segunda-feira, 13 de dezembro de 2004


O Natal está quase chegando. Eu posso sentir: começa o tempo de acender luzinhas, de procurar pinhas bonitas, de desembrulhar enfeites. Começa o tempo de assistir filmes esperançosos, sobre amor e confiança nos outros, sobre alegria. Começa o tempo de arranjar presentes e empacotá-los com carinho. Começa um tempo de amor incondicional, em que as brigas são abandonadas. Não exatamente paz, mas pelo menos trégua.

Eu entro neste tempo andando confiante sobre a corda bamba. Alguns amigos me apóiam e me seguram, outros observam cantando por aí, ou apenas olham para mim com uns olhares precisos e preciosos. Lá embaixo existem lobos, tigres, ursos e chacais. Na verdade eu não quero cair. Eu quero seguir em frente, Jules, para não me afastar daquilo que eu amo. E eu amo todo o mundo. De que mais eu preciso?

Chego no quarto apressada, depois do filme... Tivesse eu chegado uma meia hora mais cedo..! Tivesse eu saído da sala para não rever o que já conhecia... Mas não, diacho, não tenho esse tipo de sorte. ¬¬" Queria ter, sabia? Olho para a tela do monitor. Naquele branco insuportável, vejo mais de quinze pessoas ali presentes, esperando talvez que alguém lhes dirija a palavra, provavelmente conversando entre si animadas... Mas a única pessoa com quem eu realmente queria falar saiu há apenas 32 minutos!

Nenhum comentário: