quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sonho sobre o sistema carcerário de um país fictício

Isso.

Talvez tenha sido influência de encontrar o Renex e o Ivan e a galera do IME anteontem e depois ter papeado com Guióda e Julinha e Chalom ontem.

Aí eu tive esse sonho em que eu sonhava com uma mulher que cantava uma música com uma melodia monótona e triste. A mulher estava sendo libertada de uma prisão. A cela em que ela estava era uma selva (talvez fosse uma selva metafórica porque a cena toda parecia muito um teatro). Mas ela não estava feliz por sair; ela estava com raiva, porque ela sabia que quando ela saísse sua vaga na prisão seria imediatamente preenchida por outra pessoa, que a prisão era como um negócio, em que todas as vagas tinham que estar sempre preenchidas. E ela dizia também que ela nem estava tão mal, que haviam outras pessoas vivendo vidas horríveis na mesma prisão.

Aí eu acordava e estava num shopping (o Villa-Lobos provavelmente) com Rê e Ivan e outros imeanos legais, e eu tentava lembrar da música pra cantar pra eles.

Vou tentar reconstruir a música aqui, porque lembrar tá difícil.

Imagine que ela estava cantando em voz baixa, olhando fixamente para frente, de vez em quando dado um passo ou outro para frente, saindo desse cenário de selva, e que haviam umas outras pessoas no fundo, paradas, olhando fixamnte também, e acho que uma delas estava queimando com fogo cênico.

"Neste país, que não vai a nenhum lugar
O Estado diz que hoje irá me libertar

Eu vou sair da minha selva comunal
E vou fingir que escapei de todo o mal

Os meus amigos poderei abandonar
O Estado disse que hoje irá me libertar...

Eu recebi a permissão para sair
Mas sei que alguém virá me substituir

Quando eu sair outra pessoa vai entrar
Alguém precisa ocupar o meu lugar

Alguém precisa então quebrar alguma lei
Ou uma lei precisará quebrar alguém...

Eu já não sei se algum crime ocorrerá
Mas sei que logo alguém me substituirá...

Se o meu lugar aqui terá ocupação
Não serei livre, ainda estarei nesta prisão

Eu não sou livre enquanto houver alguém aqui
Que eu sei que veio para me substituir."

(eu não consegui pensar em mais nada)

gravação cantada

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