Hoje (ou ontem, sei lá) tive uma aula sobre obtenção de metais puros e o professor contou a história fantástica de como descobriram como funciona o alto-forno. Para quem não lembra, alto-forno é aquele forno gigantesco usado para transformar minério de ferro (óxido de ferro) em ferro metálico. O protótipo desse forno foi inventado na Idade do Ferro, mas hoje em dia eles são bastante complexos. Enfim, um dia um grupo de pesquisa decidiu descobrir o que acontecia de verdade dentro dele, e teve uma idéia brilhante: dissecação.
Eles desligaram o forno ao mesmo tempo em que derramavam sobre ele uma quantidade colossal de nitrogênio líqüido, congelando tudo o que estava dentro dele mais ou menos no lugar em que estava, e depois fatiaram o forno congelado para estudar cada uma das fases separadamente!
palavra por palavra, procuro chegar, devagar, ao lugar de La Loba.
"O silêncio", disse o griot,"só é escuro no começo..."
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Bots gostam de "Blog"?
Acho muito curioso o fato de um único post neste blog concentrar todo o spam em comentários. Já faz alguns meses que eu recebo, de vez em quando, um comentário anônimo no post Blog, fazendo propaganda de qualquer coisa. E é uma coisa diferente a cada vez. Curiosíssimo! Queria saber como funcionam esses spambots. Dêem uma olhada.
ps.: este é um post num blog que fala de um outro post no blog que se chama Blog e que fala do blog. Quanta meta-linguagem.
ps.: este é um post num blog que fala de um outro post no blog que se chama Blog e que fala do blog. Quanta meta-linguagem.
A Estória do Herói
O problema são sempre os ouvidos que recebem a história. O problema nunca está na história em si. Por exemplo, Faelyn, quando você ouve o nome dela, imagina uma bela garota, não é, uma garota do campo, comum, mas especial o suficiente para receber a atenção de um dragão. Você ouve a história já sabendo o meio, o final e o começo; você já sabe que a donzela está em perigo, que ela será resgatada, que o jovem e magnífico herói virá para matar o dragão. É sempre assim, você ouve como a criança que espera somente a repetição, você assume uma porção de coisas que não deveria. Esse era o erro de Roder: todas as vezes que ia procurar um dragão, ele queria que houvesse uma luta, uma donzela para resgatar, um tesouro e a volta triunfante para a cidade. E ele queria tanto que fosse assim que até hoje suas histórias são contadas desse jeito, mas Roder se decepcionou, sim, um monte de vezes. É claro que na primeira dessas vezes, com a donzela Faelyn, ele não estava preparado, não conseguia ainda enxergar além do véu da estória para ver a verdade do que estava acontecendo, como não conseguimos ver a corrente brava que corre no fundo de um rio de superfície calma. Então Roder avançou pelos corredores da caverna, vendo sinais do dragão em cada mancha escura no caminho, em cada trio de lanhos alinhados nas paredes, em cada túnel desmoronado, em cada pedaço que equipamento abandonado em túnel ou qualquer coisa que parecesse poder ser sinal de presença humana. O herói vasculhou até os túneis mais profundos, e ali seus olhos afinal viram o que queriam ver.
Oi!
Oi gente
Eu queria pedir desculpas por uma coisa:
Tenho sido pouco sincera com todo mundo. A vida é meio assim, todo mundo entende. Eu tenho muitos amigos nos quais eu confio, mas muito poucos com quem eu converso sobre as coisas que me incomodam. Na maior parte do tempo eu converso com você para manter a amizade viva, porque quero aprender com vocês, mas acho que nunca me exponho de verdade, acho que estou sempre tentando ser algo que na verdade não sou. Ou tenho sido. Tenho deixado toda a minha sinceridade para umas pessoas que me conhecem e entendem muito pouco, além de uns pouquíssimos amigos pra quem eu já me acostumei a contar mesmo o que eu não quero que eles saibam.
E sinto que tenho criado neste blog uma versão back-up de mim mesma, uma eu que é verdadeira, sincera, meio que o que eu quero poder voltar a ser no final do semestre. E quem é a eu que convive com vocês, que não se revela, que sucumbe às convenções sociais dos seus estranhos amigos? Acho que é a eu-lagarto, a eu-zelig que já não tem nada de seu. Eu quero muito ser uma pessoa! Mas vocês vão ler isto e lembrar que de novo eu não falaria isso individualmente pra vocês. Eu tenho mêdo. Tenho mêdo da intimidade. E quem não tem?
Se eu tentar conter minha intimidade no blog, posso conquistá-la na vida real?
Mas agora não consigo conquistar nada, não é?
Acho que o que eu deveria mesmo dizer é: as suas piadas não têm graça, os seus tabus não são nada sagrado. Eu rio porque você acha engraçado, eu fico envergonhada porque é o que você espera que eu faça. Dá pra perceber quando eu estou sendo autêntica: é quando eu fico completamente sem-noção.
Eu queria pedir desculpas por uma coisa:
Tenho sido pouco sincera com todo mundo. A vida é meio assim, todo mundo entende. Eu tenho muitos amigos nos quais eu confio, mas muito poucos com quem eu converso sobre as coisas que me incomodam. Na maior parte do tempo eu converso com você para manter a amizade viva, porque quero aprender com vocês, mas acho que nunca me exponho de verdade, acho que estou sempre tentando ser algo que na verdade não sou. Ou tenho sido. Tenho deixado toda a minha sinceridade para umas pessoas que me conhecem e entendem muito pouco, além de uns pouquíssimos amigos pra quem eu já me acostumei a contar mesmo o que eu não quero que eles saibam.
E sinto que tenho criado neste blog uma versão back-up de mim mesma, uma eu que é verdadeira, sincera, meio que o que eu quero poder voltar a ser no final do semestre. E quem é a eu que convive com vocês, que não se revela, que sucumbe às convenções sociais dos seus estranhos amigos? Acho que é a eu-lagarto, a eu-zelig que já não tem nada de seu. Eu quero muito ser uma pessoa! Mas vocês vão ler isto e lembrar que de novo eu não falaria isso individualmente pra vocês. Eu tenho mêdo. Tenho mêdo da intimidade. E quem não tem?
Se eu tentar conter minha intimidade no blog, posso conquistá-la na vida real?
Mas agora não consigo conquistar nada, não é?
Acho que o que eu deveria mesmo dizer é: as suas piadas não têm graça, os seus tabus não são nada sagrado. Eu rio porque você acha engraçado, eu fico envergonhada porque é o que você espera que eu faça. Dá pra perceber quando eu estou sendo autêntica: é quando eu fico completamente sem-noção.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Acho que seu maior talento é viver histórias. Poruqe tem estado sumida ultimamente?
Estou tentando provar meu valor, acho, fazendo fuvest e trabalhando. Estou finalmente fazendo algo que eu quero, e que faz sentido pra mim! Isso meio que consome minhas energias. E estou... ah, no campo pessoal, não sei explicar em poucas palavras. Admito que estou sem tempo e sem espaço para realmente te mostrar o que está acontecendo.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Olho
Sempre tão calmo. Por que é sempre tão calmo?
Eu levantei e dei voltas pelo seu quarto, enlouquecida, querendo destruir tudo, querendo fazer você entender. Você não entendeu. Você nunca chegou a realmente entender. Você perguntou o que eu estava fazendo, e eu disse, nada, eu queria era saber o que você não estava fazendo, e por quê.
É sempre tão calmo.
Você se aninha em mim, eu me aninho em você, um ou dois ou três gatos se aninham em nós, entre nós, por cima e ao redor de nós, e nós somos um ninho.
Tomar café na grama.
Subir em árvore.
Tomar sol.
Cozinhar.
Amar.
Tem tanta coisa linda no nosso mundo, mas o que eu queria mesmo era botar fogo em tudo. Botar fogo em tudo! Deixar tudo queimar, fazer tudo arder, a começar por você!
Esses seus olhos sempre tão calmos, eu quero fazê-los sorrir de verdade, eu quero vê-los se arregalando de mêdo, se contraindo de fogo, enlouquecendo. E entretanto eu odeio ouvir dor na sua voz. Mas...
como me enerva ouvir na sua voz essa paz!
Eu levantei e dei voltas pelo seu quarto, enlouquecida, querendo destruir tudo, querendo fazer você entender. Você não entendeu. Você nunca chegou a realmente entender. Você perguntou o que eu estava fazendo, e eu disse, nada, eu queria era saber o que você não estava fazendo, e por quê.
É sempre tão calmo.
Você se aninha em mim, eu me aninho em você, um ou dois ou três gatos se aninham em nós, entre nós, por cima e ao redor de nós, e nós somos um ninho.
Tomar café na grama.
Subir em árvore.
Tomar sol.
Cozinhar.
Amar.
Tem tanta coisa linda no nosso mundo, mas o que eu queria mesmo era botar fogo em tudo. Botar fogo em tudo! Deixar tudo queimar, fazer tudo arder, a começar por você!
Esses seus olhos sempre tão calmos, eu quero fazê-los sorrir de verdade, eu quero vê-los se arregalando de mêdo, se contraindo de fogo, enlouquecendo. E entretanto eu odeio ouvir dor na sua voz. Mas...
como me enerva ouvir na sua voz essa paz!
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Observação
Tudo mudou tanto em tão pouco tempo... Nossas vidas viraram completamente em uns poucos meses. Tudo é tão diferente, mas de repente eu entendo:
Isto é viver.
Um dia eu olhei ao redor, do fundo da minha miséria e me dei conta de que era isso que eu buscava desde o início, esse descampado, a destruição total de todas as forças que me prendiam. Agora sim. Agora sim eu posso levantar e andar. Agora sim eu posso admitir que tudo o que eu tenho é minha fé e minha capacidade de seguir em frente, de lutar e vencer. E eu faço questão de vencer.
Agora é minha oportunidade verdadeira de me levantar e merecer.
Isto é viver.
Um dia eu olhei ao redor, do fundo da minha miséria e me dei conta de que era isso que eu buscava desde o início, esse descampado, a destruição total de todas as forças que me prendiam. Agora sim. Agora sim eu posso levantar e andar. Agora sim eu posso admitir que tudo o que eu tenho é minha fé e minha capacidade de seguir em frente, de lutar e vencer. E eu faço questão de vencer.
Agora é minha oportunidade verdadeira de me levantar e merecer.
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