quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Via Láctea


Não sei por que a Via Láctea ilustra tão bem o meu conceito de caos, de perdição. Ela não é desordenada, é lógica, aposto que se poderia descrevê-la usando tão somente fórmulas matemáticas ridìculamente complexas. Entretanto, se olharmos bem para ela, veremos apenas um amontoado irregular de pontos e manchas brilhantes (dependendo do quão míope você é, sem dúvida), parecendo a própria imagem do caos.
Quem disse que caos não tem ordem? Tem sim, tem regras, tem lógica. É que é tão confuso, que ninguém entende.

Eu estou confusa. Nunca estive tão confusa..........MENTIRA!
Eu falo muita mentira. Já estive mais confusa. O problema aqui é outro. É que escolher qualquer coisa decisivamente parece pior que não escolher cousa alguma...

Eu queria poder deixar meu coração escolher, deixar que as decisões se tomem sozinhas, deixar que as situações se resolvam... Bom, algumas até podem se resolver, mas outras só vão piorar...

Eu não sei bem do que eu tenho medo. Acho que eu tenho medo de pular de cabeça e ser doloroso, como sempre foi e sempre será. Eu tenho medo das pedras no fundo, eu tenho medo até da correnteza. Gato escaldado não entra em água fria. Acho que eu tenho medo de que a água esteja gelada e eu queira cair fora de uma vez. Eu não sei.

Eu não queria ter medo, sabe? Eu só não quero mais nada. Eu quero paz, Mercúcio, um pouco de paz! Você está falando nada de cousa nenhuma! E eu estou mesmo.
Eu não sei porque, mas eu sinto que perdi alguma coisa. Eu poderia simplesmente ignorar esse sentimento mas não é tão simples assim. Eu também posso correr atrás, mas de novo é mais complicado. Eu não sei o que fazer, meu irmão, meu anjo, meu par. (Isso porque acho que nem chegarão a ler isto tão cedo)....

Eu queria que o tempo parasse para nos esperar. Eu queria tanto... Acho que, no fundo, eu não cheguei a aprender a amizade com os homens. Acho que eu sempre me apaixonei demais pelos homens que eu amei. E, dessa forma, não aprendi a amá-los como amigos. Só talvez. Talvez eu esteja perdida demais para querer qualquer coisa. Talvez eu esteja falando muita bobagem. Eu quero chorar, como eu chorava quando não tinha muito bem porque chorar...

Eu não sei mais, eu não conheço mais a relação que eu tinha com meu maninho. Se nós nos resolvermos, será uma relação totalmente nova, e não a ressurreição da antiga. Mas o quê será, não posso saber.

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