" Highway 66 is the main migrant road. 66 - the long concrete path across the
country, waving gently up and down the map, from Mississippi to Bakersfield.
66 is the path of people in flight, refugees from dust and shrinking land, from
the thunders of tractors and shrinking ownership, from the desert's slow
northward invasion, from the twisting winds that howl up out of Texas, from
the floods that bring no richness to the land and steal what little richness is
there. From all of these the people are in flight, and they come into 66 from
the tributary side roads, from the wagon tracks and the rutted country roads.
66 is the mother road, the road of flight. "
John Steinbeck
Hoje terminei, alguns anos depois, o livro As Vinhas da Ira. E é tão estranho. O final é tão estranho. Como se fosse uma estranha desistência do escritor. Como se fosse um filme que acaba com um tiro no escuro. Assim:
uma mão se ergue, com uma arma na mão. Você vê a mão, a arma (um revólver, e você que entende de armas reconhece o modelo e o calibre), um pedaço do pulso e da manga da camisa. E a imagem se apaga enquanto você ouve o estampido. E então começam os créditos. Você não sabe de quem é a mão (todos usam a mesma camisa), você não sabe quem pegou a arma, quem levou o tiro. Você não sabe nada, e é um filme policial. O policial e o bandido se encontram finalmente, e esse final indefinido. Você desiste e se aquieta. E lembra da história e sorri e pensa que o final talvez não importe tanto assim. No final, o indivíduo se dilui no coletivo. A família se desmancha. Quase completamente.
Preserve your memories.
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