terça-feira, 28 de setembro de 2004

Palavras da Menina que toma Leite num Copo que tem a Cara de um Gato Desenhada

De quem não sabe quem sou, pra quem não quer saber.

Oras bolas, eu nem gosto desse blog. Não gosto. Preciso compulsivamente de feedback. Ou eu erupto. Erupto. Cuspo lava. Eu sou um dragão de pêlo, vai encarar?! We're gonna dance through the night, I just need a little more of... you.

Eu tenho de admitir que eu tô faminta. Faminta, não sedenta, dessa vez só todo o líqüido do teu côrpo é pouco, muito pouco, eu quero tua carne, quente, fervendo, como meus braços estão fervendo, meu sangue ebulindo nas veias, disassociando-se, destilando-se, sangrando, sangrando!
. Sangrandinho, né?

"Meu amor, meu bem, sacie e mate
Minha sede de vampiro, senão eu piro!
Viro hare khrishna (khrishna-hare-hare...)
Não me desampare - ou eu desespero"


Eu tenho a sede do gato que desenhei naquele copo.


Now that puts things in proper perspective.
Ontem o Vicente reclamou que eu... Ah, sei lá o quê ele disse, só sei que tinha a ver com sombras e negritude e outras coisas assim. Eu venho sendo acusada de sombriismo, negativismo, mortismo e outros bichos desde que peguei num lápis pela primeira vez, e olha que eu era BEM pequena. Eu tenho que admitir que eu era uma "criança" (desculpa, na minha concepção minha infância de verdade acabou quando eu saí do Tangará. O resto foi... outra coisa) depressiva e insone, que não sabia ter amigos (QUOTE:"Marina, pra você 'amigos' são as pessoas ao redor de quem você dá voltas no recreio?") et cætera... Mas eu estou bem, obrigada, só um pouco irritada porque ninguém tem opinião sobre o que eu escrevo. Será que ninguém tem opinião sobre mais nada nesse mundo?!

CHAM: Calma, Marina, calma...

Eu vou mostrar pra vocês o texto fofo que eu escrevi hoje à tarde, enquanto bebia leite no copo que tem um gato desenhado. Do quê eu estava falando?

Ah, é, perspective. Agora eu entendi porque ele disse aquilo. Ele chegou no meu blog e leu "Não me toque, que eu sou capaz de machucar você." -- é óbvio que isso soa terrível... Aiai... Eu realmente estou irritadiça, fala sério. Vamos falar sobre borboletas?
Ou não. Já sei. Vamos falar sobre as coisas esquisitas que acontecem comigo.
Eu com a redação de português sobre a mesa, observando os escritos nada a ver no alto da folha sobre a música, sobre a letra, sobre algo que o Yuri tinha me dito e umas coisas que não tinham relação com nada... De repente, o Yuri aparece, lê o que está escrito e diz:
-- Isso não deveria estar aqui. Deveria 'ta' escrito na Toca, em azul e pequeno.

Eu até escreveria aqui, mas já entreguei a redação...
Sabe o que eu estava pensando? Conversar é bom. Conversar é muito bom, é prazeroso. Por quê? Eu tenho a impressão de que é biológicamente bom. Que legal.

Eu estou em dúvida: em lado de mim quer escrever sobre a morte, o amor, e outros demônios, mas outro lado meu quer falar sobre o dia, a vida, o amor, e outros agatodemônios... Também tem um lado fundamentalmente importante que me diz para ir dormir, o que acaba com toda a dialética. Estou com sono.

Eu não acredito em mim mesma: dei um jeito de acabar com a irritação do post conscientemente. Que medo. Que sono.

Talassocracia.

Quando eu crescer quero ser talassocrata.
Quero ter uma daquelas cartas de navegante phodonas que te deixam comandar desde lanchinas até transatlânticos, até caravelas.
Às vezes eu queria ser pirata. Mêdo eu não tenho. Tenho?!

"Queremos saber
o que vão fazer
com as novas invenções"


Estou sentindo um cheiro, uma sensação, que só sabia associar à Cajaíba, até agora. Esse gosto, esse cheiro salgado... Eu descobri que, para mim, a Cajaíba está resumida naquela sensação de frio, de noite, o sal no corpo, picadas de mosquitos impertinentes, esperando a fila do banho, fazendo Coquetel à luz de velas, desenhando com aquele cheiro de mar, alguém fazendo miojo, alguém jogando baralho, umas pessoas dormindo, outras bebendo, outras fazendo/recebendo massagem; sempre conversando sobre assuntos tão diversos quanto eu imagino possível, todos juntos, uma grande família, naquela noite fria, esperando a fila do banho andar para tirar aquela sensação inevitável de impureza e salgado...

"I can see the lights in the distance
trembling in the dark cloack of night"


Pronto, agora eu não escrevo mais enquanto não derem sua opinião sobre o que eu escrever.

à bien-tôt, mes chérris!

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