Eu também não entendo, sabe? E você está do meu lado através da parede, e eu posso ouvir você digitando, mas não consigo ir até aí te dar um abraço, dizer que vai ficar tudo bem, dizer que eu te amo (mas eu te amo).
Qual é o problema, me diz? O que há com este mundo? Cada vez mais eu vejo as gentes que eu amo sofrendo por amar demais, por não encontrar alguém que possa amar tanto assim. Eu vejo o sorriso no seu rosto, o sorriso de quem tem vontade de ir além de um beijo numa festa, de um abraço entre amigos, e de todos aqueles gestos que nos fazem sorrir e sonhar com um mundo ainda mais vivo, um mundo além dessa trivialidade, um mundo onde haja — quem sabe? — amor. Eu não entendo por que essas pessoas não podem simplismente dar-se por inteiro, ou, se não, guardar-se - por que têm que ficar nesse meio termo cheio de mêdo, que a qualquer "eu te gosto" desaba e desaparece, que não pode suportar nem por um instante que o querer do outro seja mais forte que o seu.
Lembrei agora da resposta que eu e outros demos a uma pergunta de um Jogo da Verdade, há algum tempo, já. Eu disse que não ficaria com alguém, porque não achava que eu poderia suportar a crueldade de se aproximar tanto de alguém para então largar, sem ter sequer convivido. Alguns meses e muitos eventos fizeram com que eu esquecesse o real significado do que dissera, mas acabei lembrando. E mesmo achando que é sempre possível não destruir a vida de uma pessoa com um beijo e um olhar (etc.), acho que ainda acredito naquilo. Por que as pessoas não se deixam gostar? E, não se deixando gostar, por que então finjem que se deixarão amar?
Desculpa... acho que eu estou apenas um pouco brava ou um pouco triste porque eu sempre quero muito te ver feliz, e de novo e de novo e de novo você chega com essa cara abatida, com esse olhar desiludido, e eu tenho raiva do mundo porque... bom, acho que é porque eu quero te proteger. Você sabe que eu estou aqui pra qualquer coisa, não sabe? Fique bem... Te amo.
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