sexta-feira, 23 de abril de 2004

Olhos Fechados

P'ra te encontrar...
Não estou ao seu lado...
...
...aonde quer que eu vá, vejo você no olhar...
Aonde quer que eu vá, aonde quer que eu vá...


Não, essa música não tem nada a ver, mas eu precisava cantaaa-ar...

"Não sei bem certo
se é só ilusão...
Se é você já perto,
se é intuição...."


Aonde quer que eu vá, passo o caminho olhando... as pessoas. As árvores; os carros. As nuvens. Outro dia parei na frente do vizinho para observar uma taturaninha curiosa que eu nunca tinha visto. A dona da casa saiu na rua, achando que eu queria falar com ela.

"Boa tarde."

"Boa tarde.". Sorri.

Ela ficou lá, me olhando. Perguntou o que eu queria, se eu queria alguma coisa. Eu ri. Não quis ofendê-la nem nada, só achei engraçado.

"Desculpa. Eu só parei para ver esse bichinho."

Ela olhou com cara de hospício, totalmente confusa:

"Está esperando alguém? Quer entrar?"

Eu fiz que não entendi, achando toda a situação muitíssimo curiosa. Me passaram na cabeça algumas cenas de Tiros em Columbine, algum filme sobre Darwin, Pulp Fiction.

"Não, não. Eu só parei para ver esse bichinho aqui no chão, ó: não se preocupe."

Ela viu o bicho no chão, me achou meio louca e entrou em casa, com uma cara de abismo esquisita. Eu rindo. Levantei e subi a rua para minha casa.

Esse bicho-taturana engraçado me rendeu uns pensamentos estranhos ainda outra vez. Desta, na Festa dos Esportes. A quadragésima sétima. Sexta passada. Eu estava conversando com o Paulo Moraes na Encruzilhada do Colégio, quando o vi no chão. Achei engraçado. Eu estava de muito bom humor naquele dia, afinal, minhas pernas estavam começando a voltar ao normal e quinta havia sido um dia quase perfeito. Além disso eu adoro Fe; os jogos, mesmo que quase todos perdidos, me deixam feliz, e eu já antecipava que os jogos da noite seriam animais(como foram). Mas estamos divagando. Com eu ia dizendo, eu estava conversando com o Paulo e o bicho esquisito deu de atravessar a rua. Eu rodeei o artrópode, explicando p'ro amigo(*) e p'ros outros que iam aparecendo que era muito comum ver corpses de lagartas e outros bichos lerdos pelas ruas do Santa, por isso eu costumava proteger esses desafortunados. Aliás, faz tempo que eu não vejo uma daquelas lagartas enormes com cores berrantes que eram o alvo predileto dos automobilles sem espelho para o chão e etc.... Anyway, depois de convesar um pouco, alguém(eu mesma, na verdade) disse que devíamos achar um psor de Biologia para perguntar que raio de bicho bizzarro era aquele(olha, sem querer fazer cena nem nada, aquele bicho era definitivamente ¿punk!, fala sério...).

[nota de 24/4:whaaaaa!!! Meu post! Meu querido post!!! Cadê o resto, cadê cadê??? Oh man, vou ter que reescrever tudo!!!]

Dois minutos depois, passaram a Mila e o Marcos(Geog da 8a e e Ciências da 7a, respectivamente). Arrisquei um aceno meio vago, ainda pensando no bicho; eles passaram, foram-se....
...
...
...Aí eu lembrei que o Marcos era biólogo ¬¬''''''''''''''''''''''''. É o que a vida no colegial faz com a gente... ¬¬*

Falando em biólogos, aconteceu uma coisa muito parecida hoje à tarde, antes de sairmos para o projeto Comênius. Eu estava conversando com o Artur e a Aline no Caminho p/ E.M.(pte pomposa)(aquele lugar onde tem umas faixas amarelas tipo "não é uma vaga") mais próximo da Encruzilhada(aquele lugar carrefour central com ávore onde se pode encontrar praticamente todo o pessoal do Santa, ao longo do dia) quando, brincando com a grama(a conversa 'tava muito boring), encontrei uma espécie estranha de anomalia nas folhas, engruvinhadas, retocidas como uma sanfona. Fiquei curiosa, peguei uma e fiquei olhando, só olhando, meio ouvindo aquela conversa cheia de números("Super Pablo seu amiiigo, vai salvá-lo do periigo..."), meio não, meio desinteressada; pensando se aquilo seria uma bizzarra doença parasita ou uma ainda mais bizzarra mutação aleatória que bem não trazia a ninguém(só, talvez, à minha curiosidade)... Papo vai, papo vem, passou a Bia — eles conversando sobre olimpíada de matemática, e eu me odiando porque mesmo se eu soubesse toda a matéria na ponta da língua eu sempre errava alguma coisa estúpida, como transformar os gráficos de velocidade em parábola... Levantamos, o Artur queria sair dali, fomos dar uma volta inútil pelo colegial. Em dado momento passamos pelo Ricardo Paiva(psor de Biologia, para quem não sabe) — eu já tinha decidido perguntar para ele o que era aquela coisa bizzarra ensanfonada(provavelmente uma doença estranha). Só que, bem nessa hora o Artur(Ò.Ó burn... whaaaa...*olhos em chamas*) estava me enchendo o saco por causa de alguma coisa muito imbecil, e me jogou para o lado de uma forma estranha ao mesmo tempo que o psor passou fazendo "Yu-huu!" na minha cara com uma cara de pato bobo irrecuperável, e a soma desses dois fatores de bizzarice profunda me deixaram num estado de confusão e perplexidade tal que quando eu me toquei do que eu ia fazer a gente já estava longe e o psor sumira de vista...

Oh, man, eu queia continuar escrevendo, mas tenho um jogo da Fufei daqui a uns 30min e tenho que ir... Ah, welll, até a próxima!

"Ye may kill for your self and your mates, and your cubs as they need, and ye can
But kill not for the pleasure of killing, and seven times neve kill man"


(Não, não tem nada a ver ^^;;)

(*)Amigo:1. Pessoa próxima com quem eu gosto de conversar(ou só rodear, em alguns casos) 2. Indivíduo gente-fina, ou muito simpático, independente dele ser meu amigo(1) ou não(embora geralmente seja).

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