terça-feira, 14 de junho de 2005

Just passing by

"Estou de saída. Sonhei hoje três horas e pensei Não, não será hoje que ficarei aqui mais um dia. O sol me enganou, meu fez pensar que era noite, mas não era: era manhã. Acordei apenas para dizer que hoje, debeixo do sol, aqui não fico mais. Se tivesses qualquer idéia do que me passa pela cabeça quando me levanto manhã bem cedo entenderia, preciso de mais água, preciso de mais ar e não preciso que me roubes todo o que respiro indecifravelmente. Vou-me agora - tua mãe pensará que tive algum bom motivo mas sabes que qualquer bom motivo seria apenas boa desculpa. Não não. Hoje não vou dar desculpa. Nenhuma, ouviste, nenhuma mesmo. Vou-me embora e é só. Passei aqui, é verdade, apenas para não deixar passar por vós que fui. Na verdade não passei aqui por motivo algum. Não me venha com tolices, minha partida nada tem a ver contigo ou com teus bedelhos. Vai e dize a alguém que estou de partida. Que nunca mais hei de voltar. Tenho no bolso o carinho que me haveis dado, estou então tranqüilo. Apenas não posso ficar. Não pedirei eu que lembres de mim mas digo ainda que sentirei de ti saudades. O mundo e o tempo me engolirão a cada vez que eu ouvir teu nome. Mas agora estou-me indo. Dize aí, alguém, que hoje eu passei por aqui e te dei um beijo, um beijo assim sincero, dize a alguém e dize que fui-me embora. Se amanhã não se souber de mim, ah se amanhã não se souber de mim, saberás então que fui feliz."


Posso falar? às vezes começo a escrever e coisas realmente estranha me vêm à mente. Esse tipo de coisa me dá um pouco de medo, porque temo que alguém resolva achar relação com a vida real. Mas acho que esse tipo de coisa eu faço, e não devia.

Bom, agora eu não tenho mesmo nada a dizer.

Boa noite, amiguinhos.

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