Sabe aquela sensação de que nada mais importa? Então. Não é o que eu quero. Não quero ficar preso a uma pessoa, acorrentado a uma esperança de que vamos nos ver de novo. Não quero ser refém de uma promessa, mesmo que tácita, de que devemos algo um para o outro. Eu preciso saber que, a qualquer momento, eu posso decidir nunca mais ligar, nunca mais ver, nunca mais falar - e se eu ligo, vejo e falo é exclusivamente porque eu quero. E isso tudo exige um tremendo esforço. É tão fácil se acostumar com as outras pessoas (e eu não quero que você se acostume comigo). E me pergunto, será que eu vou me acostumar? Será que eu vou querer me acostumar um dia? Será que vai começar a fazer parte da minha vida, cada dia um pouquinho mais, até que não tenha mais volta?
Sim. E isso me assusta, todos os dias. Eu estou tão acostumada com você, mas eu não quero te ver só porque está estabelecido que será assim. Eu não quero que você tome cada decisão pensando em mim. Tudo mudou, é claro, tudo sempre muda, mas as palavras do último outono ainda têm cheiro de mato e de mar, e nós nunca cumprimos aquelas promessas de vento, de se perder, de caçar. E antes do próximo outono eu quero viver com você pelo menos mais um sonho. E eu quero saber que embarcamos nessa não só porque é confortável, mas porque é Awesome.
Sabe o que eu quero? Eu quero que você diga que tudo o mais importa, e que todos nós vamos fazer o que for melhor, em cada circunstância, e que a gente não vai se sacrificar pelas coisas chatas, e sim pelas coisas que realmente vão mudar o nosso mundo. Entende?
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