Se minha vida fosse um livro, o primeiro volume se chamaria Viagem. Eu seria um cão um gato um lobo um pássaro e o maior capítulo seria Liberdade. Seria um livro de causos, de aventuras, de família, de Estórias mil. Seria um volume dedicado ao irmão Gris. O segundo volume, com gostinho de depois-do-fim, seria o de Akela, e se chamaria Sozinho. Seria um livro de guerras, de lutas, de sangue, de escuridão, de perigo, de leões. Um mundo sem amigos, mas também sem fraquezas. Um mundo sem o conceito de erros. Um mundo onde poderia nascer o ódio. O terceiro volume seria Amigo, seria um livro dedicado à chuva e ao vento do verão. Seria o livro que faz a travessia do Selvagem ao genuínamente amoroso. O quarto volume se chamaria Amor — parte um, Desejo; parte dois, Entrega; parte três, Poder; parte quatro, Libertação. O quinto volume se chama Mêdo. Esse seria o livro da derrocada, o livro que destrói todos os outros enquanto ainda tenta retomá-los, o livro da Destruição. Mas haveria um capítulo para Laços e um capítulo para Doçura. Também haveriam capítulos para a Darrota. E eu estou tentando a muito tempo (e tão sem efeito!) começar um livro novo, um livro melhor, chamado Coragem. Mas eu não consigo porque parece que falta algo. Parece que falta um onde do qual tirar forças, um motivo para resistir e enfrentar. Ou alguém que me dê confiança.
Espero que seja possível encontrar.
Um comentário:
se ajudar
http://umpontonoplano.blogspot.com/
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