segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

Hyo there, little fellas, comment ça va? I just call to say I love you! Eu sonhei com meus amigos hoje. Estranhamente não foram todos os meus amigos, só aqueles dos quais eu tinha saudades... E junto com eles vieram algumas pessoas nas quais eu nem sequer penso, e foi tudo muito estranho. Foram dias muito estranhos estes últimos. Mesmo descontando as horas que eu passei apenas lendo Dragão Brasil e inventando números e dados RPGísticos para meus mundos... mesmo assim foi tão estranho....
Sábado eu acordei e olhei pela janela, e por mais que eu procurasse eu não conseguia encontrar vida. Eu nunca consegui ver a vida. Estava tudo cinza, mas não um cinza bonito, um cinza cor de cimento, mas tão... sem brio... Eu levantei e fui andando pela casa, e mais do que nunca eu odiei o mundo em que vivemos, esse mundo morto, esse corpo putrefato onde construímos nossas casas e temos nossos filhos. Sabe? O mundo está acabando, e foi só isso que eu consegui ver. Então nós fomos para a paraia, para Toque-toque, um lugar que me traz más lembranças e que eu não faço questão de me lembrar que existe... E lá parecia que a vida não havia se extingüido totalmente... Mas mesmo assim... Havia pouca vida.
Acho que por isso eu me empolguei tanto com os 17 elementos de Ziget(5 de Transformação, 3 de Criação, 6 de Manipulação, 3 de Destruição) e com perguntas bestas como: será que a Mme. Cinísia gosta de rodas?

Então domingo foi aniversário de 450 anos de São Paulo, e eu fiquei olhando todas aquelas pessoas felizes, todos aqueles sonhos, e então eu entendi. Estas lágrimas que estão invadindo meus olhos sem permissão são lágrimas de saudades. Lágrimas de amor. De amizade. Eu estou sentindo tanto a falta de vocês aqui... No final, que se dane que tudo está acabando, que a morte se espalha como um vício bem publicitado, que a vida está lentamente deixando-nos para trás, que o ar cheira a droga e não se sente mais o cheiro da chuva, nem sequer do sangue. Que se dane que estamos morrendo...

É por aquilo que amamos que a gente morre. Acima de tudo, é por aquilo que amamos que lutamos, e é para e por lutarmos que estamos vivos. Não é?

"Diante de coisa tão doída,
conservêmo-nos serenos.
Cada minuto de vida
nunca é mais, é sempre menos.
O Ser é apenas uma parte do Não-Ser
e não do Ser.
Desde o instante em que se nasce
já se começa a morrer."

Para todos vocês, aquele abraço de amigo e urso, meus pequerruchos amados.
Eu não quero esquecer, se eu não preciso...

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que nao:)