domingo, 23 de agosto de 2009

Nervoso

Eu fico nervosa porque não sei fazer algumas coisas. Muito nervosa. Meu /mundo está, não sei, chovendo em mim. Eu/ //olho ao redore, não sei , ão sei /o qu/e /fazer, e, que porra é essa de aparecerem barras em /tudo o que eu escrevo?

Por exemplo, eu gosto do Jack, meu personagem alegre, amigável e assassino do rpg, mas sinto cada vez mais que não tenho a força necessária para interpretá-lo. E de que adianta ter um bom personagem se não sei interpretá-lo? E de que adianta jogar se no fundo eu sempre me divirto mais com o que os outros fazem? Se nunca consigo realizar o que realmente quero? Se só depois percebo que deveria ter agido dessa ou daquela forma? Não me sinto uma jogadora de rpg, mais, não tenho vontade de fazer ficha. Me irrita isso. Hoje eu /estava pensando seriamente em começar a beber antes das sessões, para ver se eu começo a agir, não sei se melhor, mas pelo menos mais. Mas isso tudo é bem fútil . Não é?

Não sei como os outros blogueiros conseguem falar tanto de assuntos gerais se só os assuntos particulares me são sequer alcansáveis. Me pergunto coisas. As coisas que sei não me interessam. Talvez só o que me apavora me interesse. Tenho mêdo de perder o Jack, de transformá-lo num personagem vazio, sem futuro, que nunca muda.

E eu acho que eu nunca me irritaria com um personagem bom que fosse chato. Entende? Por ele ser bom. Se ele fosse ineteressante, eu ficaria interessada nele, e seria isso. Não me importa tanto o jogo. Me importa os personagens. Eu queria poder explorar mais esse lado dos personagens. Parece que num jogo de rpg o que importa mesmo é a história, não os personagens. Sei lá. Talvez eu nem goste de rpg, na verdade. Talvez eu só esteja aproveitando a mesa para ouvir algumas boas histórias. Se fosse para participar delas, eu faria tudo diferente.

Ou eu deveria fazer tudo diferente? Será que eu deveria fingir que estou numa história, jogando com meus próprios personagens? Será que deveria ser tão impulsiva e verdadeira quanto sou quando estou sozinha? Mesmo se isso me levasse à morte? Se eu adoro a morte, talvez fosse inclusive mais justo perder as estribeiras. Talvez fosse completamente justo eu correr grandes riscos.

Mas eu, jogadora, não adoro a morte.

Bem.

Talvez eu jogadora tenha que me render ao meu personagem.

2 comentários:

Utak disse...

Durante o JOgo, o Jogador não tem a menor importância, que não a de interpretar o mais fielmente possivel seu personagem...
É isso que eu acho. Quando você joga RPG, vc tem que estar disposta a defender o ponto de vista de uma pessoa diferente de você, e lutar por isso como se fosse você. Mas acaba asessão e não é mais, não literalmente. Rpg, pra mim, é um combo: Teatro, Videogame, aventura, amigos, diversão e vivência, experiência...
Por isso eu gosto de RPG...

Mas mesmo apenas gostando de ver seus amigos jogarem, acho que seria interessante você tentar se posicionar no Jogo. Tentar fazer parte, motivar-se, mostrar sua face. Seu personagem é tão forte filosoficamente, não vi ele agindo da maneira como você me contou que ele era...

Utak disse...

Conversa um pouco com o Faria sobre seu personagem. Ele pode ser milagreiro. Ele curou o Dé, vai curar a Isha, e pode curar você!
"curar: ajudar com o personagem."