Estou só
Inteiramente só
Precisamente só, neste poema silente
neste poente.
A fome, a dor, a pena
não encontram
procuram
a perdição oculta em minhas pequenas mãos
a árvore
a folha
a pedra fria e a minha solidão
Não incomodam
como a dor e a fome
machucam.
o céu azul não adivinha
a grama nascendo
sob meus olhos
o fluxo do sangue
paixão eterna juvenil
meteoritos, explosões de plasma, líbelulas voando infinitamente rápidas e volúveis em sua discrição perene,
uma gota
d'água.
[escrito hoje à tarde enquanto o colégio anoitecia silencioso e abandonado)
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