terça-feira, 30 de março de 2010

Não consigo parar

Eu queria escrever um pouco sobre... Sei lá.

Estou lendo Crepúsculo agora. Envolvente, o livro. Bastante mal escrito ou mal traduzido, não sei, mas envolvente. Me identifico muito com o que acontece, já senti aquilo tudo, acho que só significa que já estive apaixonada. O tal do Edward me lembra um milhão de homens insuportáveis que conheci, inclusive você. Sempre me pergunto se se eu não estivesse namorando, se eu não estaria vivendo uma história de amor como essa. Mas acho que eu sei a resposta para essa pergunta.

Sempre que me distraio lembro de velhos e intensos sentimentos. Eu gosto de sentimentos. Queria mergulhar neles.

Infelizmente agora não é hora de sentir, mas de trabalhar. Qual é a minha salvação? Conversamos por muitas horas, mas eu sequer senti seu cheiro. Algumas coisas me intrigam, como conhecer pessoas novas. A vida é um mistério. Quem poderá dizer quais das pessoas que conheço agora serão meus amigos daqui a digamos três anos? Eu sei algumas respostas. O resto mergulha na brisa.

De vez em quando me pergunto o que estou fazendo. Quando páro pra pensar, olhares doces famintos assombram meu cair no sono.

E sinto saudades de algumas pessoas. Vontades de voltar atrás, de estar mais presentes.

Se eu pudesse escolher, com quem eu quereria estar agora? Minha mente fervilha, incríveis opções. Mas hoje eu devo estar sozinha, não?

Quando fecho os olhos minha vida parece um sonho. Meu passado não parece possível. É verdade mesmo que viajamos, que choramos, que amamos? É verdade essa memória vaga do seu cheiro, dos seus dentes?

Cinco anos atrás, este futuro não existiria. Eu lutei por ele, eu o construí, eu o sofri também. Eu sou muito parecida com o que sonhei ser, na verdade. Apenas menos forte, mas... No fundo, não foi difícil falar as mesmas palavras que imaginei. Eu olho nos olhos de um homem, e freqüentemente é a Lôba que fala. Freqüentemente é Labwa. A parte de mim que ainda é humana pergunta porque essa história continua se repetindo. Porque eles continuam vindo a mim.

Sem perceber, estou de repente me comparando ao vampiro. É fácil demais. E de qualquer forma não é isso que eu busco. O que eu busco é um pouco mais difícil.

De tempos em tempos me assombram os amores que eu não pude viver e as presas que eu não matei. No resto do tempo, consigo ser um pouco mais coerente.

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