quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Relatório de resultados do estágio na Unna Comunicação

Trabalhar com o Thio e o Fê me tornou mais "zen", como as pessoas dizem. Isso de ter um local de trabalho, um lugar específico pra fazer só aquilo, onde não dá pra fazer mais nada e justamente por isso eu posso não ter que fazer mais nada. Eu atrasei trabalhos, desisti de trabalhos e perdi muitas horas de sono, muito dinheiro (é claro que o pagamento compensou) e muito tempo da minha vida em ônibus, ou andando debaixo do sol, ou esperando o computador trabalhar, mas no final acho que o balanço é positivo, acho que eu sou uma pessoa mais feliz por ter vivido os últimos quarenta e quatro dias, por ter ido lá umas 18 vezes, por pegar todos aqueles ônibus, andar todas aquelas quadras, me perder, passar pela rua Balthazar, pela Baluarte, pela Avenida Pavão, pelas calçadas reformando e todos aqueles faróis.
Aprendi a mexer no Mac, aliás aprendi a detestar o Mac, aprendi a brincar no Illustrator, a assumir responsabilidade, a pedir ajuda, a viver um espaço recluso, com poucas pessoas, a conviver com quem é diferente de mim, a rir, a estar, a sair no horário, a trabalhar ininterruptamente até a hora de sair.

Foi muito divertido estar lá. Muito tranqüilo. E o Thio e o Fê foram muito legais comigo (ou talvez eles só sejam pessoas muito legais mesmo). Em muitos momentos eu até pensei que poderia trabalhar por muito tempo lá. Pena que é tão longe. E tão difícil chegar lá. E eu ando tão sem tempo. É uma pena mesmo.

Hoje quando estávamos saindo para o almoço eu me dei conta de que esse estágio foi a coisa mais desanuviante que eu fiz no último semestre. Que trabalhar ali seria mil vezes mais agradável do que estudar. Mas, ao mesmo tempo, tão menos futuro! Acho que é isso que a Universidade te dá: uma crença de que existe um futuro, um futuro radiante, no qual nós somos cada vez mais. Será que é verdade?

Um comentário:

Marcio Zamboni disse...

em educação a gente chama isso de "ensino propedêutico".
propedêutico porque só faz sentido se olharamos para além dele. o ensino na universidade só faz sentido se pensamos no futuro.

Sei lá, eu só lembrei disso.