quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pequena Incursão Filosófica

Em dias como este, em que minha mãe me manda passar veneno pra cupim num banco/mesa/revisteiro; em que eu acordo com o despertador que misteriosamente tocou às 13:34, e não às 7:34 como seria o certo; em que eu me jogo na cama bagunçada e não tenho mais vontade de levantar dela, nunca mais; em que nada do que acontece comigo parece fazer o menor sentido, eu páro e me questiono a respeito do sentido da vida.
O problema é que o sentido da vida não é algo racional, algo fixo, que você poderia escrever num livro e ensinar a seus amiguinhos numa palestra. É algo que ou há, ou não há. Em dias astim, é claro, não há; não há nada. O cinzento do céu lá fora é a única coisa que não parece completamente estúpida. Eu preciso abrir a janela, para poder enxergá-lo direito, para poder sentir seu cheiro, o cheiro do vento, o vento pra compensar o meu calor. Eu queria derrubar essas grades para não haver nada entre eu e o mundo. Acho que seria legal sublimar e me dissolver no vento.

Falta alguma coisa em que acreditar. Eu páro e, para evitar pensamentos metafóricamente suicídas, me pergunto o que na minha vida é realmente uma razão pra se viver. O que faz sentido, o que eu não jogaria fora de jeito nenhum. Agora a chuva está entrando pela janela e eu não vou fechar a janela mesmo assim, porque eu não jogaria fora a cor do céu e o vento, de jeito nenhum. A porta se fechou com um estrondo e foi um som delicioso. Eu adoro sentir. Sentir é uma razão pra se viver.
Outras razões que me ocorrem são: amor, diversão, calor, árvore com folhas jovens contra o céu azul (ou: marrom-verde-azul), fazer as coisas certas, amigos, andar de bicicleta, dirigir, o Mar, transar, comida boa, ficar completamente exausto, a Noite (andar na rua à noite), chuva (mesmo a chuva tipo 17), poder imaginar o que quiser, roupas confortáveis, roupas bonitas, cabelo de homem molhado, desejo e flerte, Twix, festa à fantasia, gente bonita, paisagens imensas, work hard-work worth doing, euforia, luta, ser respeitado, andar sozinha por aí, compartilhar prazeres e lugares secretos, estar apaixonada, saber o sentido da vida, dançar, correr e brincar na chuva.

A gente tem que saber o que é importante pra poder saber o que é completamente irrelevante. Pra mim é difícil fazer essa distinção. Eu imagino muito, e aí qualquer coisa parece legal. Por exemplo: eu tenho esse velerinho da ABN-AMRO que eu não compraria nem de graça (o Diogo sugeriu que se eu estivesse em dúvida sobre o que fazer com algum objeto, eu avaliasse se eu levaria ele de graça pra casa, se eu não o tivesse), mas eu imagino que eu poderia pintá-lo de outras cores e aí ele ficaria mó bonito, mas, pensando bem, eu não tenho onde deixar esse veleiro mesmo se ele fosse bonito, ele ia ser uma dessas coisas que a gente não tem coragem de jogar fora mas não sabe o que fazer com ele, então eu penso que como ele seria legal eu poderia dá-lo pra alguém, mas aí, quem gosta de veleiros e teria espaço sobrando em casa para ter um veleiro que aliás eu nem sei se bóia, seria no máximo um brinquedo ou objeto de decoração, então eu poderia deixá-lo com os brinquedos, mas ele não caberia na caixa de brinquedos lotada, e não tem espaço no armário igualmente lotado, e de qualquer forma ninguém brincaria com ele se ele estivesse separado dos outros brinquedos de sempre, então eu penso que eu poderia pintá-lo e dá-lo de presente pros meninos da Cajaíba, que provavelmente nem gostariam dele, mas só se meus irmãos quisessem dar os deles também, e será que meus irmãos têm os mesmos problemas que eu?

(nossa, eu estou arrependida de ter escrito esse parágrafo)

Resumindo, eu sempre escolho fazer a coisa mais complicada. Acho que é porque eu tenho esperanças de poder fazer algum tipo de trabalho que não seja completamente inútil. O que me leva de volta à questão da faculdade, de como eu posso continuar fazendo um curso que não me dá nenhuma esperança de futuro, já que eu não consigo de forma nenhuma me imaginar designer, e por que me parece que meus amigos estão determinados e seguir com suas vidas enquanto eu tenho certeza de que não quero terminar a faculdade e me tornar uma sei lá o quê. E isso faz de mim uma pessoa desesperada. Se você jogar na minha cara o fato de que eu sou infeliz na minha vida acadêmica e talvez até familiar, eu provavelmente vou te agredir, então, acho que você deveria fazer isso mesmo, e a gente deveria lutar; é isso aí, eu vou abrir o Clube da Luta e voltar pra casa sangrando todos os dias. Outra coisa que faz a vida parecer mais certa é....

... hm, acabou de chegar um e-mail dizendo que as aulas vão começar só dia 26, e não 16 como estava sendo anunciado. Isso muda tudo...

enfim, outra coisa que faz a vida parecer mais certa é se machucar um monte e saber que foi por um bom motivo, e se sentir feliz com isso. Ou ser arremessado de uma bóia em alta velocidade. Ou se agarrar com todas as suas forças. Ou simplesmente tomar uma decisão e ir até o fim com ela (que é algo que eu nunca faço.)/
















Enfim, eu estou tentando chegar a uma conclusão mas eu não estou conseguindo. Então vou desistir dessa bobagem e ir fazer alguma coisa de útil (sim, eu já perdi as esperanças de criar qualquer coisa através deste blog).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Improbable things that happen to us:

You walk through the dappled shade of the jungle, thankful for the break from the heat, when your nose picks up the soft wafting smell of something wheaty with a tinge of tomato-saucy goodness. From around a huge vining tree, and flying with great speed at your head, is The Flying Spaghetti Monster.

The great meatballs of doom squirt out sauce of deepest red and specks of garlic.

It spies you and says, in a booming voice that shakes birds from nearby trees, "HUMANS EVOLVED FROM PIRATES. CONSIDER THAT HUMANS SHARE AROUND 95% OF THEIR DNA WITH MONKEYS, AND MORE THAN 99.9% OF THEIR DNA WITH PIRATES. IT IS ELEMENTARY, MY CHILD."

You barely have time to grab your weapon, let alone come up with arguments against the claim.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Próximo Semestre

Então depois de meses de aflição, dúvidas e arrependimentos, eu entro no júpiter e ele me mostra que matérias optativas eu peguei. Eu vou transcrever aqui pra você poderem rir da minha situação.

obrigatórias:

AUH2810 - História do Design III
AUP2310 - Projeto Visual 5 - Mídia Eletrônica
AUP2410 - Projeto do Produto 5 - Transporte
AUT2506 - Usabilidade e Desempenho
CCA0314 - Teorias do Signo
PRO2317 - Ergonomia II
CTR0801 - Tecnologias Audiovisuais

optativas livres:

FLF0465 - Estética III
MAP0215 - Cálculo Vetorial e Aplicações
MAP0216 - Introdução à Análise Real
PTC2667 - Introdução aos Algoritmos em Automação



Isso é tão... simplesmente triste!
Estética III eu me inscrevi sem querer, achando que era Estética I. Cálculo Vetorial e Análise Real eu me inscrevi basicamente porque eu queria fazer algo de matemática mas não conseguia entender nenhum dos programas, então meio que me inscrevi em todos. As outras... (pára, pensa) 16 matérias para as quais eu me inscrevi não consegui pegar. Que coisa! Se ao menos eu não estivesse viajando em todos os momentos em que eu poderia ter alterado minha matrícula, eu poderia ter removido a inscrição para essas coisas absurdas e aumentado a prioridade para as coisas importantes... Pensando bem, se ao menos eu soubesse como o sistema de seleção para optativas funciona...

Enfim, este semestre eu tenho o objetivo de não reprovar nenhuma matéria