terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Sometimes is just an empty shell.

domingo, 27 de janeiro de 2008

At times

Uma pequena tradução
Eu sei que traduções nunca são perfeitas, mas eu me esforcei, ao menos um pouco...



There are times,
while I observe you
There are times while I follow you
When you live without me
And without knowing me
Sometimes
while I admire you
While I admire your life I ask
— I always ask, and why? —
I ask if you are
if you breathe, if...
You cry? You live?          At times?
                                                                 Your soul?
I call for you
but it is with no voice
There are times while I think you
When you exist in me
And without knowing me          you feed me
while I pursue you
(while I devour you)
I call for you
but I want you not to hear me
and At times
to appear
But it is with the silenced voice
There are times while I dream you
When you cease to exist
without perceiving me
Sometimes
while I admire you
While your existence I ask



Your soul?

sábado, 26 de janeiro de 2008

Just keep talking

no silêncio, quando nem o eco responde — keep talking...



Às vezes,
enquanto te observo
Às vezes enquanto te sigo
Quando convives sem mim
E sem me saberes
Às vezes
enquanto te admiro
Enquanto admiro tua vida pergunto
— pergunto sempre, e por quê? —
pergunto se és
se respiras, se...
Se choras? Se vives?          Às vezes?
                                                                        Tua alma?
Te chamo
mas é com a voz muda
Às vezes enquanto te penso
Quando existes em mim
E sem me saberes                   me alimentas
enquanto te persigo
(enquanto te devoro)
Te chamo
mas quero que não me ouças
e Às vezes
aparecer
Mas é com a voz calada
Às vezes enquanto te sonho
Quando deixas de existir
sem me perceberes
Às vezes
enquanto te admiro
Enquanto a tua existência pergunto



Tua alma?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Pequeno Glossário Temático
dos termos desta lôba.

Em ordem de aparição.



1- Tipo de moradia rústica, especialmente comum entre as de animais de pequeno porte, que consiste em um buraco ou túnel, com ou sem ramificações ou galerias, escavado pelo próprio residente. Como a toca é escavada na medida certa para o residente, ela costuma ser uma ótima defesa contra animais maiores. Obs.: embora lobos e cães sejam eficientes em escavar tocas em caso de necessidade, duvido muito que esse seja seu estilo favorito de moradia, em geral.
1- Canídeo selvagem do gênero feminino, conhecido por sua ferocidade, inteligência e adptabilidade. Costumam formar casais para a vida inteira e são reconhecidamente fiéis à família. Em geral têm hábitos noturnos.
1- A ausência (relativa) de som. *Segundo o dicionário Aurélio, 2- "interrupção de correspondência epistolar", 3- "Sigilo, segredo", 4- "interj. para mandar calar ou impor sossego", 5- "Taciturnidade". 6- A versão sonora das trevas. 7- Espaço ou situação em que o sentido da audição é desprezado.
1- Integrante de uma organização militar. 2- Personagem que se define ou destaca por sua experiência bélica ou militar.
1- A ausência (relativa) de luz. *Segundo o adicionário Aurélio, 2- "misterioso, escuso, suspeito", 3- "falta de luz; pouco claro; sombrio; tenebroso", 4- "Escuridão", 5- "Que se distingüe mal; que não tem sonoridade; surdo", 6- "lugar sombrio, recôndito". 7- Espaço ou situação em que o sentido da visão é desprezado. 8- A versão luminosa das trevas.

sábado, 12 de janeiro de 2008

O ser imenso abriu apenas um olho, e quase sem se mexer examinou cuidadosamente o que via.

Be yourself, no matter what they say


Eu preciso falar sobre aquelas meninas. Preciso falar sobre elas assim como preciso falar sobre o João Dante mas não ainda. Preciso falar porque algo acontece e é algo diferente de tudo o que aconteceu antes. Antes era apenas um sonho, agora... Digo que o dragão acorda de um breve sono, olha ao redor e decide que o Filho do Cão está por aqui. Ele se deita novamente e adormece, adormece aguardando o tempo (que virá) quando houverem mais dragões e quando eles puderem crescer e se multiplicar. Mas então algo acontece. Algo como um ligeiro tremor, uma vibração que suas grossas escamas mal percebem. "Ainda levará anos para que eu possa fazer uma armadura", disse-me o dragão do sonho; mas agora ele olha ao redor, até um pouco assustado, e pergunta: você acha que o futuro já chegou?

Elas tinham nomes como Mônica, Bárbara, Fernanda. Eram pequenas, como convém a pequenas meninas, pequenas como estas. Com os pratos brancos. Eram o futuro. Mariana, Bianca, Luna. Eram fortes, e apaixonadas. E deveriam aprender. E seriam o futuro. Eram três, e não sabíamos bem como encontrá-las. E teriam nomes como os nossos. E nos sucederiam. Isso na história. Mas um dia sonhei com estar conversando com três meninas e o Rafa, ou seria o Ugo? E um dia vi a cena do sonho e levei um susto (ninguém percebeu). E foi como se fossem elas mesmo. Não exatamente elas, mas alguma coisa parecida. O futuro já chegou? eu me perguntei, assustada. Tão rápido, com tanta antecedência?

Depois se tornaram meninas de verdade, deste mundo e não do outro. Mas eu olharia para elas em dúvida mais algumas vezes, por mais algum tempo. E então elas começaram a falar, como filhotes de dragão que finalmente se dão conta de seus poderes (dentro de mim, é claro. elas mesmas provavelmente já conheciam seus poderes). E alguma coisa me assustou. Naquelas meninas que não eram, pensando bem, tão pequenas. Alguma coisa entre dizer yuri-monitor e falar sobre mim em um de seus posts. Como dragões adolescentes que de repente assustam a todos com seus poderes. Como correntes, de algo maior do que ferro. E velhos jogos da verdade (perdi o Jogo) em que falamos de Amor, e de Deus, e eram a mesma coisa, no final das contas. E ler aquelas palavras foi como estar de novo com quinze anos, sofrendo uma paixão difícil, tendo sonhos acusadores, pensando em beijos proibidos, e descobrindo formas de ter amigos que eu não conhecia, e me fortalencendo cada vez mais, e abraçando, e sonhando. E eu olhei nos olhos daquele dragão jovem e falei, claramente:

— Eu achei que não existiam dragõas mães nesta era. Mesmo diante de ti, não posso acreditar que existas.
— A dragõa-mãe me carrega desde as eras antigas. Dragões mais nascerão — respondeu meu amigo, dulcíssimo. — Dragões cobrirão os céus, pois a dragõa-mãe ainda vive.
— E teu pai, meu amigo, ainda existe?
— Meu pai é o mesmo que o teu. Ele dorme no fundo dos mares; ele caça ao pé das montanhas. Mas as eras tiraram sua força.
— E os dragões que dormem escondidos?
— Nós os encontraremos, irmã. O meu cheiro os despertará, pois trago ainda o cheiro do berço. Nós os despertaremos, irmã, e os levaremos à mãe. Nós renasceremos, irmã.

Uma mudança extremamente sutil no odor da caverna foi o que despertou, por um instante, o dragão seu mestre.

What the hell am I doing here?
Do I belong here?


Quando você foi embora, deu um sorriso amarelo e eu quis despistar você. Você é um idiota, mas eu ainda te amo. E sempre vou te amar. Mesmo que você nunca voltedessa viagem curta que você foi fazer, eu sempre vou te amar. O amor não acaba nunca, o que é bom, ruim, desesperador. E quando apagam-se as luzes, é o cheiro dele (ou dele?) que ainda me alucina, por mais que eu tente escapar. Estou presa, presa pelo amor nunca acabar. E o desejo, aquele desejo proibido que hoje eu sei ocultar (e até controlar). Minha melhor amiga do ginásio, que recentemente eu joguei pra classificação "conhecido" nos amigos do orkut, me disse uma vez que a gente nunca deixa de gostar de um cara bonito. Mas a beleza não é bem a questão, não é? Não é exatamente isso. É o seu cheiro, que contamina quase a casa inteira, que me faz sentir coisas que me deixam ansiosa, me dão nojo e fazem meu coração bater mais cauteloso.

Ultimamente tenho sentido muito ciúmes, sabe?

Comecei este post o coração disparado, agitado, mal sei porquê. São aquelas meninas, sabe? Roubando de mim com os olhos de um bandido meu passado e meu sonho encardido. Quanta suavidade neste punhado de pó. A chave para entender é a curiosidade, e eu quero ceder a ela. Você tem um cachorro? Gosta de Terry Pratchet? Às vezes fica hipnotizada pelo céu? Você quer chorar e quer poder não chorar, quando algo no peito sente de uma maneira errada, mas quase deliciosa? Você quer amar mas tem amor demais no coração? Você transborda sem querer, e se contém quase o tempo todo, para que nas outras palavras não te reconheçam?
O Curioso perguntou pelo Artur e lembrei de quando o Tu era assim bem como eu (oculto) palavras traduzindo mais do que conheciam dele. E como tenho orgulho dele! Como tenho orgulho e como admiro esse homem! Será que todos podem crescer assim? Será que eu também terei orgulho de mim? Será que um dia não terei mais inveja? ("se eu fosse um pecado", lembra?) E como isso acontece? E é bom?

I don't care if hurts,
I wanna have control
I want a perfect body,
I want a perfect soul


Mas não quero falar agora das minhas fraquezas.