quarta-feira, 2 de maio de 2007

Take my frail wee heart in

Nós nos sentamos numa mesa
Nunca são todos os amigos
E contamos histórias do que se passou
E contamos histórias também do que não passou
E então não contamos mais nenhuma história.
Mas nada bebemos, e comemos lanches
que mais aprisionam a imaginação
e eu me sinto tão distante, tão distante...
Tão distante do sopro do vento,
tão distante do murmúrio do mar,
tão distante do cheiro das flores
e de tudo o mais...
E percebo que não temos mais terras para amar
E parece que tudo está fora desta terra,
que tudo está na outra ponta do infinito
Não há para onde sairmos
Nào há por onde cairmos
Estamos tão seguros e tão distantes
Não há caminhos secretos, jardins abandonados
Não há mais nenhum mistério, fantasma ou espírito
e eu me sinto tão distante, tão distante...
Tão distante do sopro do vento,
tão distante do murmúrio do mar,
tão distante do cheiro das flores
e de tudo o mais...
E vocês erguem grandes construções
marcando o nosso tempo e o seu lugar
E justificamos as destruições
para que possam escalar, escalar...
Mas agora a viagem não importa,
ninguém pode dizer para onde vamos...
E eu ouço carros apressados e acidentes
da janela do meu quarto
E eu vejo alto-falantes na catedral.
E acho que as invejo demasiado
quando vejo uma criança numa brincadeira
e eu me sinto tão distante, tão distante...
quero partir pra nunca mais voltar...

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