu fizera apenas uma vez, ao fim d'alguma peça no santa, em que me sentia absolutamente solitária e perdida, sem querer de forma alguma ir embora...
Domingo foi um dia legal ^^. Fomos na festa junina da Trilha, e... bom, era uma festa junina, cheia de família, e outros conhecidos da família, et cætera... Não dá para descrever com muitas palavras. Comemos churrasquinhos deliciosos; foi especialmente engraçado ver meu vô comendo um cachorro-quente completo (ele nunca vira um destes)... Joguei muito SnakeII enquanto fazia companhia para a Talita, num momento de grande falta do que fazer...
Pensando bem, meu comentário sobre domingo é um só: o dia só poderia te sido melhor, se eu não o tivesse passado com o peso de uma grande saudade no peito... Saudades, saudade, sal-de-ti... Lirima ruom mei... Lágrima por ti. Mas não chorei. Só fiquei quieta, remoendo uma saudades meio indefinida, meio de todo mundo, meio de ninguém. Meio de tudo, e daquele vazio típico de Minas.
"A imensidão de campos povoados
de gado e pasto. Pasto e gado.
Eternos nadas errantes vagando sem rumo
subindo e descendo, caindo e saltando
que são Minas."
Voltando à vaca fria, Segunda-feira foi o most. Eu acho ^^. Domingo à noite, depois de uma conversa muito, digamos, peculiar, eu combinara com o Yuri uma coisa assim: eu chegaria na escola umas 8h30, 9h, morrendo de sono, e dormiria aos pés d'alguma árvore. Ele chegaria depois e me encontraria. Deixamos em aberto o que aconteceria depois...
Claro que não deu muito certo. Eu cheguei ao colégio e encontrei a Ludi, e sendo ela minha abraçadora oficial, dei-lhe um abraço. Fomos até a povavelmente árvore mais confortável do campus, e eu já estava quase dormindo quando meu irmão chegou e nos convenceu a mudar de ponto. Never again... Never again... Fomos para a árvores, e sinceramente eu já havia gastado a maior parte do me sono... Considerando ainda que meu travesseiro (high-tech) oficial não chegara ainda, e o ombro no qual eu me apoiava estava escorregando, meu plano de dormir e relaxar miou legal ¬¬'''' . Depois de algum tempo os jardineiros chegaram jardinando e nós levantamos para dar licença. Fui a primeira a voltar para a árvore. Nessa hora o Yuri chegou.
A verdade é que foi muito bom. Zoamos à beça. Brincamos, rimos, nos amontoamos. Trouxemos *quase* todo mundo para casa. Já aqui, fizemos a maior zona. A hora do almoço foi meio aborrecida, porque todos queriam que eu acabasse logo de comer e eu queria comer com calma... Boa parte da tarde eu passei variando entre fazer cafuné ou massagem no Dan, jogar wormsII, dividindo uma cadeira com o Yuri, receber cafuné ou massagem (nessa hora, eu cheguei muito perto de começar a ronronar), coisas desse tipo... Depois, fomos ajudar o Dan a estudar matemática, mas começamos a viajar forte numas fórmulas que ele não ia entender de jeito nenhum, considerando o ponto em que ele parou. Me senti meio mal. Não conseguimos ficar muito tempo sem nos jogarmos uns sobre os outros. A Mysa fez cócegas no Dan. O Yuri têm cócegas na língua. Essas coisas acontecem. Como eu disse, foi a maior zona. No fim da tarde, saímos para passear com os cães, e eu descobri que segurar o Argus é meio difícil, apesar d'ele ser pequeno. Foi especialmente engraçado ver o Yuri se sentindo o máximo por conseguir ordenar os cachorros. Fora isso, foi um passeio banal: fomos até a casa da Veri e voltamos. Só.
Ontem foi o melhor. Ou não. Ou sei lá. Cheguei no colégio às nove, o Marco me ligou e disse "vem até a árvore. tchau.", então eu fui, e fiquei lá com o pessoal... Saímos, passeamos, recitei poesia da minha avó, e até gravei uma música sua no celular (com notas duplas!)... Às dez fui empacotar livros da Amazônia. Foi muito divertido. Depois fomos para a Árvore, deitamo-nos uns sobre os outros, todos mui high-techicamente, e ficamos rindo e falando bobagem por algumas horas. Viramos uma família engraçadamente feliz. Vim para casa almoçar. Jogamos worms de dupla, muito MarioKart e bastante Imagem&Ação (inventando os desafios, já que o nosso I&A é mais arcaico)... No fim, eu já 'tava muito aborrecida, e fui embora, tomar banho, escrever, conversar com pessoas que não estavam lá. Ou aqui, que seja. ¬¬
A única coisa que me fez falta, de alguma forma, nesse par de dias, foi meu maninho mais antigo, aquele resto de macaco primitivo semi-decomposto por bactérias acéfalas ociosas sem nada melhor para fazer...
Mas ele veio aqui hoje, ficamos conversando por horas, e eu dei-lhe o macaquinho que havia prometido. Mamãe virou, em alguma hora, e disse que nós estávamos "nos estranhando". Me senti um cachorro. Foi divertido. O pior é que é meio verdade...
Boa noite. =^^=