sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Seqüela

Voltei de viagem ontem, infelizmente esqueci de acessar o jupiter (o que me obriga a ir na usp fazer um monte de coisa chata), tive uma noite boa apesar de ter dormido pouco, acordei cedo, tudo está meio... normal. Demais.

Aí fui ler blogs e tal, li o blog do Yuri, e li o texto ao qual ele se referia e pensei... que estranho ler aquilo, fazia tempo que eu não parava pra pensar naquele dia mas.

Às vezes é estranho pensar que aquele tempo de começo do colegial realmente aconteceu e foi daquele jeito. É o que eu estava pensando. Hoje somos todos tão diferentes, crescemos tanto, aprendemos tanto, mudamos tanto, que algumas coisas não fazem sentido, parecem impossíveis, alguns sentimentos que lembramos de ter sentido não têm mais nada a ver, e é assim que é estranho o fato de o tempo passar e as coisas ficarem diferentes do que eram antes. Muitas vezes eu nem entendo coisas que eu ou você escrevemos naquele tempo; tudo parece completamente esquisito. Mas são coisas que ainda me fazem sentir alguma coisa quando me lembro. Aquilo ainda faz parte de mim, de alguma estranha forma.

Em Brasília descobri que aquela queda da cachoeira ainda me assusta também. Descobri isso quando o diogo resolver pular num barranco bastante íngreme e muito alto que terminava logo antes de um laguinho raso, e eu a princípio achei legal, mas fui ficando com mêdo, muito mêdo de que ele se machucasse, muito mêdo mesmo, e de repente eu precisava gritar com ele e tantar dissuadi-lo daquilo, pra que ele também não pensasse algo como "eu não morro, só me machuco muito".

Mas ele me ignorou e pulou de cabeça, e assim que ele tocou na grama eu percebi que estava tudo bem, e parei de me preocupar. Detestei aquele mêdo. Me senti desmoronar completamente.

Pouco tempo depois, estávamos correndo na chuva e pulando cerquinhas pra aproveitar as vistas de cima de alguns monumentos.

Gostei de Brasília. É uma cidade bonita, com poucos muros (mas todos estão pichados), monumentos interessantes, algumas construções fascinantes, um pombal feito por niemeyer, preços baixos e muitas, muitas mangueiras (a árvore, não o objeto). Por outro lado, não gostei de Brasília! Nessa época do ano, e em dia de semana, é uma cidade imensa e vazia, sem gente na rua, com gramados demais, arrumada demais, a grama aparada demais, espaço demais, sem nada pra ocupar aquela imensidão de, bem, de grama. Preciso voltar a Brasília numa época em que ela esteja menos cidade-fantasma.

Preciso receber as fotos da viagem pra ilustrar o que estou dizendo.

Fatos interessantes dessa viagem:

- Numa das nossas cavalgadas meu cavalo tropeçou três vezes. Pouquíssimas vezes senti um pavor tão instantâneo quanto no momento em que o corpo da minha montaria começou a cair para o lado.

- Atirei com uma Winchester .44 que parecia tirada diretamente de um filme antigo de faroeste. A arma era deliciosamente balanceada e sensação do disparo, incluindo o recuo e o estampido, foi incrível. É claro que eu errei o alvo, mas isso realmente não importou muito.

- No meio da viagem descobri que vários dos amigos colegas do diogo são mais novos que o ugo! Isso é tão esquisito! Bom, agora oficialmente eu não posso mais considerar o Ugo como mais novo.

- Fizemos um jogo muito legal em que todos fecham os olhos e uma pessoa anda até uma das outras, e essa pessoa tem que perceber que aquela está na frente dela e falar "eu". Quero ensinar esse jogo pra todo mundo e jogá-lo muito mais vezes!

- Cortei o cabelo do diogo ^^ Não vou dizer que ficou lá muito bom, mas ficou melhor do que o que estava, e foi divertido pacas!

3 comentários:

yuribt disse...

é...
não tô conseguindo comentar propriamente a primeira parte. Depois volto aqui.

Mas a imagem de você gostando de usar uma winchester me assusta muito.

Utak disse...

pelo contrario Yuri, a Marina com uma winchester é... genial! eu quero testar uma Winchester também...! inveja... MUITA INVEJA! queria ter ido nessa viagem... mas eu fiquei com meu primo, pq ele estava aqui...
Ahá! eu dise q eventulamente vc ia descobrir q eu nao sou mais o mais novo...!

Diogo disse...

Aquela Winchester VEIO do far West, ele fora fabricada nos EUA em 1880, e foi de geração em geração até as mãos do pai da Mariana.