terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cinqüenta Presas

"Mas jamais poderei esquecer de uma sensação – ao vê-lo fumando nu na janela, pensei: 'quero de novo. E de novo. E de novo'." - Letícia



Estive lendo o blog da @sexocomletícia, www.cemhomens.com/, e me divertindo com nossas semelhanças e diferenças de visão de mundo, com as experiências interessantes que ela tem para compartilhar, e com os pensamentos também. Às vezes uma ou outra afliçãozinha de não me sentir parte do mesmo mundo que ela, mas isso passa. A Letícia é mais uma das mulheres divertidas que a Pretzel me mostrou na internet. O que me faz pensar que eu devo ter muito em comum com a Pretzel. E quando eu estava fazendo estágio e tinha que aturar aquele papo de homem de escritório (não quero realmente generalizar, mas criei muitos preconceitos contra o mundo das empresas) essas mulheres me permitiam acreditar que eu não estava sozinha num mundo hostil que nos odeia e nem se dá conta disso. Elas, e os protestos a favor do casamento gay.

A verdade é que eu gosto de uma vida divertida, livre e pessoal, digo, personalizada, e gosto que ela seja de um jeito particular que não é totalmente padrão e que é totalmente contra algumas das nossas intituições morais e aquilo que a gente finge ser quando conversa com as nossas tias (felizmente eu tenho uma família bem tranqüila, mas ainda tem uma porção de coisas que acho que nunca vou compartilhar tranqüilamente com alguns membros dela). E eu me encontro muito com algumas das coisas que a Letícia diz. Chego a ficar com uma leve inveja dela. Ultimamente, com a faculdade e o namorado e estágios e família e gatos e o diabo a quatro, não tenho tido muita disponibilidade, tanto de tempo como de espírito, pra viver aventuras assim.

Ultimamente, não tenho nem sabido quem caçar. Todas as pessoas por quem tenho me interessado fervorosamente estão namorando, ou só gostam de homem, ou os dois. Ou eu nunca as vejo. E eu sempre me sinto um pouco envergonhada por reclamar disso enquanto eu tenho um namorado, e depois eu sempre me sinto meio ridícula por me sentir envergonhada por algo que eu já aceitei que faz parte de mim e que eu não quero mudar. Ontem eu estava conversando sobre isso com o Diogo (que é sempre um amigo muito bom quando você precisa compartilhar um segredo) e ele perguntou: "Isso é normal pra você?", e eu disse "sim", e foi isso, estava resolvido. Agora eu só preciso que aquelas pessoas que têm namorado de quem eu estava falando tenham uma visão parecida com a minha.

E tem aquela coisa de esse texto dizer que "Como ainda não conheci nenhum homem que pudesse satisfazer uma mulher que quer “de novo, de novo, e de novo”, o jeito é utilizar os serviços de vários homens. Talvez, até de mais de um ao mesmo tempo".

Mas faz algumas semanas eu me dei conta de que não é só porque você tem um namorado mais ou menos disponível que você tem que fazer sexo todo dia. Eu descobri isso e foi surpreendente porque eu achava que eu já sabia que namoro não era só sexo. Mas parece que não, eu achava que era sim. Aí o André me disse que não era bem assim e eu parei pra pensar e, realmente, tem dias em que tem coisas mais legais pra fazer. Não coisas legais em absoluto, coisas que são legais naquele dia. Sim, ir numa festa louca com todos os seus amigos, rir por doze horas seguidas, é sempre muito legal. Mas tem dias em que coisas banais são mais legais do que sexo, tipo jogar Theme Hospital. Ou consertar a bicicleta. Ou ficar enrolado no sofá vendo TV e jogando Kongregate.

Por outro lado há dias em que todos os meus pensamentos levam a sexo, e tudo o que eu quero é comer todo mundo. Eu fico um pouco desorientada nesses dias, até porque obviamente eu nunca como todo mundo. Eu não sei se todo mundo tem esses dias de fera, em que todas aquelas outras coisas da vida parecem só uma decoração em volta do prato principal que é comer alguém. Imagino que seja uma coisa meio normal. As pessoas devem lidar com isso de formas diferentes, também.

E talvez esse texto tenha me pegado por que ela sofria com uma paixão não correspondida e aí encontrou um cara que a fez desencanar um pouco disso e simplesmente se libertar e ir se divertir. Foi uma experiência que realmente a modificou, dá pra sentir ao longo da história. E acho que eu quero um pouco alguma coisa que me faça desencanar das coisas com as quais estou encanada agora. Que me faça mais lôba, mais feliz e menos mimizenta.

http://www.cemhomens.com/2011/06/numero-1-irresistiveis-olhos-verdes.html#more

2 comentários:

Guigo(primo de São José) disse...

Oi Marina,
Tudo bem?Eu estou seriamente pensando(se você quiser) em me comunicar seriamente com você.Pode ser por e-mail, telefone, facebook, comentários do seu blog, ou até mesmo uma visita sua aqui pessoalmente quando você quiser.Eu gostaria de saber mais sobre os seus valores, crenças, planos para o futuro ou qualquer outro assunto que possa te interessar.
Você gostaria de entrar em contato comigo?Fique à vontade.

Um grande beijo,

Guigo

Lori disse...

"E acho que eu quero um pouco alguma coisa que me faça desencanar das coisas com as quais estou encanada agora. Que me faça mais lôba, mais feliz e menos mimizenta."

Somos duas!